CAPÍTULO 32

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Eliane e Cácio  até que tentaram  ficar atentos  a Roberto e Davi, mas tiveram que sair às pressas! Ela demorou longos dez minutos ou mais no banheiro, amparada por Cácio, para colocar todo o almoço pra fora!

A irmã de Roberto não entendia o motivo de todo aquele mal-estar, de tanto enjoo! Quando vomitara pela última vez? Só se lembrava de já ter vomitado umas duas vezes em sua vida. O que estaria acontecendo? Seria algo que comera no almoço? Seria estado nervoso devido a toda aquela situação? Provavelmente...ou alguma virose, como costumavam dizer.

_Tem certeza de que não quer procurar um médico, Eliane?_perguntou Cácio preocupado.

_Tenho, Cácio. Não se preocupe. Deve ser nervosismo. Já está melhorando.

Quando foram procurar Roberto  e Davi, não os encontraram  mais no quarto...em nenhum dos quartos, pois fizeram  questão de procurar atônitos.

_Meu Deus, onde eles estão?_Eliane estava aflita.

_Não acredito que saíram! Isso não pode ter acontecido!_Cácio falou inquieto.

A empregada confirmou que os dois haviam saído e que não haviam deixado recado algum.

Eliane ficou estática olhando para Cácio que parecia tão agoniado quanto ela. Ligou para a empresa, sabendo que não teria dado tempo deles chegarem lá ainda.

_Tudo bem, dona Eliane. Se eles chegarem aqui, ligo imediatamente para a senhora avisando._falou a secretária de Roberto.

_A gente precisa ir atrás deles, Cácio. Não sei o que pode acontecer com aqueles dois, se não formos atrás para impedirmos.

_Calma, porque você ainda está muito pálida e não conseguiria entrar num carro enjoada deste jeito.

Ela  não lhe deu ouvidos. Tomou dois copos de água gelada, jurou que sentia-se melhor e saiu puxando Cácio pela mão.

Chegar na empresa e receber a notícia de que Roberto e Davi não estavam ali foi um choque!

_Espertos os dois. _Cácio teve que admitir._Claro que devem ter pensado que a gente viria atrás deles para impedi-los de fazer besteira.

Eliane teve que concordar com ele e andou de um lado a outro desnorteada demais para ficar parada:

_E agora? Onde iremos procurá-los?

_Desconfio que devem ter ido oficializar a sociedade, já que ambos tinham muita urgência em fechar negócio. 

_Um cartório, talvez?

_É possível, já que irão querer agilizar tudo. Conheço uns quatro cartórios onde eles poderiam ter ido. Claro, são apenas suposições, visto que poderiam procurar dois ou três advogados e fazerem tudo ali mesmo, diante deles. Vai ser difícil, Eliane, impedi-los, caso realmente queiram fazer a sociedade.

_Que não vai dar em nada, porque eu questionarei a legalidade deste negócio! Nós dois sabemos que Roberto não está em seu juízo perfeito, menos  ainda Davi! Nada que fizerem terá valor legal...nada!_Eliane desabafou indignada._Ainda não acredito que o meu irmão quase morreu e ainda está com toda esta ambição! Ele não perdoa o Alceu ter deixado a empresa para Davi! Parece que nunca irá aceitar isso! Que absurdo! Eu não reconheço mais o meu irmão, Cácio!

Ele não quis deixá-la mais nervosa ainda questionando se ela pretendia  dizer a algum juiz que Davi incorporava dois espíritos que o deixavam perturbado daquele jeito, ou se lançaria mão da suspeita de doença mental do irmão. Aquele não era o caminho para resolver o problema.

NINGUÉM FOGE DO PRÓPRIO DESTINO!-Armando Scoth Lee-romance espírita gayOnde histórias criam vida. Descubra agora