| CAPÍTULO 36 |

1.9K 211 38
                                    

╠┈┉┈┉┈┉┈┉┈┉❲✿❳┉┈┉┈┉┈┉┈┉┈╣
JADE LANCELLOTTI:
╠┈┉┈┉┈┉┈┉┈┉❲✿❳┉┈┉┈┉┈┉┈┉┈╣


    Os bebês da Melanie nasceram perfeitos e saudáveis. Lindos, embora ainda não dê para definir com quem se parecem mais, os olhos são sem dúvidas do Giovanni e os cabelos loiros da Melanie. Nasceram cabeludos e gordinhos, embora pequenos. A Melanie em cima da maca tem uma expressão cansada, pelas horas difíceis do parto normal. Giovanni está sentado segurando Axel, olhando para o rostinho do bebê com um amor que dá para sentir de longe. Um olhar talvez até mais intenso que o que usa com a Melanie, o cinza dos olhos brilhando.

    Mas meus olhos se detém em Mattia, que está com a pequena Pietra nos braços. Ele a segura com cuidado, como se tivesse medo de deixar a pequena cair, está com um sorrisinho bobo nos lábios e só consigo imaginar como ele vai ser um bom pai para a Mirella. Tanto quanto seria para um filho biológico nosso e isso me conforta profundamente. Sem querer, eu realizei o sonho dele de ser pai, embora já tivesse perdido minhas esperanças.

    — Agora é sério, eu tenho certeza que ela sorriu pra mim! Você sorriu para o titio, neonato? Sorriu? — ele faz uma voz enjoada para falar com a neném e brinca com o nariz dela, que o encara atentamente.

    — Mattia, não tem duas horas que ela nasceu. Ela não está rindo! — Melanie retruca pela terceira vez.

    — Às crianças de hoje só faltam nascer falando, cunhadinha! Não desacredite não! Ela é filha de vocês, não espero nada menos que estar andando daqui uns dias… — ele retruca e  Melanie passa as mãos no rosto incrédula.

    — Deixa de ser exagerado. Me dá ela um pouco. — Vou até ele que não sabe como me dar a neném, então a pego e ajeito o pequeno pacotinho nos meus braços.

    — Ela é tão linda, a cara do tio — Mattia me abraça de lado e sorri abertamente.

    — Seu ego é tão grande… — balanço a cabeça. — Mas ela é mesmo muito linda. — Seguro a mãozinha da bebê e ela aperta o meu dedo. — E forte, neonato (neném).

    Ficamos mais um tempo no quarto da Melanie e notamos que ela está com sono e precisa amamentar, e os bebês precisam dormir também. Voltamos para o quarto e o Mattia e eu nos deitamos em cima da cama. A cama é de casal e embora eu quisesse estar em casa com ele, estar aqui sabendo que ele está bem e acordado é igualmente reconfortante.

    — Acho que também precisamos descansar, né? Foi um dia cheio… — comento e ele balança a cabeça em concordância, me puxando para os seus braços, me abraçando e beijando minha testa.

    — Boa noite, minha mulher — ele murmura e começa a fazer cafuné em meu cabelo enquanto me embriago com seu cheiro.

    — Boa noite… — digo, começando a entrar no vale da inconsciência.

    Não sei como explicar a explosão de coisas que senti ao vê-lo acordar. Tudo entre felicidade, saudade, surpresa e nervosismo numa mistura que me deixou tonta, esperando o momento que me fosse permitido pular em seus braços. Eu o amo tanto que notei, assim que vi seus olhos azuis piscina abertos novamente, que a parte do meu coração que estava morta e sombria dentro de mim, voltou a vida cheio de luz e cor.

[...]

    Antes de ir para casa passamos no quarto da Melanie novamente e a mesma estava tomando banho enquanto os bebês estavam dormindo aos cuidados de Giovanni e da irmã dela, Scarlett. É provável que ela receba alta à tarde e todos se juntemos à noite para comemorar num jantar, já que não podemos sair ainda.

Paixão Sombria Onde histórias criam vida. Descubra agora