| CAPÍTULO 02 |

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P.O.V MATTIA CASSANO:
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*Um mês depois…*

    Lívia está me chupando habilmente como se eu fosse gostoso demais e merecesse ser apreciado — e modéstia parte, eu sou.

    — Isso, Lívia… ah… vadia gostosa del cazzo — quase revirando os olhos, formando um rabo de cavalo em seu cabelo, empurro mais fundo o meu pau em sua garganta.

    Ela se engasga, mas não dá nenhum sinal de que quer parar, então continuo a ajudar com seus movimentos. Fecho os olhos extasiado e como nas últimas vezes, o rosto da Jade surge em minha mente, de forma nada angelical como ela está em cima daquela cama. Gozo na boca da Lívia, que engole tudo e se levanta, deixando um selinho nos meus lábios.

    — Até mais, gatinho. — Ela sussurra e em seguida sai do meu escritório.

    A Jade continua em coma. Nesse meio tempo decidi entrar em contato com os russos apenas quando (e se) ela acordar. Aí, se tudo der certo, comprarei ela e depois… não sei, a deixarei voltar para casa se assim quiser.

    Por algum motivo desconhecido criei um hábito de ir visitá-la todos os dias. Já passei por volta de duas horas conversando sozinho em seu quarto, a observando ou até mesmo trabalhando no notebook.

    Algo naquela bambina me prende, me atraindo a ela, como o Ícaro sendo puxado pelo sol — e temo que assim como ele, eu me queime e morra. — Estou afeiçoado a um simples corpo que está vegetando em cima de uma cama de hospital.

    É o que eu não entendo. Como me sinto tão atraído por uma garota que nunca sequer vi de olhos abertos? Até hoje não consegui mais informações sobre ela, nem sobre seu pai que continua misteriosamente desaparecido. E por enquanto a Bratva está a procura da garota, pois não acharam nenhum corpo feminino no galpão.

    Fecho o zíper da minha calça e me preparo para ir ao hospital visitá-la. Saio da boate em meu carro e chego rapidamente ao local. Ao chegar, ninguém nem se surpreende mais com a minha presença. Passo por todos em direção ao quarto da ruiva, onde Luca está de guarda em frente.

    — Chefe — ele cumprimenta e prossegue: — tudo normal por aqui.

    — Sério? Pensei que ela acordou e saiu andando. — Gracejei e ele fez cara de poucos amigos. — Cadê o senso de humor, Luca? — revirei os olhos pra ele.

    Entrei no quarto, onde ela se encontra da mesma forma dos últimos dias, dormindo profundamente, sem dar nenhum sinal de que vai acordar. Me sentei na poltrona ao seu lado e lhe observei. Logo acariciei os dedos da sua mão — isso também virou um costume.

    — E aí, ruivinha, como você tá hoje? — pauso. — Dormindo né, óbvio. — Respondo a mim mesmo.

    Não duvido muito que esteja louco, conversando com alguém que está em coma. Mas vá que ajude de alguma forma? Pelo menos estou tentando. Não sei… talvez ela escute.

    — O Giovanni vai me matar… — penso alto.
    Ainda não contei pra ele de quem a garota é filha, ou que ela foi vendida aos rivais. Ele vai comer meu fígado frito.

    — De todas as cobras que eu podia achar, mirar logo na Piton, é foda. — Continuo. Pelo menos a cobrinha ruiva é a coisa mais linda que já vi. — Acho que a confusão se atrai por mim. Não a culpo, quem não se atrairia? — sorri convencido. Temos que concordar. Dos irmãos, eu sou o mais bonito. — Pelo menos essa é a primeira merda que trago para a Bratva. — Giovanni já fez muito pior que resgatar alguém, relativamente, deles.

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