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Ás 2 da tarde de domingo eu estava de frente para o guarda roupa tentando escolher algo para usar num encontro com Luke Hemmings. Na verdade não era um encontro já que ele não tinha dito nada sobre isso, mas nós iriamos sair sozinhos, só nós dois, isso já era um começo. Eu queria usar a minha melhor roupa mas no final acabei colocando um "suéter" preto e as calças e coturnos pretos de sempre.

Luke apareceu ás 3 na porta da minha casa com dois skates nas mãos, ele estava usando boné e sinceramente ele estava maravilhoso. Eu acho que ele usa essas coisas por que gosta de me fazer sofrer.

Nós chegamos na tal pista e ela estava praticamente vazia, o que era bem estranho já que era domingo á tarde. Eu fiquei sentado apenas observando Luke e depois de um tempo ele veio se sentar do meu lado.

- Você viu aquela hora que eu caí?

- Qual delas?

- Cala a boca. - disse me dando um leve empurrão. - Então, vai tentar?

- Não.

- Michael! Eu te disse que ia tentar te ensinar.

- Não quero mais ir.

- Ah mas você vai sim. - Luke se levantou e pegou minha mão me levantando também. - Eu não trouxe esse outro skate atoa.

Ele soltou a minha mão para a minha tristeza e pegou um dos dois skates o levando até uma pista mais plana, eu o segui e fiquei de frente para ele.

- Por que só um? Não vai andar também?

- Nem louco que eu vou deixar você andar sozinho, sobe aí. - o loiro pegou minha mão novamente e me ajudou a subir no skate o fazendo andar uns cinco centímetros, pelo medo e pelo impulso, eu coloquei minha outra mão no ombro de Luke. - Relaxa, você não vai cair. Eu te deixo segurar nos meus ombros se quiser.

- Tá - eu soltei minha mão da sua e a coloquei rapidamente no seu outro ombro, ele começou a andar de lado fazendo o skate andar junto e eu olhava para o chão tentando fugir de seus olhos me encarando.

- Olha pra mim, você acha que dá pra ir sozinho agora? - eu o obedeci e neguei com a cabeça, ele sorriu levemente e continuou olhando para mim.

Eu soltei seu ombro depois de um tempo e o skate andou mais rápido ainda, eu tentei para-lo mas não via como, e então acabei caindo sentado no chão.

- Você tá bem? - Luke correu até mim pegando na minha mão e me levantando, quando eu estiquei o braço senti algo ardendo no meu cotovelo.

- Eu acho que ralei o cotovelo.

- Que droga, vamos ficar ali. - ele continuou segurando a minha mão e eu nem liguei para a dor porque caramba, Luke Hemmings está segurando a minha mão! Assim que nos sentamos no chão mesmo, ele pegou um curativo do bolso e colocou no lugar machucado.

- Sério que você anda com essas coisas no bolso? - perguntei olhando para ele.

- Tem que se prevenir né, nunca se sabe. Vamos de novo?

- O que? Você tá zoando?

- Eu juro que dessa vez não te deixo cair.

- A culpa não foi sua, eu que não sabia como parar.

- É só colocar um dos pés no chão, fácil. Vamos, por favor. - ele fez um biquinho depois de dizer aquilo e eu não soube como negar, depois de eu aceitar ele sorriu abertamente e me levou novamente até aquela pista.

Dessa vez além de eu segurar o ombro de Luke ele segurava a minha cintura, por segurança segundo ele. Das sete tentativas eu caí em três, era um progresso. Depois da minha vergonha por cair na frente do punk ele resolveu andar mais algumas vezes, de novo eu fiquei apenas observando e ri nas vezes que ele caiu, como resposta Luke me mostrava o dedo do meio.

Ele resolveu parar quando caiu pela milésima vez e nós ficamos conversando sobre... nada.

- Eu só acho que mosquitos são desnecessários sabe, eles só servem pra ficar fazendo aquele barulhinho chato no seu ouvido enquanto você tenta dormir.

- Então você é um daqueles caras que grita quando vê uma barata? - disse o loiro arqueando a sobrancelha.

- Qual é, eu nem falei de barata. E claro que eu não grito por causa disso.

- Sei...

- Você me ainda me paga por me machucar.

- Foi só um ralado no braço. No próximo encontro eu te levo pra um lugar mais seguro. - ele disse encontro?

- Você disse encontro?

- Eu disse? - assenti - Então sim.

- Eu não sabia que você é gay. - quase sussurrei.

- Pois é né, mas eu sou. - ele deu de ombros - E você Clifford, também beija rapazes?

- Sim. - disse rindo da sua pergunta.

- Vem, vamos sair daqui e ir comer alguma coisa. - Hemmings se levantou e segurou minha mão me ajudando a me levantar, logo depois soltando.

Eu e Luke saímos um pouco tarde de lá, já havia escurecido. Mais tarde o loiro me mandou uma mensagem que rendeu mais umas quinhentas.

punk boy ✖ mukeWhere stories live. Discover now