| CAPÍTULO 27 |

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MATTIA CASSANO:
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    — Quem diria, não é mesmo? Que eu iria estar me casando depois de pegar todas as filhas de vocês — cantarolei desfilando entre as mesas. Os homens cujas filhas têm idade aproximada a minha, cerraram os olhos para mim. — Brincadeira, meus amigos… ou não. — Sussurro a última parte, me desvencilhando para perto do meu irmão.

    Melanie, Kiara e Jade ainda não chegaram. A verdade é que no fundo a minha ansiedade está me corroendo e não vejo a hora de fazer da ruiva, minha mulher.

    — Você está com uma pulga no rabo? — vocifera Giovanni com os dentes cerrados. — Fica quieto, porra! — censura.

    — Como vou ficar quieto se elas ainda não chegaram? Eu quero me casar! — debato.

    — Se controla, está parecendo um maluco. — Continua Giovanni.

    — Bem, não que ele não seja um pouco… — sussurra Lorenzo com um copo de whisky na mão.

    — Ah, cala a boca… — murmuro revirando os olhos.

    — Senhor, elas chegaram. — Um segurança nos avisa e está na hora de ir até o altar.

    Sou o primeiro a me posicionar e Giovanni e Lorenzo vão ao encontro delas com cara de tédio. Sei que estão felizes por mim, mas não se dão o trabalho de esconder o descontentamento com a minha agonia.

    Lembro-me de achar a cerimônia do casamento do Giovanni chata e completamente tediosa, talvez o fato de que os dois não queriam estar ali, tornou tudo mais caótico, porém não vejo a hora da cerimônia do meu casamento começar, não vejo a hora de ditar meus votos, cujo não ensaiei e nem pretendo dizer algo que escrevi em algum papel. Sou bom em sentir, sou bom em me expressar e quero que todos presentes saibam o que sinto pela ruiva, mesmo que achem que, no mundo em que vivemos, o amor seja uma fraqueza.

    Os minutos subsequentes ao aviso do guarda são torturantes, não vejo a hora de ver aquela música brega de casamento começar a tocar e eu ver a minha garota entrando vestida de branco, vestida de noiva para mim, para me encontrar. Sinto como se tudo na minha vida estivesse se acertando depois dela.

    Instantes depois, o pianista começa a tocar a melodia brega e clichê que todos conhecem, lembro-me brevemente de brincar com Mariá de casamento e cantarolar a musiquinha ao vê-la entrando na sala com um lençol enrolado no corpo, dizendo ela que era um vestido de noiva. Saio dos meus devaneios quando a porta é aberta e por ela entram os padrinhos, meu irmão tem sua carranca de sempre no rosto e a Melanie está radiante em um vestido dourado, sua barriguinha redonda tendo mais destaque que nunca. O vestido da Kiara é provocante, tem um decote V que expõe uma tatuagem que ela tem no meio dos seios e também tem uma fenda nas pernas. Lorenzo parece imponente ao lado dela, mas todos sabemos que se ela mandasse ele latir, ele obedeceria. Escolhi a filha de um colega para ser a daminha de honra, e ela é Jade ensaiaram juntas nos preparativos.

    Jade. É ela quem entra por último, o meu coração dispara e me sinto eufórico, como se tivesse usado algum tipo de droga, uma droga que permite ver a sua maior felicidade em sua frente como uma alucinação, mas eu sei que ela é real. A bambina tem um sorriso tímido nos lábios e brinca com os dedos enquanto segura o buquê, no entanto, sua postura é firme, tão digna quanto qualquer coisa que minha mãe tenha desejado para mim um dia. ( Não digo meu pai, pois provavelmente ele tenha desejado que eu me casasse com uma submissa, ou nem sequer tenha desejado nada. )

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