Capítulo XVIII

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William

Eu estava ficando maluco, era quase meia noite e nada daqueles dois, todos os capangas da Máfia estavam atrás deles.
Na minha cabeça milhares de coisas se passavam, onde Josué tinha levado Maite? Será que ele era um traidor? Ou será que Maite quem tinha levado Josué? Será que se apaixonaram de baixo do meu nariz e fugiram?

- Vai abrir um buraco no chão daqui a pouco, meu camarada. - Disse Fábio enquanto eu andava incansavelmente de um lado para outro.

E então a porta foi aberta, Maite e Josué entraram tranquilamente, ele mal conseguia parar em pé de tantas sacolas que carregava.

- ONDE VOCÊS ESTAVAM? - Gritei furioso.

- Co-como assim? - Gaguejou Josué. - Sua esposa me disse que o senhor havia a liberado para ir ao shopping sob minha guarda.

- E você acreditou, estúpido? Para ser mais burro só faltou as orelhas!

Eu ia quebrar a cara dele, arrebentar ele todo para aprender a ser mais inteligente da próxima vez, uma pessoa que trabalha para mim não podia ser tão idiota desse jeito. Eu parti para atacá-lo, mas Maite entrou na frente. Ficamos cara a cara.

- Ele não teve culpa.

- Vai defender o coitadinho agora? Por acaso estão tendo um caso?

- Não senhor, jamais tocaria em sua senhora.

- Acha mesmo que esse saco de batatas do Josué teria coragem de te trair? O pobre está quase desmaiando de medo de você.

Isso era verdade, ele não teria essa ousadia, porque ele conhecia a fúria de William Levy. E era isso que Maite estava precisando conhecer também.

- Fábio cuide de Josué, sabe o que deve fazer.

- William, castigue a mim. Eu fui a culpada.

- Mas quem disse que você também não terá o que merece? Fábio faça o que te pedi. E você, vem comigo.

Eu a peguei pelo braço e sai arrastando, ela iria conhecer o calabouço.
Calabouço era o porão da minha mansão, nós havíamos dado esse apelidinho carinhoso para o lugar mais temido por aqueles que ousassem me desobedecer. Eu havia evitado o máximo chegar a esse ponto com Perroni, mas ela não me deixou outra alternativa.

- O que vai fazer comigo? Que lugar é esse?

Eu a coloquei em minha salinha preferida, nela tinha minha queridinha cadeira elétrica, e foi nela que a coloquei sentada e a prendi na mesma.

- Vai me matar? - Perguntou assustada.

- Hoje linda justiceira, eu experimentei um sentimento que nunca havia sentido antes chamado desespero. Isso mesmo, fiquei desesperado ao ver que você tinha desaparecido, eu sou o maior e mais odiado mafioso que esse mundo já viu, e muitas pessoas adorariam decaptar a cabeça de minha esposa e me mandar em uma bandeja de prata. Você está sob minha responsabilidade, sob minha proteção, e eu jamais me perdoaria se algo um dia lhe acontecer.
Hoje o castigo não será tão prazeroso quanto o de ontem, hoje o castigo te fará aprender uma lição.
Essa belíssima cadeira tem 4 níveis de choque, o primeiro eu chamo de "susto". - E então apertei o botão que fez Maite dar uma leve estremecida. Era um choque inofensivo, incapaz de machucar alguém, apenas passava uma pequena corrente elétrica. - O segundo eu chamo de "esse doeu", o terceiro de "foi por pouco" e o quarto e último de "não tem mais volta". Acho que nem preciso dizer o motivo, os nomes já são bem autoexplicativos. Cada vez que você fizer alguma coisa errada você virá para essa cadeira e tomará um choque, lembrando que ao todo você tem 3 chances de levar e sair viva, o choque um já foi gasto, se me desobedecer de novo choque dois, desobedeceu de novo choque três, e por fim desobedeceu de novo? Choque quatro e último, porque aí dessa cadeira você sairá direto para o caixão.

Ela me encarava furiosa, com a mandíbula cerrada.

- É assim que vai me proteger? Evitando que me matem me matando?

- Exatamente, porque seu pai esteja onde estiver estará de prova que eu te dei muitas chances. E assim minha consciência estará totalmente limpa quando eu apertar a porra do botão quatro.
Agora você ficará ai presa, sentada, sozinha, nesse escuro e nessa carniça de morte dessa sala a noite toda para pensar nas merdas que fez e vem fazendo. Até amanhã Maite Bellerose, porque você não merece o Perroni e muito menos o Levy que carrega em seu nome agora, o único sobrenome que lhe é digno mesmo é o de uma meretriz vagabunda. - E então sai dali sem olhar para trás.

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