| CAPÍTULO 17 |

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P.O.V JADE LANCELLOTI:
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    A crueldade humana é, muitas vezes, inimaginável. Pensar em um pai que estupra a mulher qual o filho é apaixonado na frente do próprio por uma vingança idiota, é perturbador. Eu sei que traição é levada a sério na máfia, é um dos mandamentos, todavia, só a morte não seria o suficiente? A Natalya não foi a única pessoa prejudicada no assunto, o Mattia ficou completamente abalado e eu posso ver isso nos olhos dele, mesmo anos depois.

    Todos nós carregamos traumas e somos completamente fodidos, todos, alguns apenas conseguem fingir e encarar melhor a situação que os outros. Somos todos pessoas fodidas tentando convencer outras pessoas fodidas de que está tudo bem.

    Eu dirigi o carro dele para trazê-lo para casa e falei que estava tudo bem caso ele não quisesse me contar o que houve, mas ele insistiu. Mattia estava com o olhar distante e lágrimas molhavam sua bochecha a cada palavra dita referente a seu passado, e o ódio em suas palavras era palpável ao me explicar qual foi o gatilho para o seu surto, ou melhor, quem foi o gatilho.

    — Você está bem? — sondo colocando espuma na água da banheira, enquanto Mattia procura algo no armário da pia. Ele balança a cabeça positivamente.

    — Foi só um surto — responde e acha o que estava procurando. Mattia pesca um frasquinho laranja e tira dele dois comprimidos, jogando-os na boca e engolindo sem água.

    — O que é isso? — franzo as sobrancelhas.

    — Estava falando sério quando disse que minha última paixão tirou minha sanidade. São ansiolíticos, para transtorno de personalidade e TOC. — Ele fala com a voz anasalada e guarda o frasco. — Não quero que fique com medo de mim, eu só… perdi o controle e…

    — Ei… — me aproximo dele e seguro seu rosto, mesmo com as mãos molhadas pela água morna da banheira. — Eu não estou com medo, eu… me sinto segura com você, Mattia. — Admito. Ele segura meus braços e suspira, fazendo o triângulo invertido em meu rosto.

    — Mesmo? — sonda, os olhos brilhando, marejados.

    — Mesmo. — Abro um sorriso sem mostrar os dentes e arrasto minhas mãos até sua nuca, enfiando-as entre os seus cabelos.

    Mattia desliza as mãos pelos meus braços e imediatamente me arrepio com o seu toque. Ele desce as mãos por cima da minha camiseta e para em minha cintura, apertando-a de maneira que fico na ponta dos pés. Aplico um pouco de pressão em seus cabelos e os olhos dele param em minha boca entreaberta, a minha respiração acelera à medida que sinto que ele está se aproximando para me beijar, não que eu já não tenha beijado-o antes (várias vezes), só que agora que estou com coragem o suficiente para seguir além dos beijos.

    Os nossos lábios se tocam e eu arfo, sentindo o gosto da sua boca e a sua temperatura elevada, sua língua invade a minha boca com intensidade, meus dedos massageiam o seu cabelo com calma e seus dedos me apertam com mais pressão. Eu desejo que sua mão toque a minha pele, desejo contato direto e calor, desejo sentir o seu corpo sem tanta roupa. Mattia parece escutar as minhas preces e quando sua mão chega ao meu quadril, os seus dedos dobram a minha camisa até deixar a minha barriga completamente exposta.

    Como um sinal de quero que continue, levanto os braços e ele ri em meus lábios. É tranquilizador vê-lo rir agora. Mattia morde o meu lábio inferior antes de separar nossas bocas para passar a minha camiseta pela minha cabeça. Ele me empurra morosamente até perto da banheira e volta a me beijar agressivamente, desta vez colocando uma das mãos em minhas costas e a outra em minha nuca, apertando levemente o meu pescoço. Me afasto alguns centímetros sem seperar nossas bocas para alcançar os botões de sua camisa social, e abro-os um por um sem pressa. Mattia continua a me despir e desce a minha calça legging até ela estar em minhas coxas e minha bunda estar exposta.

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