| CAPÍTULO 01 |

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P.O.V MATTIA CASSANO:
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Aqui, prestes a invadir um galpão da Ndrangheta junto a meu irmão e outros dos nossos homens, é fácil perceber como o amor muda as pessoas. Um amor é capaz de reconstruir um coração quebrado ou até mesmo de iluminar uma alma escura. Nem mesmo meu irmão — a pessoa mais fria que conheci na vida — está imune a ele.

E agora se encontra disposto a arriscar sua própria vida para tirar a sua amada Mel das mãos de um estuprador barato e salvá-la.
E eu como o maravilhoso irmão que sou — modéstia parte — estou aqui para ajudá-lo. Porquê, também, embora ele não goste de admitir, nós nos amamos muito.

Acho que comigo o destino não seria tão bondoso e me entregaria um amor tão genuíno assim, de bandeja, sem um sacrifício à parte — já tive a prova disso num passado não tão distante.
Depois de derrubar os homens que estavam na frente do local fazendo a guarda, entramos em grande estilo no galpão. Como nos filmes, sabem? Uma cena teatral, com Giovanni dando um belo chute na porta e todo o resto dos homens apontando suas armas enquanto a cena se passava em câmera lenta.

Ele logo atirou em três homens à nossa frente. De uma das salas saiu mais dois que Peter matou e eu avistei um no alto da escada. Foi necessário apenas alguns segundos para que eu mirasse em sua testa sem lhe dar tempo de atacar, e ele caísse como uma batata podre no chão com um tiro certeiro na cabeça.

— EU CHEGUEI, APAREÇAM! — meu irmão gritou abrindo os braços, exalando ódio como nunca vi antes. — Vasculhem o lugar, matem todos. — Ordenou sem nenhum resquício de remorso na voz.

Eu e os homens seguimos na direção oposta que ele seguiu e fomos abrindo todas as portas, matando os homens que íamos encontrando.
Não obstante, infelizmente minha cunhada não estava em nenhuma das salas do andar debaixo. Voltei todo o caminho à procura de Giovanni e o encontrei vindo em minha direção.

— Nada aqui, fratello. — Informei.

Ele correu em direção às escadas e o acompanhei, passando por alguns corpos que os nossos homens já haviam deixado por ali.
Das portas que abrimos, Melanie também não estava por trás de nenhuma delas, até que chegamos a uma porta que estava trancada.

Cazzo, Melanie! — ele chamou e não obteve resposta alguma.

Giovanni deu um tiro na fechadura e chutou a porta abrindo-a rapidamente. Minha cunhada estava pendurada por correntes e desacordada.
No outro canto da sala vi um homem prestes a atirar no meu irmão, mas fui mais rápido e atirei em sua testa fazendo-o cair pra trás, morto.

— De nada — lhe dei um sorriso convencido.

Ouvi um grito vindo de uma das salas ao lado - um grito feminino que parece ser de uma adolescente - então corri até lá.

Ao chutar a porta, a cena me deixou aturdido. Três homens enormes estavam em cima de uma garota — ensanguentada, machucada e pelo visto quase desacordada. — Eles logo se sobressaltam com minha presença.
Saquei uma glock do coldre e atirei no primeiro que estava prestes a sacar sua arma também, depois atirei nos outros dois, até descarregar o pente neles, deixando alguns furos nos seus corpos.

— Vão ser estuprados pelo capeta agora — passei pelos corpos indo até a garota.

Virei o corpo minúsculo da garota que agora estava totalmente desacordada, seus cabelos são curtos, ondulados e ruivos, seu rosto — apesar de também machucado — é angelical e aparenta ter uns 16 ou 17 anos de idade.

Paixão Sombria Onde histórias criam vida. Descubra agora