Eliane e Cácio até que tentaram ficar atentos a Roberto e Davi, mas tiveram que sair às pressas! Ela demorou longos dez minutos ou mais no banheiro, amparada por Cácio, para colocar todo o almoço pra fora!
A irmã de Roberto não entendia o motivo de todo aquele mal-estar, de tanto enjoo! Quando vomitara pela última vez? Só se lembrava de já ter vomitado umas duas vezes em sua vida. O que estaria acontecendo? Seria algo que comera no almoço? Seria estado nervoso devido a toda aquela situação? Provavelmente...ou alguma virose, como costumavam dizer.
_Tem certeza de que não quer procurar um médico, Eliane?_perguntou Cácio preocupado.
_Tenho, Cácio. Não se preocupe. Deve ser nervosismo. Já está melhorando.
Quando foram procurar Roberto e Davi, não os encontraram mais no quarto...em nenhum dos quartos, pois fizeram questão de procurar atônitos.
_Meu Deus, onde eles estão?_Eliane estava aflita.
_Não acredito que saíram! Isso não pode ter acontecido!_Cácio falou inquieto.
A empregada confirmou que os dois haviam saído e que não haviam deixado recado algum.
Eliane ficou estática olhando para Cácio que parecia tão agoniado quanto ela. Ligou para a empresa, sabendo que não teria dado tempo deles chegarem lá ainda.
_Tudo bem, dona Eliane. Se eles chegarem aqui, ligo imediatamente para a senhora avisando._falou a secretária de Roberto.
_A gente precisa ir atrás deles, Cácio. Não sei o que pode acontecer com aqueles dois, se não formos atrás para impedirmos.
_Calma, porque você ainda está muito pálida e não conseguiria entrar num carro enjoada deste jeito.
Ela não lhe deu ouvidos. Tomou dois copos de água gelada, jurou que sentia-se melhor e saiu puxando Cácio pela mão.
Chegar na empresa e receber a notícia de que Roberto e Davi não estavam ali foi um choque!
_Espertos os dois. _Cácio teve que admitir._Claro que devem ter pensado que a gente viria atrás deles para impedi-los de fazer besteira.
Eliane teve que concordar com ele e andou de um lado a outro desnorteada demais para ficar parada:
_E agora? Onde iremos procurá-los?
_Desconfio que devem ter ido oficializar a sociedade, já que ambos tinham muita urgência em fechar negócio.
_Um cartório, talvez?
_É possível, já que irão querer agilizar tudo. Conheço uns quatro cartórios onde eles poderiam ter ido. Claro, são apenas suposições, visto que poderiam procurar dois ou três advogados e fazerem tudo ali mesmo, diante deles. Vai ser difícil, Eliane, impedi-los, caso realmente queiram fazer a sociedade.
_Que não vai dar em nada, porque eu questionarei a legalidade deste negócio! Nós dois sabemos que Roberto não está em seu juízo perfeito, menos ainda Davi! Nada que fizerem terá valor legal...nada!_Eliane desabafou indignada._Ainda não acredito que o meu irmão quase morreu e ainda está com toda esta ambição! Ele não perdoa o Alceu ter deixado a empresa para Davi! Parece que nunca irá aceitar isso! Que absurdo! Eu não reconheço mais o meu irmão, Cácio!
Ele não quis deixá-la mais nervosa ainda questionando se ela pretendia dizer a algum juiz que Davi incorporava dois espíritos que o deixavam perturbado daquele jeito, ou se lançaria mão da suspeita de doença mental do irmão. Aquele não era o caminho para resolver o problema.
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NINGUÉM FOGE DO PRÓPRIO DESTINO!-Armando Scoth Lee-romance espírita gay
RomanceIMPRÓPRIO PARA MENORES!-Com a morte do padrasto, Roberto descobre que o velho Alceu deixou toda a fortuna para o neto Davi. Sentindo-se injustiçado, Roberto cria, com a ajuda da irmã Eliane, um plano para obrigar Davi a dividir a herança com eles...