CAPÍTULO 31

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Roberto sentou-se muito sério num sofá no canto do quarto, enquanto Davi pediu licença para tomar um banho, pois sentia que estava cheirando  à gordura e condimentos do almoço.

O empresário ainda não acreditava que a irmã se unira a Cácio para tentar lhe passar a perna e vender a empresa pelas suas costas!

Tentou pensar pelo ponto de vista de Davi, que lhe dissera que Eliane certamente fazia o que achava que era certo, especialmente agora que acreditava que o irmão precisaria de menos pressão no emprego.

Roberto, porém, estava magoado com a irmã que tanto amava e ficava confuso quanto a essa posição de mãezona que ela tomara de repente em relação a ele. Certamente devia acreditar que ele estava tornando-se esquizofrênico mesmo...que ele agora seria um incapaz e, pior ainda, uma ameaça até  para si mesmo!

Roberto passou ambas as mãos pelo rosto tentando organizar as ideias...tentando entender o que acontecera em sua vida nos últimos dias: aquele pensamento fixo de que Márcio e Adriano haviam aparecido pra ele ali mesmo, naquela casa, naquela noite em que vira a luz do quarto de Davi acesa! Depois, em sua sala, de acordo com o que dona Maria dissera! Ainda na empresa, falando pela boca de Davi e fazendo com que ele quase infartasse!

Não fazia sentido aquilo! Por que, de repente, aquela ideia fixa nos dois falecidos? Por que aquilo? Estaria realmente ficando louco?

Tentou focar no lado bom de tudo aquilo que era aquela afirmativa de Davi lhe dizendo que a presidência da Moura Álvares continuaria em suas mãos! Por que aquele novo Davi não se revelara desde o início a fim de poupá-lo de tanto estresse?

A visão de Davi entrando no quarto ainda úmido do banho e enrolado numa toalha branca, o fez erguer os olhos, abrir a boca e praticamente perder o fôlego!

Davi era um homem muito bonito, tinha que reconhecer! E estava uma delícia enrolado naquela toalha, cabelos úmidos e bagunçados onde ele enfiava os dedos parecendo querer penteá-los.

Como se simplesmente tivesse se esquecido de  que Roberto também estava  ali, Davi simplesmente abriu a toalha, jogou num canto  e virou-se de costas pra ele, exibindo uma bunda linda!

O neto de Alceu abriu uma de suas malas que ainda estava no chão e arrebitou o traseiro  para erguê-la e colocá-la sobre a cama.

Roberto não conseguia desviar o olhar...aquele corpo ali, bem ao alcance de suas mãos...suas narinas sentindo o cheiro delicioso do sabonete que tivera a sorte de passear pelas curvas daquele corpo moreno e tão delicioso...puro tesão!

_Sério, viu, Roberto?!_Davi falou de repente assustando o enteado de Alceu._Como eu não pensei nisso tudo antes, cara?

Não dava pra pensar com clareza, pois agora Davi estava de frente para Roberto...bolas, pau, pelos...era tentação demais! Era um desejo quase incontrolável de agarrar aquelas coxas e meter o rosto fundo no meio daquilo tudo!

Roberto tentou se recompor rapidamente, mas Davi já o tinha flagrado daquele jeito.

_Ah, desculpe...acho que te deixei constrangido com a minha postura tão à vontade na sua frente..._riu de maneira safada.

Roberto pigarreou, recostou-se no sofá e instintivamente cruzou as pernas, pois sentiu que não daria pra disfarçar a ereção!

_Não...tudo bem..._falou visivelmente desconsertado.

Davi ainda estava segurando a cueca na mão e deu um sorriso maldoso:

_O que é que foi? Vai me dizer que ficou de pau duro olhando a minha bunda, seu pervertido? Confesse, mais um segundo e você viria com tudo pra cima de mim, não é verdade?

NINGUÉM FOGE DO PRÓPRIO DESTINO!-Armando Scoth Lee-romance espírita gayOnde histórias criam vida. Descubra agora