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JADE LANCELLOTI:
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Acordo com o som da campainha tocando incansavelmente. Tateio a mesa de cabeceira e vejo algumas chamadas perdidas de Melanie, Lorenzo e Giovanni. O diário do Mattia estava ao meu lado, eu li todas as cartas e acabei pegando no sono, exausta, depois de tanto chorar. Me levanto ainda meio sonolenta e vou até a porta, esfregando os olhos. Melanie e Giovanni surgem em minha frente, ele está sério, mas carrega um brilho mortal nos olhos, já a Melanie expressa uma mistura de apreensão e euforia. Eu franzo a sobrancelha para os dois, mesmo sabendo do que se trata, ainda não cai muito na real ou o sono ainda não foi embora por completo.— Acharam ele. — Giovanni conta.
— A-acharam? — gaguejo, enfiando os dedos entre os cabelos.
— SIM! Descobriram a localização exata. — Melanie confirma empolgada.
— Sim, mas iremos nos organizar, você não pode fazer nada de cabeça quente — Giovanni adverte. — Vá se arrumar, eu vou preparar o café da manhã para vocês.
Eu assinto ainda meio atônica e Melanie segura meu braço me guiando de volta para o quarto. Ela diz que vai escolher uma roupa apropriada e fica tagarelando sobre não poder ir para não colocar os bebês em risco. Mas eu não escuto muito, em minha mente só passa o fato de que eu vou ter a chance de matar o meu pai biológico que nem sequer sei o nome. Tomo banho quase que no automático e quando saio vejo que a Melanie escolheu uma calça jeans, botas pretas, e uma blusa de manga com uma jaqueta. Provavelmente irei colocar um colete a prova de balas por baixo ao chegar no CT na Cosa Nostra. Quando descemos, Melanie parece notar que não estou escutando ela e cala a boca.
Giovanni colocou pão francês e ricota em cima do balcão, preparou café e separou algumas frutas. O meu estômago está revirando, comer é a última coisa que passa pela minha cabeça agora, mas basta um olhar ameaçador do Giovanni para me fazer sentar como uma criança acuada e pegar um pão.
Não consegui comer mais que um pão e tomar mais que uma xícara de café. Giovanni não insistiu mais. O silêncio estava até que agradável, estávamos todos ansiosos, já que eu estarei vingando toda a minha vida, e Giovanni estará vingando o irmão, ao me ajudar.
— Fique calma, ok? Eu estarei lá o tempo todo, não se precipite… — Ele até ergue a mão para gesticular. — Não saia correndo atrás dele quando chegarmos lá, nem grite, ou coisas assim… — conclui. Eu franzo a testa.
— E por que eu faria algo assim?
— Sei lá, as mulheres são…
— Ah, cala a boca — balanço a cabeça e falo ríspida, longe de parecer ofendida, mas sem paciência para pensamentos machistas. Deixo Giovanni para trás quando chegamos no estacionamento e ele me segue logo me ultrapassando, me guiando para o seu carro preto, blindado.
Giovanni disse que a casa está cercada por seguranças, assim como todas as mansões ao redor. Por isso temos que planejar o ataque no lugar de fazer tudo de cabeça quente. Chegamos ao centro de treinamento em poucos minutos, então subimos para o último andar, onde fica a sala do Giovanni. Lorenzo, ele e eu, e alguns soldados selecionados para nos acompanhar, nos amontoamos em volta da mesa para Giovanni nos passar o plano que tem em mente.
[...]
A casa fica apenas a três quarteirões da minha antiga casa, numa rua cheia de mansões bonitas e bem monitoradas, com guardas e câmeras. Paramos a uma distância razoável, o Giovanni não queria chamar a atenção dos seguranças antes mesmo de atacar. Quando os homens dele averiguaram o lugar, descemos do carro para nos aproximar a pé.
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Paixão Sombria
RomanceNeste livro, Mattia se encontra encantado pela doce Jade Lancellotti, a qual ele mesmo resgatou das mãos da Bratva. Jade sempre sonhou com um príncipe encantado e contos de fadas, mas nem de longe nasceu em um mundo perfeito assim. Crescida em meio...