| CAPÍTULO 19 |

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P.O.V JADE LANCELLOTI:
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    Surpresa demais para fazer algo diferente de retribuir o beijo da garota em minha frente. Ela invade a minha boca e a primeira coisa que noto é a diferença entre o beijo de homem e de mulher — embora só tenha beijado o Mattia em toda a minha vida — percebo que os lábios dela são mais macios e a língua menos áspera, o beijo é mais calculado embora o fogo da mulher deixe ele muito intenso, dá pra notar quando ela geme em meus lábios e arranha minha nuca com os dedos. Quando se afasta, estou sem ar e com os olhos arregalados, encaro Mattia sem reação e ele está sorrindo. Volto a encarar a mulher que também sorri e limpa o batom borrado com os dedos.

    — Seja bem vinda, novata — ela pisca pra mim e vai até o Mattia, abraçando o pescoço do mesmo e dando um selinho na boca dele. — Bom ver você de novo, Mattia! Não achei que traria sua garota aqui, bom, eu sei que o Giovanni não traria a dele — ela conversa com ele como se fossem bons amigos. Pela visão que tenho do lugar, presumo que todos aqui são bons amigos.

    Fico alheia a conversa dos dois quando volto a encarar a cena à minha frente. Em primeiro lugar, o espaço imensamente bonito tem camas, sofás, mesas, tudo ocupado por pessoas seminuas ou completamente nuas e se comendo em frente às outras, o som está se intensificando em minha cabeça e acredito que seja efeito do ecstasy. Tem três pessoas no sofá mais perto, um homem está chupando a mulher enquanto outro homem beija a boca dela e se masturba. Eles estão nus, corpos tão perfeitos que até eu gostaria de exibir se tivesse. A mulher não abafa os gemidos, mas eles são abafados pela música. O homem que beijava a boca dela, desce até o seio da moça e o chupa, subindo os olhos até mim. Eu não consigo deixar de arregalar os meus, sinto minha boca com um gosto doce ficar seca, minhas bochechas vermelhas, sinto minha pele esquentar com o olhar intenso do cara em mim, e aperto as coxas sentindo minha intimidade pulsar quando desvio o olhar dele para o outro homem que está chupando habilmente a moça.

    — Então… — Mattia se aproxima e desliza as mãos pelos meus braços, depois beija o meu ombro. — O que acha disso tudo?

    — Uma completa loucura — respondo de imediato. — Mas…

    — Mas você está excitada — prediz ele, descendo a mão até embaixo do meu vestido e subindo ela por minhas pernas. Quando Mattia alcança minha calcinha eu mordo o lábio, contendo o gemido. Ela está úmida, eu sinto, e ele também. — É injusto que, mesmo que tenhamos um relacionamento, você só tenha experimentado o que eu posso te proporcionar em toda sua vida. Hoje, quero que aproveite. — Discursa ele e pega na mesa ao nosso lado uma taça de champanhe. Ele bebe metade e me dá o resto, que seco de uma vez.

    — Sua boca já não é mais a única que beijei — afirmo. — Tudo bem, vamos… a gente tem que convidar alguém ou… — a pergunta parece ainda mais idiota quando Mattia ri, entretanto ele segura minha mão e sorri com o canto do lábio.

    — Acredite, nós não precisamos chamar absolutamente ninguém — afirma ele. De fato, quando entramos, quase todos os olhares passeiam em nós. Em mim.

    Nos sentamos em um sofá e logo em seguida um homem alto, negro e com dreads se aproxima, ao lado dele, uma moça com o os cabelos castanhos claros e pele bronzeada também, ela se parece com uma modelo.

    — Quanto tempo, Mattia, trouxe companhia? — o homem pergunta ao Mattia. Ele só tem no corpo uma sunga azul escuro marcando o seu pau perfeitamente.

    — Ela só veio assistir? — sonda a moça me encarando com maldade. Eu não sei o que falar, mas meu corpo reage a eles. Imagino a mesma cena que vi agora a pouco tendo eu como a única mulher, ou com ela também fazendo parte.

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