Capítulo 37

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  Wangji o olhou com desprezo enquanto bebia tranquilamente seu drink, ele pode notar como Ruohan mexeu-se inquieto quando aproximou-se fazendo que um sorriso arrogante tomasse seus lábios, um pequeno desejo de esmagar o verme a sua frente corria por suas veias, mas teve que se controlar, afinal de contas tinha planos especiais guardados especialmente para ele, e aquela noite pretendia desfrutar de um bom momento ao lado de seu ômega que dançava livremente junto com os outros na pista de dança.

— O que um ser tão desprezível como você faz aqui? — encostou-se sobre a mesa perto deles — Depois daquela humilhação não reunião, deveria se manter escondido.

— Quanta confiança — Ruohan o encarou — Mas sabemos que se não fosse a maldita vadia, o ômega estaria comigo.

— Ruohan — Wangji deixou seu copo sobre a mesa — Você é tão burro e tolo, ás vezes me fazer ter pena de você.

— Sabemos que esse jogo não acabou, aquele ômega ainda vai ser meu.

Ruohan encarou com incredulidade Wangji, ao vê-lo soltar uma sonora gargalhada como se a melhor das piadas tivesse sido contada naquele exato momento, os olhos dourados brilhando levemente sobre a luz, havia algo completamente diferente no homem à sua frente.

— Tão patético — o alfa, suspirou — Você não cansa de ser assim, um completo idiota? Olhando para você agora, só vejo um alfa fracassado.

— Porque não usou toda essa confiança para proteger sua adorável amiga — debochou — Foi bem engraçado vê-la amarrada...

As palavras sumiram de seus lábios ao ter sua mandíbula segurada fortemente pela mão esquerda de Wangji, que o empurrou contra a parede fazendo suas costas baterem dolorosamente pela força da pancada, engoliu em seco da melhor forma que pode ao perceber que a expressão do outro ainda era a mesma.

— Você foi tão covarde que fez isso por minhas costas — apertou com mais força a mandíbula do outro — Não teve coragem sequer para encará-la sozinho, teve que mandar seus capangas para fazerem isso. Um verdadeiro merda.

Empurrou a cabeça de Ruohan contra a parede, antes pegar seu copo novamente e beber mais um gole de sua bebida, as pessoas que estavam ao redor apenas observaram tudo sem nunca intervirem, nenhum deles gostaria de lidar com Wangji.

— Eu quero quebrar seus ossos um por um, enquanto você me implora para parar — ri — Eu juro por Deus, que vou cuidar muito bem de você, Ruohan, vai se arrepender de cada minuto de sua existência miserável e insignificante.

— Agindo tão bruto — murmurou com dificuldade, tentando se soltar do aperto de Wangji — Vai decepcionar o seu omegazinho.

— Tenho certeza que ele vai gostar bastante, quando estivermos fodendo — o solta — Deveria se conformar, nunca vai tê-lo.

— Vai me pagar por isso — ajeita sua postura — Wei ainda vai ser minha vadia.

O som do vidro se quebrando foi completamente abafado pela música alta, Wangji tinha acertado o copo de seu drink no rosto de Ruohan, que apenas teve tempo de fechar seus olhos antes de sentir impacto contra sua face, junto com o peso da mão do outro, fazendo o cair para o lado. Wangji agachou-se sobre ele pisando sobre seu peito, para depois segurar novamente sua mandíbula e obrigá-lo a engolir alguns cacos de vidros do copo, que cortaram completamente sua boca.

— Não me tente — afastou-se — Eu ainda quero me divertir muito com você. Leve isso como uma lição, não terá língua para chamar o meu ômega de vadia, tem sorte de eu não arrancá-la.

Ruohan o encarou perplexo enquanto ainda permanecia caído.

— Aproveite a festa, verme imundo — sorri.

As pessoas encararam Ruohan, murmurando entre si, o alfa havia sido completamente humilhado pelo outro mais uma vez. Wangji apenas retornou ao bar pegando mais um drink, havia pequenos cortes em suas mãos nada que fosse realmente preocupante, apenas encostou-se sobre o balcão voltando a observar Wei que ainda dançava. Wangji não conseguia desviar sua atenção do ômega, por mais que tentasse seus olhos sempre caiam sobre sua figura novamente, Wei estava magnífico aos seu ver, era realmente difícil olhar para qualquer outro alguém quando tinha aquele homem perfeito ao seu dispor, mesmo que alguns ômegas tentassem se aproximar e chamar sua atenção, seu foco permanecia apenas em Wei, que agora caminhava em sua direção com um leve sorriso em seus lábios.

— Aproveitando a festa? — perguntou parando em sua frente — Você sumiu por alguns segundos, estava com algum ômega?

— Isso seria pouco provável, como já disse antes, o único ômega que quero é você — o encarou — Estava cumprimentando um conhecido. Você dança muito bem.

— Obrigado, eu costumava dançar antes de minha vida ser um caos — afasta alguns fios de seu cabelo do seu rosto — Fazer isso novamente, foi divertido.

— Espero que algum dia possa receber um show particular — puxa Wei para seu colo.

— Você está terrível ultimamente — bate em seus ombros.

— A culpa é unicamente sua — ri contra o pescoço de Wei — Eu odeio o fato de que todos esses alfas estão o olhando agora, mas não posso culpá-los por isso, eu os entendo bem.

— Entende? — toca o rosto do alfa.

— É impossível tirar os olhos de você agora.

A um leve silêncio entre eles, é difícil dizer qualquer coisa quando tem os olhos do alfa o olhando daquela maneira, Wangji parecia mais atraente que o normal naquelas roupas e com sua expressão um pouco mais séria, Wei sentia-se perdido apenas por está ali em seus braços, sendo segurando tão firmemente.

— Wangji...

— Sim? — seus olhos estão sobre a boca de Wei.

— Você não quer dançar comigo? — engole em seco.

— Eu adoraria — levanta-se, puxando Wei em direção a pista de dança.

Wangji junta seus corpos, enquanto se movem ao som da música que está sendo tocada, as mãos do alfas descem descaradamente por seu corpo e seus lábios deslizam por seu pescoço, causando um leve arrepio que cruza sua espinha.

— As pessoas estão olhando para nós — murmura.

— Isso incomoda você? — junta suas testas — Desculpe, mas é difícil me controlar, na verdade, eu não quero me controlar.

— Nesse caso — Wei passa seus braços ao redor do pescoço de Wangji — Porque não vamos embora — aproxima suas faces — Eu vou para qualquer lugar com você.

Wei o beija lentamente, desfrutando da leve sensação que é ter seus lábios unidos, mas Wangji torna aquilo algo mais quente tomando sua boca com desejo, o fazendo esquecer por alguns segundos onde ele está.

— Temos que ir embora, agora — Wangji diz sobre seus lábios.

— Porque? — Wei ainda está ofegante.

— Vamos acabar fodendo contra alguma parede dos corredores desse lugar — morde seu lábio inferior — E eu quero fazer isso lentamente — sussurra em seu ouvido — A noite inteira.

O alga segura sua mão e o puxa para saída, seus amigos apenas os observam ir embora sorrindo de maneira cúmplice. Wangji abre a porta do carro para que ele possa entrar, abaixando-se para lhe dizer algumas palavras em seu ouvido antes de irem.

— Não estamos indo para casa hoje, eu preciso ouvi-lo gritar livremente, e terei isso. Eu prometo que irei me esforçar.

Behind The Counter - WangXian.Onde histórias criam vida. Descubra agora