| CAPÍTULO 05 |

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JADE LANCELLOTTI:
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    Tinha decidido não dormir, porém às 05:00h da manhã isso se tornou mais difícil do que imaginei que seria e só percebi que havia dormido quando acordei às 08:00h com meu próprio grito, corpo suado e respiração ofegante.

    Assim que abri os olhos, o pesadelo se tornou um borrão na minha mente e a claridade da janela me cegou por uns instantes. Precisei de alguns segundos para lembrar onde eu estava, até me recordar de todos os últimos acontecimentos.

    — Jade? — Mattia chamou do outro lado da porta, sem o sarcasmo habitual da sua voz.

    — Pode entrar… — puxei o lençol escondendo minha pele exposta por sua camisa, que ele me emprestou para dormir.

    — Você está bem? — ele perguntou colocando a cabeça para dentro do quarto. — Ouvi você gritar… — contorceu os lábios, preocupado.

    — Foi um pesadelo. Mas não me lembro… — engoli o seco.

    — A Melanie mandou isso aqui para você vestir. Ela já está te esperando — avisou ele, colocando uma sacola na mesa ao lado da porta.

    — Ok, vou tomar banho… — ele assentiu e saiu.

    Mattia não está mais estranho, porém agora, cauteloso. Talvez percebeu que ontem mudou repentinamente e está com medo da minha reação a isso.

    Levantei da cama e fui para o banheiro do quarto, peguei no armário toalhas limpas e sabonete — tem vários tipos, incluindo esfoliantes e cremes — parece que o Mattia pensou em tudo antes de eu chegar.

    Entrei na ducha e molhei meus cabelos, os lavei e passei aqueles diversos cremes no meu corpo — se ele fez questão de comprar, eu não deixaria estragar — então depois de deixar o cabelo com um produto hidratante alguns minutos, terminei o banho.

    Enquanto secava o cabelo me olhei no espelho. A cor já estava retornando ao meu rosto, meus olhos já estavam mais vividos e, graças aos milhares produtos, meu cabelo também está bonito hoje, com os cachos definidos.

    Na sacola que Melanie trouxe para mim, tem um vestido rosa com rosas brancas e vermelhas na estampa, busto justo e saia solta. Vesti-o e calcei os All Stars que Mattia me deu.

    Quando sai do quarto, me demorando a caminhar para admirar as pinturas do corredor, senti o cheiro de café e chocolate vindo da cozinha. Segui para sala de jantar com um sorriso debochado nos lábios, sem conter a vontade de alfinetar Mattia.

    — Como mafioso, você é um ótimo cozinheiro — estalei a língua e ele subiu um olhar debochado para mim, jogando bolinhas de chocolate em cima do bolo com recheio de ganache.

    — Sabe poucas coisas sobre minha fama na máfia. Tudo que sabe é que matei três pessoas, não? — ele arqueou uma sobrancelha, batendo as mãos como se tirasse poeira.

    — Sei que seu vulgo é L'Ombra. — Subi o canto do lábio em um meio sorriso e cruzei os braços.

    — Então deve deduzir que já fiz muitas coisas em 24 anos de vida — ele sinalizou que eu me sentasse.

    — Sim, no entanto, tem um coração tão grande e filantropo que acolheu uma pobre coitada como eu em sua casa — o observei cortar uma fatia do bolo de chocolate e colocar em meu prato.

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