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Depois daquela noite de sábado na minha casa Luke parecia ter acendido um fogo muito alto.

A todo momento ele mordia o lóbulo da minha orelha, mordia meu lábio inferior, beijava meu pescoço, me empurrava contra a parede e me beijava e etc.

Olha, até que eu gosto de Luke assim mas ele precisa se controlar.

— Luke! Para de morder a minha orelha, ela já tá ficando vermelha. — Reclamei em voz baixa pois estávamos na aula.

— Eu quero te morder todinho. — Ele sussurrou no meu ouvido e eu senti um arrepio percorrer minha espinha. Sério, segurem esse garoto porque eu vou atacá-lo a qualquer momento.

O loiro colocou a mão em meu cabelo e começou a acariciá-lo, logo depois levando os lábios até minha nuca, deixando alguns beijos.

— Luke Hemmings pelo amor de Jesus Cristo para com isso, nós estamos no meio da aula. — Tentei alertá-lo mas ele apenas disse:

— Foda-se.

E voltou a acariciar meus cabelos, mas dessa vez sem beijos na nuca. Ainda bem.

— Sua boca é linda, sabia? Só acho que seria mais ainda envolta do meu-

— Luke! — O interrompi antes de terminar aquela frase que eu sabia muito bem o resto. Me levantei e me direcionei ao professor — Uhm, eu posso ir ao banheiro? — Ele assentiu e eu praticamente corri para fora da sala.

Cheguei no banheiro e liguei a torneira, fechei os olhos para jogar a água no rosto e quando os abri vi o reflexo de Luke encostado na parede no espelho.

— O que você quer? — Perguntei mesmo já sabendo a resposta.

— Uma reprise de sábado.

— Desiste Luke, a gente tá na escola. Talvez se minha mãe não estiver em casa...

— Meus pais não vão estar em casa hoje, você quer ir pra lá hoje depois da aula? — Começou a se aproximar e eu me virei de frente para ele.

— Tudo bem. Então estamos resolvidos.

— Não, eu quero uma prévia antes. — Ele colocou as mãos na minha cintura e me levantou, me sentando na pia com uma perna de cada lado do corpo dele.

Luke atacou meus lábios num beijo necessitado e ao mesmo tempo apaixonado.Coloquei as mãos em suas bochechas ele continuou com as suas em minha cintura.

Ouvimos algumas vozes vindas de fora do banheiro e não pude nem pensar pois o loiro já havia me pegado no colo, me levando até uma das cabines.

— Banheiro dos deficientes Luke, sério? — Sussurrei para que as pessoas de fora não ouvissem.

— Ele é espaçoso e tem lugar pra sentar. — Deu de ombros e se sentou no "banco" coberto por azulejos brancos - Senta aqui no meu colo. — Bateu em sua coxa e olhou para mim.

— Eu não.

— Deixa de ser chato. — Me puxou pela cintura e eu me rendi, me sentando em seu colo da mesma forma que havia me sentado na pia há momentos atrás — Agora me beija. — Revirei os olhos e fiz o que ele pediu, iniciando um beijo mais calmo do que o anterior.

— Você é ridículo, sabia? — Falei ainda com os nossos rostos próximos um do outro.

— Você é uma delícia, sabia? — Ele deu um sorriso tão sacana que eu tive que dar um soco em seu ombro.

— Luke!

— Mas é verdade.

— Idiota. — Sorri e voltei a beijá-lo.

O beijo foi ficando cada vez mais intenso e eu tive que parar, não podíamos continuar com aquilo no banheiro da escola.

— Pronto. — Eu disse um pouco ofegante — Já teve sua prévia, agora vamos sair daqui.

— Eu queria que essa prévia passasse de apenas beijos Michael, qual é.

— Todo mundo da sala deve estar pensando no que a gente tá fazendo aqui no banheiro já que saímos faz um tempão.

— Foda-se todo mundo da sala. E nós estamos fazendo exatamente o que eles estão pensando, ou talvez não, mas quem se importa?

— Eu me importo. Não quero chegar na sala e ter que ouvir o povo gritando coisas idiotas do tipo "Tô sabendo de vocês dois" "Foi bom lá no banheiro?"

— Você tem que ignorar esses caras, ninguém precisa saber o que nós fazemos ou deixamos de fazer meu amor. — Ele falou de uma forma mais cautelosa dessa vez, me fazendo sorrir.

— Mas agora nós temos que voltar. — Me levantei.

— Aah, mas estava tão bom assim. — Hemmings fez um tom choroso — Você no meu colo me beijando, por que não podemos passar o resto de nossas vidas assim?

— Porque a vida não é só namoro. Anda, vamos. — O puxei pelo braço e ele se levantou preguiçosamente. Luke envolveu os braços por trás de minha cintura e apoiou o queixo em meu ombro.

— Eu vou assim com você até a sala só pra você parar de ser chato.

E ele foi.

Mas teve que se soltar assim que chegamos na porta da sala.

Todos olharam para nós assim que abrimos a porta e, bem, a maioria estava com aquela cara de malícia.

— Aposto que andaram se pegando. — Ouvi a voz de uma garota mas a ignorei, assim como Luke disse.

- - - -

Quando chegamos na casa de Luke eu fiquei totalmente tenso pois já sabia o meu destino.

O garoto segurou minha mão e subiu as escadas na minha frente e em silêncio, o que só me deixou ainda mais nervoso.

Quando entramos no quarto ele soltou minha mão me empurrou na cama.

O loiro se ajoelhou sobre mim e disse:

— Hoje eu comando baby.

punk boy ✖ mukeWhere stories live. Discover now