[ Ai gente, não sei nem o que dizer aqui, só quero dizer que é maravilhoso estar de volta. Eu sei que muitos pensaram que eu tinha desistido da historia, mas nunca desisti, eu só estava em uma rotina exaustiva, sem tempo e disposição para conseguir escrever, a vida pessoal um caos. Mas agora estou aqui, quero muito terminar esse livro, pois estou cheia de ideias para o próximo que vai contar a história da Adel, voltei a me conectar com essa parte minha que é tão valiosa que é a escrita e que me dá propósito. Bom, espero que este capítulo tenha sido uma boa surpresa para os leitores e que não tenham desistido da historia.
Agradeço imensamente por todos os comentários e mensagens me motivando á continuar a história. Vocês são incríveis s2. Boa leitura pessoal!!!]
Charles estava com os nervos à flor da pele, recebia todos os estímulos do mundo exterior em intensidade máxima, ouvia as batidas do próprio coração como se estivesse em um concerto, o tiquetaquear de um relógio antigo em algum canto da pequena capela ... o nervosismo parecia elevar sua audição ao máximo na tentativa de talvez escutar algum som que anunciasse a chegada de sua amada. Até mesmo o canto dos pássaros, que formavam uma espécie de coro, parecia mais agitado... como se eles também estivessem ansiosos para dar as boas-vindas à bela noiva que estava prestes a chegar.
Nunca em sua vida experimentara a sensação de tamanha felicidade dentro do peito, mas também não recordava de nenhuma situação específica que despertasse tanto temor em seu coração, como se em algum momento um grande empecilho fosse surgir e arruinar seus planos.
Mas não, a vida lhe provaria mais uma vez que estava enganado. Charles soube daquilo no momento em que marcha nupcial soou preenchendo cada canto da pequena capela e Safira apareceu vestida de branco mais bela do que ele havia sonhado que estaria, que enquanto ela caminhava em sua direção, ele contemplava não só a mulher que seria sua esposa em alguns minutos, mas também o seu futuro, Safira era como um portal para sua nova vida, uma nova e fascinante caminhada.
Quem a trazia em sua direção era Lorde Frederich. Com um cumprimento em sinal de respeito e uma reverência para Safira, o amigo lhe entregou a mão de sua amada e retornou ao seu posto de padrinho ao lado de Isabel.
Charles encarou as mãos trêmulas e pálidas dela enquanto se viravam para o padre.
- Ainda tens tempo para desistir de mim, se quiser – sua tentativa de gracejo fora totalmente frustrada e escancarara toda a vulnerabilidade que sentia naquele momento. Safira não tardara a perceber aquilo.
O padre discorria para seu diminuto público sobre a importância dos laços matrimoniais perante Deus e perante a igreja.
- Eu devo desistir então – sussurrou ela, inclinando se na direção de seu ouvido, Charles fez o mesmo na tentativa de escutá-la melhor - Na verdade, eu diria que o que eu mais desejo é desistir.
Charles estremeceu, ainda com o olhar fixo no pároco à sua frente.
- Eu desisto – sua fala era arrastada, como se sua mente estivesse se esforçando para manter as emoções sob controle, ela também mantinha o olhar fixo à sua frente, entretanto o que capturava sua atenção não era o homem vestido com uma batina que professava palavras bonitas, mas sim na figura pintada atrás dele, mais especificamente no rosto daquele que estava sendo crucificado.
Por um momento Safira se esqueceu de tudo e de todos. A rigidez no corpo de Charles foi o que a lembrou de completar a frase.
- Desisto de viver uma vida longe de você – os músculos dele relaxaram instantaneamente assim que aquelas palavras chegaram aos seus ouvidos - Desisto também de sacrificar minha felicidade e os meus anseios.
Charles examinou o semblante dela meio segundo antes que Safira também se virasse para ele, seus olhos reluziam e a luz que entrava pelo vitral da capela refletia neles formando um pequeno arco-íris.
- Eu te amo – sussurrou ele sorrindo
Ambos estavam tão absortos um no outro e na conexão do momento, que foram incapaz de perceber que todos os ruídos ao redor haviam cessado, até mesmo o padre lançava um olhar curioso para o jovem casal.
Charles fora o primeiro a se dar conta, todos aplaudiram, tia Lucy escondeu rapidamente um lenço quando seu olhar se voltou para ela. Safira escondeu o rosto ruborizado no paletó de Charles enquanto o padre retomava seu discurso.
Todos voltaram novamente sua atenção para as palavras de Deus, Charles e Safira finalmente puderam sentir que suas emoções estava sob o controle da parte racional de seu cérebro, mas novamente perceberam que estavam terrivelmente enganados quando viram o pequeno Thomas caminhando animado, com o peito estufado de orgulho, trazendo consigo as alianças que selavam aquele compromisso.
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Um Homem Incompleto - Irmãs Cadwell Livro 1
RomantiekSéculo XIX Após uma tempestade que inundou toda a Inglaterra Londrina, a vida de Charles Fretcher mudou drasticamente quando a carruagem em que se encontrava despencou numa ribanceira e uma de suas pernas fora esmagada por uma roda que se desprendeu...