Maite
Devia ser quase umas 5 da manhã quando me levantei para tomar um copo de água, assim que cheguei na cozinha Josué estava lá em pé parado com uma xícara em mãos.
- Acordado tão cedo? - Perguntei indo até a geladeira.
- Fiz guarda essa noite. E você, o que faz acordada?
- Fiz uma burrada, e perdi o sono.
- E o que foi?
- Contei para William que havia beijado outro...
- E então?
- Ele perguntou se eu estava apaixonada por essa outra pessoa. - Respondi bebendo o líquido do copo e abaixando a cabeça para não encará-lo.
- E você está?
Eu não respondi nada, pois como antes eu ainda não tinha uma resposta para isso. Ele então se aproximou e segurou meu queixo me fazendo olhar dentro de seus olhos.
- Diga se está apaixonada por mim, Maite. Se estiver eu te pego em meus braços e te levo daqui agora mesmo, só dizer que me ama, e eu te levarei dessa casa custe o que custar.
Eu estava perdida dentro de seus olhos azuis, e naquele momento senti que poderia falar qualquer coisa que ele quisesse. Por sorte um barulho vindo da sala me chamou atenção, e eu acordei para a vida.
- Vamos precisar nos afastar, Deus me livre se William descobrir que a pessoa que eu beijei foi você. Se cuida. - Falei segurando firme em suas mãos antes de partir.
Na sala William cambaleava tropeçando nos próprios pés, mal conseguindo sair de perto da porta.
- Es...Tava fazendo o... o... que na cozinha? - Perguntou todo enrolado.
- Apenas fui beber água.
- Es-estava com o... Aman... Amante!
Nem tive tempo de responder pois ele saiu correndo de um jeito desengonçado até a cozinha, trombando em tudo que via pela frente. Eu fui logo atrás.
Chegando lá não tinha nem sinal de ninguém.- Eu disse. - Falei dando de ombros.
Ele se virou e me encarou, e ficou apenas me olhando por alguns segundos.
- Co-como que e-eu... Queria que as coisas fossem... Mais... Fáceis com... Vo-você. - Disse sério e depois simplesmente começou a rir.
- Vou te fazer um café, ninguém merece aguentar bêbado em pleno amanhecer.
Ele resmungava algumas coisas incompreensíveis enquanto eu passava a bebida, a fiz bem forte para surtir um efeito maior.
- Tome. - Coloquei a caneca na sua frente.
- É caipirinha?
- É sim, pode virar de uma vez. - Respondi já que eu já tinha esfriado para evitar que ele se queimasse.
E foi exatamente o que ele fez, a careta que prosseguiu me arrancou uma risadinha.
- Cruz credo! Além de não ser... Caipirinha, foi o pior ca-café da minha vida.
Eu apenas revirei os olhos e chamei dois de seus capangas para levá-lo para cima.
Quando ele já estava deitado na cama dispensei os homens.
Ele já dormia profundamente, enquanto que com muita dificuldade consegui tirar suas roupas para poder lhe passar um pano úmido pelo seu corpo a fim de limpá-lo um pouco.
Por que eu estava fazendo aquilo? Nem eu sabia.
Devia deixá-lo jogado no chão da sala, afinal ele encheu a cara porque quis. E era um grande babaca, mas mesmo assim eu estava aqui ao seu lado cuidando de uma pessoa que não merecia.
Vi seu celular caído no chão, provavelmente caiu do bolso quando tirei sua calça.
O peguei em minhas mãos e coloquei seu dedão em cima da onde tinha a leitura digital, rapidamente o mesmo desbloqueou e passei a ter acesso a tudo desde e-mails a contas no banco."Por que tão quente?
Ele me perguntou, e eu sorri em resposta. Nem eu mesma tinha uma resposta para aquilo, bastava um toque seu para todo meu corpo entrar em combustão e eu me tornar toda dele.
Seu dedo indicador deslizou por meu pescoço até chegar no vale entre meus seios, com os dedos em forma de pinça ele beliscou o bico do peito direito, e eu arfei jogando a cabeça para trás.
Éramos tão diferentes um do outro, como poderíamos nos completar tão bem na cama?
Existem coisas na vida que não adianta nem tentar procurar uma explicação, e nossa química era uma delas.
Eu precisava senti-lo rapidamente então tomei sua ereção em mãos e comecei acaricia-lo, enquanto ele também já estimulava meu clitóris. Nossos gemidos se misturavam como em uma bela sintonia. E quando guiei seu membro até minha entrada juro que podia ver estrelas..."Ele não mentiu quando disse que gostava dos meus contos, já que foi um de meus hots que apareceu quando abri um de seus aplicativos de leitura.
Sua galeria era repleta de fotos minhas, das minhas redes sociais, algumas que ele salvou do meu site também e várias minhas distraídas no dia a dia tiradas por ele mesmo.
Estranhei aquilo, não imaginava que ele pudesse "gostar" tanto assim de mim.
Mas eu tinha uma ideia em mente, e não era ficar vendo as fotos que ele tinha ou deixava de ter.
Entrei em um aplicativo do banco, e pedia uma senha.- Merda... - Murmurei baixinho.
Sai em busca de um caderninho ou alguma coisa que pudesse conter aquele tipo de informação. Comecei fuçando no guarda roupa, gavetas, em cima do mesmo. Já estava quase desistindo quando olhei um paletó preto pendurado no cabide, levei minha mão até o bolso e achei um papelzinho que tinha várias datas, fui testando uma por uma e nada, foi na última: 21/11/1980 que deu certo. Franzi a testa tentando lembrar que data era aquela e se não me engano foi o dia, mês e ano exato que a Máfia nasceu, quando o maldito pai de Levy começou toda essa porcaria.
Aquela era apenas uma das várias contas que William tinha no banco, e apenas aquela já exibia um valor exorbitante, imagina quanto mais tinha nas outras...
Busquei por algumas instituições e ONGs, encontrei 4 que me chamaram a atenção uma que ajudava mulheres que sofrem ou sofreram algum tipo de violência doméstica, outra que se dedicava a tratamento psicológico de pessoas que sofreram na mão do tráfico de alguma forma, um orfanato e por fim uma instituição que recolhia e cuidava de animais abandonados.
E então reparti e doei todo aqueles milhares de dólares."Que esse dinheiro possa ser útil de alguma forma, encantado pelo trabalho de vocês.
Ass: William Levy."Sorri satisfeita com o 0,01 dólares que restaram agora.
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O Tutor Mafioso
RomanceUma das regras mais importantes da Máfia é sem dúvidas: A lealdade. E é por esse motivo que fui obrigado pela minha consciência e ética a me tornar tutor da filha de um dos meus irmãos, não é de sangue, mas a Máfia é uma família e isso não se discu...