╠┈┉┈┉┈┉┈┉┈┉❲✿❳┉┈┉┈┉┈┉┈┉┈╣
P.O.V MATTIA CASSANO:
╠┈┉┈┉┈┉┈┉┈┉❲✿❳┉┈┉┈┉┈┉┈┉┈╣
Minha real vontade era descer para a sala de treino e assistir o progresso da Jade com armas brancas. Sinto necessidade de estar perto dela, sinto satisfação em fazê-la viver, prazer em ver sua felicidade. É inevitável, quando o que eu ganho em troca é o sorriso iluminado de quem já comeu o pão que o diabo amassou (embora o Giovanni não tenha nada haver com isso) e ainda assim, não desistiu de brilhar, de aproveitar o que a vida tem a proporcionar mesmo depois das dificuldades.O telefone fixo toca em cima da mesa, me tirando dos meus devaneios. Atendo, e os seguranças da portaria avisam que o Amilio deseja me ver, está sozinho e desarmado. Meu corpo formiga quase que imediatamente, pelas lembranças e sensações que o nome do homem me causam. Amilio, pai da Natalya e do Damien, trazendo os meus pesadelos à tona.
Peço que mandem ele subir, e aguardo a sua chegada com ansiedade. Ele pode estar aqui para tentar tirar vantagem da morte do filho e me relembrar da morte da Natalya, do que eu fiz com a sua vida e do que ela fez comigo.
Me levantei e peguei um vinho no armário, gelo no frigobar e duas taças, enquanto colocava tudo em cima da mesa, ouvi a porta ser aberta atrás de mim e abri um sorriso no canto dos lábios, servindo as taças.
— Está servido? Na Rússia não deve ter vinhos tão bons — comento, virando-me com as duas taças e encontrando os olhos do velho em minha frente. — Ah, pode pegar, não está envenenada.
— Claro que não. Ou você decidiu matar a minha família toda? — indaga ele, irônico.
— Se quisesse, com certeza seria mais criativo. — Bebo o meu vinho de uma só vez, desejando não estar sóbrio quando ele disser o que veio fazer aqui. — Então, a que devo a honra da sua visita? — enfatizo.
— Você matou o meu filho — acusa ele com a voz ríspida.
— E você não me parece de luto. Nem sequer está usando preto — dou uma risada irônica, balançando a taça no ar.
— Não seja infantil. Sabe que uma nova guerra não seria uma boa coisa para nenhum dos dois lados, e eu tenho motivos o suficiente para iniciá-la. — Faço a volta na mesa e ele se senta na poltrona em frente a mesma. — Eu quero algo em troca da paz.
— Está me pedindo dinheiro? Não sabia que a situação de vocês estivesse tão precária, sabe, eu desconfiava desde que você enviou sua própria filha para me manipular, mas nunca tive certeza… — coloquei os pés em cima da mesa, relaxando a postura.
— Estou pedindo uma vantagem. Aliás, nunca chegamos a conversar sobre isso, soube que eu ia ser avô. Chegaram a escolher um nome? — ele riu friamente, apertei a taça a ponto dos nós dos meus dedos esbranquiçarem.
— É claro que, se fosse um menino, homenagearíamos você! — abro um sorriso puramente sarcástico e coloco mais vinho na minha taça, bebendo em seguida.
— Me sinto lisonjeado — ele balança a cabeça positivamente. — Confesso que fiquei decepcionado quando soube que seu pai a matou, achei que ela conseguiria escapar, me pergunto onde errei no treinamento dela. — Ele contorce os lábios, fingindo estar pensativo.
— Devia ter avisado que é proibido se apaixonar, engravidar… essas coisas. Mas, não a culpe, são poucas as mulheres que não se renderiam aos meus encantos. — Arqueio o canto dos lábios.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Paixão Sombria
RomanceNeste livro, Mattia se encontra encantado pela doce Jade Lancellotti, a qual ele mesmo resgatou das mãos da Bratva. Jade sempre sonhou com um príncipe encantado e contos de fadas, mas nem de longe nasceu em um mundo perfeito assim. Crescida em meio...