Eu estava prestes a matar Voldemort quando Luke apareceu do nada na minha frente e me beijou.
— Acorda Mike. — Sua voz suave saiu num eco e eu franzi as sobrancelhas. O que estava acontecendo? — Vamos amor. — Ele falou de novo e me deu outro beijo.
Abri os olhos e dei de cara com Luke. Ele estava em cima de mim e estava prestes a me beijar novamente.
— Meu Deus, eu sonhei que estava num filme do Harry Potter. E aí na hora que eu ia matar o Voldemort você apareceu e me beijou. — Minha voz saiu rouca porque eu havia acabado de acordar, era meio estranho.
— Hm... Ok. — Ele fez uma cara confusa e riu, se sentando em meu quadril.
Só então percebi que estávamos de cueca, desde quando..?
— Eu coloquei enquanto você estava dormindo, pode parecer estranho mas... — Ele pareceu ter adivinhado o que eu estava pensando.
— Não! Tudo bem Luke. — Sorri e coloquei as mãos em suas coxas.
— Eu tô com tanta preguiça de sair daqui. — Ele fez uma voz chorosa e eu ri levemente.
— Acho que nós podemos enrolar um pouquinho, são quantas horas?
— Já deve ser dez.
— Porra Luke, ainda tá cedo!
— Se eu te deixasse dormir mais nós não iriamos à escola hoje. — Deu de ombros — Quem mandou você acordar no meio da noite e só voltar a dormir de madrugada?
— Me desculpe se o meu sono é leve.
— Cala a boca e me beija. — Ele colocou as mãos em meus cabelos e selou nossos lábios.
Quando mais intenso o beijo ficava, mais Luke se movimentava em meu colo. Eu já estava começando a ficar excitado só com a movimentação do garoto em cima de mim, ele realmente acaba comigo.
— Corrida até o banheiro! — Ele falou do nada e se levantou, saindo correndo até o banheiro anexado em seu quarto.
Ele parecia uma criança feliz e eu apenas sorri como um idiota.
Andei preguiçosamente e quando girei a maçaneta percebi que a porta estava trancada.
— Qual é Luke! — Bati na porta e ouvi sua risada, mas é uma criança mesmo, nem parece que estava me mandando gemer seu nome horas atrás — Abre a porra da porta!
— Qual é a senha?
— O Luke é um crianção. — Encostei a testa na porta e esperei ele responder.
— Não.
— Eu sei lá Luke, só abre.
— Vou dar uma dica, tem meu nome.
— Eu amo o Luke? — Ouvi a porta começar a ser destrancada e revirei os olhos, é sério isso?
Me afastei para ele abrir a porta e assim que ele o fez olhei para baixo, vendo que ele já estava sem cueca.
Olhei para cima novamente e ele estava com um olhar atrevido e mordendo aquele maldito piercing, não é possível!
Ele puxou o cós da minha cueca, e como eu estava totalmente alheio a tudo me aproximei ainda mais dele.
Ele encostou levemente seus lábios nos meus e continuou olhando nos meus olhos da mesma forma atrevida de antes, quando achei que o loiro iria me beijar ele segurou meus ombros e me empurrou até a parede perto do chuveiro; que já estava ligado.
Luke finalmente começou a me beijar, levei as mãos até sua cintura e ele colocou uma mão em meus cabelos e a outra por dentro da minha cueca, logo depois apertando minha bunda.
Desci as mãos até a parte de trás de suas coxas e o levantei, ele colocou as pernas em volta da minha cintura e eu o virei, o prensando contra a parede.
— Sem daddy kink dessa vez. — Falei e ele acabou dando uma gargalhada.
- - - -
Depois de termos transado — sim, de novo — no chuveiro, ficamos deitados apenas de toalha na cama de Luke.
— Vai ser sempre assim agora? — Questionei depois de um tempo em silêncio.
— Pode ser, a não ser que você não goste.
— Eu não tô dizendo isso. Por mim pode ser sempre assim também. — Me sentei e olhei para ele — Acho que precisamos nos arrumar pra aula.
— Nããão. — Fez uma cara emburrada e bateu os pés, como uma criança — Eu quero ficar com você.
— Mas você vai, só que na escola.
— Eu quero aqui, na minha casa. Na minha cama pra ser mais exato.
— Anda Luke, vamos.
Depois de muita enrolação finalmente colocamos nossas roupas, comemos e fomos até a escola. Por sorte os pais de Luke já tinham ido trabalhar.
Seria estranho aparecer do nada sem eles ao menos terem conhecimento de que eu passei a noite lá.
Falando nisso preciso avisar pra minha mãe que ninguém me sequestrou ou algo do tipo.
- - - -
Depois de ter que ouvir os gritos de Dona Karen - eu devia ter mandado uma mensagem - entrei na escola e quase caí pra trás quando vi um homem de cabelos escuros parado a alguns metros de mim.
Luke já havia entrado por ter que ir até a diretoria para entregar algo. Aproveitei e me aproximei do homem, só então percebendo que ele estava ao lado de uma garota, ela parecia ter uns 15 anos pela altura.
Relutei mas cutuquei o ombro do rapaz e ele se virou.
— O que você tá fazendo aqui? — Perguntei.
— Michael! Que bom te ver cara, gostei do seu cabelo novo. — Alex sorriu — Eu vim trazer a minha maninha pro primeiro dia de aula dela.
— Já disse pra não me chamar de maninha! — Olhei para a garota ao seu lado e ela era tão bonita quanto o irmão, a maquiagem um pouco pesada em seus olhos realçava suas orbes azuis idênticas as de Alex.
— Esse é o Michael, meu ex-quase-namorado. E essa é a Anne, minha irmã. — O garoto nos apresentou.
— Oi Anne. — Sorri para ela e ela me deu um sorriso que eu fiquei em dúvida se era sarcástico ou verdadeiro — É ela que só fala daquele tal de Dylan? — Perguntei e Alex riu, assentindo.
— Você falou pra ele sobre o Dylan? Por que? — Ela ficou visivelmente irritada com o irmão.
— Depois te explico. E então Mike, se resolveu com o Luke?
— Sim, nós estamos namorando agora. — Sorri envergonhado.
— Fico feliz por você, apesar de ainda achar ele um idiota.
— Alex!
— Foi mal. — Riu.
— Sem querer parecer intrometido nem nada mas porque a Anne veio pra essa escola agora? A gente já está tipo no meio do ano.
— Ela arrumava muita confusão com umas garotas da escola antiga então minha mãe resolveu trazer ela pra cá logo. — Explicou e eu ouvi Anne bufar.
— Entendi. Tenho que ir se não vou me atrasar, foi ótimo te ver de novo Alex, e prazer em te conhecer Anne. — Sorri e comecei a me afastar, o garoto acenou e sua irmã apenas continuou olhando pro nada com os braços cruzados, ela tem cara de ser revoltada com a vida.
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punk boy ✖ muke
FanfictionLuke era novo na escola, e talvez ele não fosse tão punk quanto Michael imaginava.