| CAPÍTULO 13 |

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P.O.V MATTIA CASSANO:
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    Nunca vi tanta determinação e ódio numa pessoa como vi na Jade hoje. Talvez tenha visto mais ódio no Giovanni, mas sem tanta determinação. A questão é que foi difícil até mesmo convencê-la a tomar banho antes de descer para o porão comigo.

    Quanto ela apareceu na sala, mal me encarou antes de seguir para a porta e depois para o elevador. Estava vestida com uma calça jeans justa e camiseta de alças, de malha vermelha.

    — Vai ficar aí? — sondou ela.

    — Você está fogo hoje, hein — coloquei as mãos na cintura. — Daqui a pouco o cabelo está em chamas — agreguei, acompanhando-a e colocando a senha do porão no painel.   

    — Sem brincadeiras agora, Mattia. — Ela me repreendeu e eu arregalei um pouco os olhos, surpreso com sua frieza.

    Entramos no porão e o Luca estava em pé ao lado da porta. Damien estava sentado na cadeira como o instrui a colocá-lo, sem cordas ou algemas, já que não seria louco de fugir e, ao lado dele, uma grande bacia de água. Jade se aproximou rápido e seus olhos pararam no curativo feito na barriga do Damien.

    — Por que cuidaram disso aqui? — indagou incrédula.

    — Se eu deixasse ele morrer por perda de sangue, não ia ter como você matá-lo uma segunda vez, não é? — sondei irônico e ela bufou, me encarando rapidamente com um olhar mortal.

    — Acorda! — Jade molhou a mão e deu um tapa no rosto do homem que ecoou por todo o cômodo.

    Vai ser delicioso assistir alguém fazendo com ele o que eu gostaria de ter feito há anos.

    O homem acordou sonolento e lançou um olhar odioso para a Jade quando a reconheceu. Ela sorriu, dando uma risada nasal puramente psicopata. Uma coisa é certa: eu não sou o único capaz de assumir uma nova personalidade.

    — Você precisa de dicas de como fazê-lo falar, ou…

    — Eu improviso. — Ela me interrompeu, seca. — Então, você vai me falar quem está por trás dessa merda, ou prefere ser a cobaia da minha primeira tortura? — indagou ela, levantando o queixo dele com a ponta dos dedos.

    — Eu fui pago para ficar calado — Damien respondeu entre os dentes.

    — O dinheiro não vai te servir de muito quando você estiver morto — Jade tombou a cabeça para o lado. — Quer mesmo arriscar?

    — A minha filha vai se beneficiar por mim, ninguém sai perdendo — insistiu ele, convicto.

    — Sua filha? — Jade riu, incrédula. Até mesmo eu fiquei um tanto surpreso com a revelação. — Não pensou na sua filha quando me deu a porra de um tapa na cara? Ou quando mandou aqueles três homens me estuprar? — suas perguntas saíram entre os dentes, com puro ódio.

    Jade não esperou a resposta de Damien, empurrou sua cabeça de uma vez contra a bacia de água e o afundou até que fosse impossível respirar. Talvez em outra situação ela não teria força o suficiente nessa posição desfavorável, mas ele está fraco demais para lutar. Damien se debate e engole água à medida que as bolhinhas aparecem na superfície.

    — E agora, lembrou quem está por trás? — Jade perguntou puxando-o de volta, ele puxou o ar com força, mas não respondeu.

    E, novamente, teve sua cabeça dentro da água. Parecia com cada vez menos fôlego, e dessa vez ficou lá por quase dois minutos minutos. Jade o puxou, e foi um pouco mais perversa que antes:

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