| CAPÍTULO 15 |

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P.O.V JADE LANCELLOTTI:
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    — Você ainda está tentando descobrir quem é a mulher que quer me sequestrar? — sondei ao Mattia, enquanto ele estava deitado na minha cama com um notebook no colo, esperando eu me arrumar para ir à faculdade.

    — Estou… não encontrei nenhum registro da tal Sonya Petrov, pelo visto ela não existe. Mas, também tentei a sua mãe, Nina Daudova, e não encontrei nenhum registro que prove que ela está viva. Até onde sabíamos, ela morreu no parto e é só isso que encontro. — Ele colocou os braços atrás da cabeça e me encarou com meio sorriso nos lábios. — Você vai pra faculdade, não pense nisso agora.

    Virei-me novamente para o espelho e passei um pouco de lip-tint na bochecha, encarando meu reflexo. Nos últimos dias, estou tentando evitar me encarar por muito tempo. Sempre que faço isso, lembro do meu pai, lembro do fato de que ele não é meu pai, e que a minha mãe possivelmente está atrás de mim por vingança ao meu progenitor, e choro.

    Ouvi Mattia se levantar e encarei o seu reflexo pelo espelho, vindo até mim. Ele abraçou minha cintura e apoiou o queixo no meu ombro, abrindo um sorriso irônico.

    — Uma moça bonita dessas chorando… — ele moveu as sobrancelhas e me fez rir.

    — Idiota — balancei a cabeça, abraçando os seus braços.

    — Não chame o don da Cosa Nostra de idiota, é desrespeito — ele fingiu indignação. — Ninguém pode saber que eu deitaria aos seus pés… se você pedisse — ele beijou meu pescoço e senti meus pelos se arrepiarem. Afaguei os cabelos do Mattia e ele girou-me para ele.

    — Obrigada… pela inscrição — ressaltei.

    — Hoje é o seu primeiro dia de aula, não fique pensando nisso. Depois da faculdade, vai ter sua primeira aula com o Lorenzo, vamos ir diretamente ao centro de treinamento — ele me observou com animação e sorriu. Ver o sorriso cínico do Mattia me faz sorrir também, desde que cheguei aqui.
   

[...]

    Mattia me deixou em frente a faculdade, no estacionamento. O lugar parece infinitamente grande e os universitários que vão chegando, formam um verdadeiro formigueiro.

    Desconfio que as pessoas o conheçam, pois quando ele desce do carro, rouba vários olhares. Homens olham com respeito ou medo, mulheres da mesma forma, com acréscimo do olhar de desejo. Olham-o com olhar de fome. Se bem que, quem não olharia? Em sã consciência, Mattia é um dos mafiosos mais importantes da Cosa Nostra e também a própria personificação de pecado, de tão lindo que é.

    Ele aperta minha mão e coloca a minha mochila nas costas usando uma alça só. Mattia parece mais universitário que os próprios universitários, resolveu usar uma jaqueta de couro, calça jeans e botas, o que é completamente clichê em faculdades — pelo que dizem os livros — toda faculdade tem um badboy com esse estilo.

    — Tá rindo de que? — ele pergunta franzindo a testa para mim. Parece nem se importar com todos os olhares à nossa volta.

    — Nada. Só pensando em como você é estereotipado, parece completamente um badboy universitário. — Olho para os meus pés, já que não consigo controlar o rubor das bochechas.

    — Ora, ser lindo e estiloso é um estereótipo? — ele graceja. Dou os ombros.

    — Todos aqui sabem quem e o que você é? — sondo ainda incomodada com os olhares.

Paixão Sombria Onde histórias criam vida. Descubra agora