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essa fic não faz juiz nenhum ao nome, até o michael de my brother's friend (outra fic minha) é mais punk que o luke dessa

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Eu queria muito poder aproveitar meu tempo restante com Luke, mas nosso trabalho não ajudava muito.

Apesar de trabalharmos um dia sim e um dia não o tempo passa rápido demais e nós não aproveitamos nada. Nós não saímos, mas nem temos animo para isso, por isso apenas ficamos na sua ou na minha casa. Mas é bom poder ficar com ele.

Nós estávamos deitados no sofá de sua casa completamente vazia quando ele resolveu dizer:

— Por que azul se chama azul e não amarelo ou vermelho? — Franzi o as sobrancelhas e olhei para ele.

— Eu sei lá Luke, por quê?

— Eu não sei! E por que leões se chamam leões? Por que televisão se chama televisão e não parede? — Começo a rir e me sento, ainda olhando para ele.

— Por que televisão não combinaria com parede ou sei lá, por que você pensou nisso do nada?

— Se a televisão se chamasse parede a gente ia achar estranho se dissesse que podia se chamar televisão. — Luke se sentou também.

— O que? Você tá viajando.

— Só tô dizendo. — Ele deu de ombros — Vou fazer alguma coisa pra comer. — O loiro se levantou e começou a se direcionar para a cozinha, cantando com uma voz fina: — It's my right to be hellish, I still get jealous.

Meu namorado é um cara muito estranho, mas talvez esse seja um dos motivos pra eu amá-lo.

— My boyfriend's bitchin' cause I always sleep in. — Ouvi Luke cantar da cozinha e resolvi ir até o cômodo — He's always screaming when he's calling his friends. — Quando cheguei lá ele estava de frente para o fogão com uma das mãos no cabo da frigideira e a outra na cintura — He's kinda hot though. Yeah, he's fucking hot though.

Envolvi os braços em sua cintura, beijei sua nuca e apoiei o queixo em seu ombro, dizendo:

— Bitchin é?

— É, isso veio na minha cabeça do nada e eu resolvi cantar.

— Canta mais, eu gosto da sua voz. — Me afasto dele e me sento numa das cadeiras.

— Por enquanto eu só tenho isso, mas eu posso cantar outra música. — Ele deu de ombros — I'm gonna pick up the pieces, and build a lego house.

— Espera, deixa eu secar minhas lágrimas aqui porque ouvir Luke Robert cantando Ed Sheeran é de mais pra mim. — Finjo estar afastando lágrimas dos meus olhos e Luke ri.

— Não me chama de Luke Robert. — Ele se virou e colocou a frigideira na mesa, se afastando para ir para o armário e depois voltar com dois pães de forma na mão — Prefiro Luke Hemmings.

— Luke Hemmings parece nome de artista. — O vi colocando os ovos fritos nos pães e arqueei uma das sobrancelhas — O que você tá fazendo?

— Pão com ovo ué. — Luke foi até a geladeira e voltou com um vidro de ketchup na mão — E ketchup.

— E por acaso isso é bom?

— É sim. — Ele colocou quase todo o vidro de ketchup no pão e me entregou — Prova.

Comi meio hesitante no final nem era tão ruim assim.

— É bom, só precisava de menos ketchup.

— Eu gosto de muito ketchup. — Luke respondeu com a boca cheia. — Depois que eu terminar aqui vou dormir um pouquinho.

— Depois fica dizendo que eu reclamo que você está sempre dormindo.

— My boyfriend's bitchin' cause I always sleep in. — Ele cantou e riu, pegando o prato vazio para colocá-lo na pia. — Depois eu vou continuar essa música.

— Não quero nem ver o resto. — Me levantei e o esperei para que pudéssemos subir as escadas juntos.

Quando chegamos ao quarto Luke pulou na cama e bateu no lugar vazio ao seu lado, me chamando. Me deitei de frente para o loiro e ele começou a acariciar meus cabelos. [n/a: de novo, que cabelos?]

— Eu tenho tanta sorte por ter você. — Luke beijou a minha testa e eu sorri, fechei os olhos e surpreendentemente senti o sono chegar.

Não demorou muito para que eu dormisse.

-

Abri os olhos e não vi Luke ao meu lado, achei estranho mas deixei pra lá, continuando na cama por um tempo.

Depois que vi que Luke não iria voltar, resolvi me levantar e procurá-lo pela casa, curiosamente ele não estava em cômodo nenhum. Mas algo passou pela minha cabeça; o banheiro do quarto dele, eu me esqueci de olhar lá.

Abri a porta meio hesitante e quando entrei no banheiro levei um susto enorme ao ver um corpo super pálido na banheira.

Desde quando havia uma banheira ali?

A pessoa estava de costas e eu caminhei relutante até a banheira, só então percebendo que a pessoa era Luke, ele estava apenas de cueca e não mexia um único músculo.

Luke? O que você tá fazendo aqui meu amor? Perguntei e o virei para cima, vendo seu rosto mais pálido ainda e seus lábios que eram avermelhados, ficarem completamente brancos.

Coloquei as duas mãos na boca, chocado. Depois de alguns segundos eu o tirei rapidamente da banheira, o levando com um pouco de dificuldade para a sua cama. O cobri com os lençóis e me sentei ao seu lado.

Luke? Acorda por favor! Luke! Dei alguns tapas leves em seu rosto e logo senti as lágrimas caindo de meus olhos, o que estava acontecendo? Não faz isso comigo, para, por favor...

Deitei a cabeça em seu peito e não senti nada, o que me desesperou mais ainda. Comecei a chorar mais e mais e as lágrimas já encharcavam os lençóis que cobriam o loiro.

Não tinha lógica nenhuma, simplesmente aconteceu.

Eu te amo tanto, não me deixa, por favor. Minha voz saiu embargada e eu tentei secar uma lágrima, que logo foi substituída por outra.

Luke! — Gritei e abri os olhos, me sentando na cama. Olhei para o meu lado e lá estava o meu loiro, se mexendo um pouco. — Ai meu Deus.

— O que foi babe? — Luke disse ainda com os olhos fechados, mas depois os abriu com um pouco de dificuldade. — Teve pesadelo?

— Sim, eu... você tinha... — Percebi que as lágrimas ainda caiam dos meus olhos. — Você tinha morrido.

— Que? — Ele se senta. — Credo Michael, vira essa boca pra lá.

— É estranho, mas sei lá Luke, eu tô com medo. — Assim que eu disse aquilo ele envolveu um braço em minha cintura e me puxou para perto.

— Ô meu amor, é isso porque você acha que vai me perder porque eu vou me mudar. — Luke beijou meus cabelos. — Volta a dormir.

— E se eu sonhar aquilo de novo?

— Eu vou te proteger e você não vai sonhar com aquilo, só com coisas boas. — O loiro se deitou e eu fiz o mesmo, ele me puxou e eu fiquei praticamente em cima dele. — Eu sou grandão assim pra te proteger.

— Idiota. — Ri levemente. — Eu te amo.

— Também te amo Michael. E não se preocupe, eu nunca vou te deixar.

punk boy ✖ mukeWhere stories live. Discover now