| CAPÍTULO 06 |

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P.O.V MATTIA CASSANO:
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    — Preparada para ver o seu ateliê? — Pergunto para ela quando entramos em casa, mal se dando o trabalho de fechar a porta antes de seguir pelo corredor.

    — Ansiosa e com vontade de bater em você por gastar mais dinheiro comigo — Jade cruza os braços enquanto me acompanha.

    — Ah, por favor, se eu quisesse limpar minha bunda com nota de 500 euros eu fazia, porém creio que deva ter muitas bactérias — pego uma chave no bolso com um chaveiro amarelo de pluma e lhe entrego, parando em frente a porta.

    — Mas isso não significa que está certo. Você está gastando uma fortuna sendo que nem tem certeza se irei ficar aqui por muito tempo — vejo-a enfiar a chave na porta e girar.

    — Bom, sei que vai ficar por tempo o suficiente para usufruir de todo o luxo — contraí os músculos da mandíbula, refletindo a ideia de deixá-la partir.

    Aquela ideia estava me incomodando, deixá-la partir depois de um mês observando-a, cuidando dela e me acostumando com o seu rosto…

    Jade abre a porta e dá um passo para dentro conforme sua visão capta todos os detalhes do cômodo. Prateleiras foram espalhadas pelas paredes com diversos potes de tinta por cima. Um recipiente plástico cheio de pincéis e paletas de pintura aquarela. Vários quadros brancos e alguns tripés estão espalhados pelo lugar. A janela ampla capta toda a luz do sol para dentro do cômodo deixando-o bem iluminado e algumas pinturas famosas estão espalhadas no alto das paredes, como pinturas de Picasso ou Van Gogh, iguais as que eu tenho no corredor e na sala.

    Eu declaro o meu dinheiro bem gasto quando entro no cômodo e Jade põe no rosto um sorriso de orelha a orelha.

    — Gostou? — pergunto ao lado dela, escorado no batente da porta com os braços cruzados.

    — Se eu gostei? Nem na minha casa eu tinha um ateliê assim! — ela rodopiou adentrando a sala e alisando as prateleiras recém pintadas e secas com a ponta dos dedos.

    — Nosso objetivo é…

    — Satisfazer — predisse ela, me interrompendo com um sorriso contido.

    — Então, vai começar a pintar agora? — sugeri intencionalmente. — Eu vou precisar descer para o quinto andar… lá tem uma sala de reuniões e preciso me reunir com algumas pessoas — tentei permanecer impassível.

    — Tudo bem, prometo não atrapalhar — ela pegou um pincel e o girou entre os dedos com destreza. — Tô com tanta saudades de pintar que passaria a noite toda aqui — incluiu. Assenti e me preparei para sair dali, pois já tinha sido avisado sobre a chegada dos investigadores.

    — Divirta-se! Talvez eu espalhe seus quadros pelas paredes da casa — a ouvi emitir um som agudo com surpresa e ri caminhando pelo corredor.

    Ao todo, contratei três detetives para encontrar o pai da Jade e dois dos nossos homens para torturar quem quer que fosse e descobrir o motivo de terem pegado ela.

    Entrei no elevador e apertei o botão do quinto andar para encontrá-los. Giovanni irá me acompanhar na reunião — por pura curiosidade — e ele já estava na sala com os homens o encarando temerosos enquanto o mesmo estava sentado em uma das extremidades da mesa com suas feições indecifráveis de sempre.

    — Senhores, bem vindos a nossa humilde residência — abri um sorriso afável, que muitos julgariam psicopata, e apoiei as mãos na mesa. — Quais são as novidades? — todos se entreolharam se perguntando quem falaria primeiro. Revirei os olhos e apontei para os que fazem a parte ilícita da coisa.

Paixão Sombria Onde histórias criam vida. Descubra agora