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deus ta vendo vocês que xingavam o alex antes chamando ele de fofo no q&a

mas então..... quase 40k views ai meu deus dfjskahfks

me desculpem qualquer erro

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Amanhã Luke irá embora e eu continuo tendo pesadelos com ele envolvendo morte.

O da noite passada não teve morte, mas eu me perdi dele. Tipo, nós estávamos numa floresta meio estranha e eu não faço ideia do por que. No momento em que eu tirei meus olhos do loiro ele havia simplesmente sumido, eu passei o sonho todo gritando seu nome e tentando encontrá-lo, mas no final eu acabei perdido naquela floresta estranha.

Eu estou com medo desses sonhos, geralmente eles significam algo.

Eu parei de contá-lo sobre esses pesadelos, não queria preocupá-lo, até porque os pesadelos se tratam de ele morrendo. Ninguém quer saber se morreu no sonho de alguém.

Quando minha mãe me disse que sonhou que eu havia caído da janela eu fiquei com medo dela por alguns dias, eu tinha medo de ela me pegar e me jogar da janela do nada.

Voltando a Luke, eu durmo na casa dele praticamente todos os dias desde que ele me disse que iria embora.

Eu vi Jade ir embora e Luke até chorou um pouquinho, agora diz que esse menino tem alguma coisa de punk.

Liz já foi para NY há alguns dias e agora apenas Luke e Andrew estão na casa. Bom, na verdade, eu também.

Minha mãe não liga de eu ficar praticamente o dia inteiro na cola de Luke, ela só não quer que eu incomode o Sr. Hemmings por ficar na casa dele.

Mas ele não liga também, apesar de estar prestes a se mudar ele continua trabalhando e quase não para em casa. Ele disse que é bom eu ficar aqui para fazer companhia a Luke.

— Hoje você vai dormir aqui comigo, eu quero poder me despedir de você direito amanhã. — Luke disse enquanto apoiava os braços molhados em minhas coxas, encharcando minha bermuda.

O loiro disse que queria dar um tchau pra piscina também, por isso estava nela faz algum tempo enquanto eu estava apenas sentado na beira, como sempre.

— Não quero falar de despedida. — Respondo.

— Então não vamos falar de despedida. — Ele sorriu, mas vi que era de modo forçado. — É verdade, meu último dia inteiro aqui e nós vamos ficar nesse clima triste? Amanhã eu vou ter que arrumar tudo e não vou poder me divertir com você.

— Por uma última vez...

— Qual é Mike! Abre um sorriso pra mim, vai. — Eu continuei com a mesma cara. — Anda, você consegue mais que isso.

— Não consigo não.

— Ah, mas consegue sim. — Quando vi ele já estava fazendo cócegas em mim enquanto eu ria escandalosamente. — Eu disse.

— T-tudo bem, para. — Luke finalmente parou e eu suspirei.

O loiro saiu da piscina para se sentar ao meu lado. Mesmo já namorando esse garoto há um ano eu ainda tenho que me esforçar para me controlar ao lado dele quando ele sai da piscina todo molhado e sem camisa.

Qual é, continua sendo atraente!

— Nosso aniversário de um ano é daqui a um mês, uh? — Ele pegou a toalha que estava ao meu lado e começou a se secar.

— Um mês e treze dias.

— Pois é. Já que eu não vou estar aqui eu queria poder falar com você pelo Skype, sabe? Pode ser o dia todo se você quiser, eu só quero estar perto de você de alguma forma. — Luke terminou de se secar e deitou a cabeça em meu ombro.

— Tudo bem, eu acho uma boa ideia. — Disse desanimadamente.

— É melhor do que não fazer nada. — Ele beijou meu ombro. — Tem o Facetime também, aí nós podemos estar fazendo chamada de vídeo sempre.

— É.

— Eu disse que nós íamos nos divertir, vamos? — Eu sabia que ele não estava nada animado, só não queria me ver daquela forma.

— Eu não quero me divertir.

—Michael, eu estou tentan-

— Eu só quero ficar com você — o interrompo —, aproveitar esse tempinho que resta.

— Eu só queria que meu último dia aqui antes de voltar fosse o melhor dia, pra você ter uma boa lembrança. — O loiro tirou a cabeça do meu ombro.

— Isso só vai me fazer ficar com mais saudade.

— E ficar comigo lamentando que eu vou embora também vai. Vamos Michael, lembra a primeira vez que você veio aqui em casa? Você me perguntou se eu iria tocar piano pra você cantar.

— Eu disse que seria estranho também.

— Quem se importa se vai ser estranho? Meu pai nem está em casa e nós sempre fomos estranhos um com o outro. Meu Deus, eu acho que nada que nós formos fazer agora vai parecer estranho pro outro.

— Então você quer que eu cante enquanto você toca piano? Isso é gay.

— Pensa no que você disse e lembra de quem você é. — Ele arqueou uma sobrancelha.

— Ah é.

— Então, eu quero sim. E com direito a você sentado no piano. — Dei um tapa em sua testa.

— Vai querer que eu use um vestido longo também?

— Uhum. — Luke ria enquanto eu olhava para ele com a cara emburrada.

— Eu estava sendo sarcástico.

— Eu sei.

— Prefiro cantar karaokê de novo.

— HA! Eu sabia! — Ele sorriu e eu coloquei uma mão na testa.

— Você pode só tocar e cantar enquanto eu ouço?

— Se você cantar junto comigo. — O encarei com os olhos semicerrados e acabei concordando:

— Tudo bem. — Luke me deu um selinho e se levantou, correndo para a casa.

— Só vou trocar de roupa. — Ele gritou e eu comecei a me levantar, com muita preguiça preciso dizer.

Hemmings se trocou rapidamente e logo estávamos juntos no banco do piano, eu nem acreditava que ia fazer isso.

— Você sabe tocar alguma coisa? — Luke perguntou e eu neguei, mas logo me lembrei de algo.

Comecei a tocar as primeiras notas de Welcome to the Black Parade do My Chemical Romance e ele disse:

— Emo.

— É a única coisa que eu sei. — Dei de ombros.

— Tá, vê se adivinha essa. — Luke começou a tocar e eu olhei para ele com uma sobrancelha arqueada.

— Avril Lavigne? Sério Luke?

— Me deixa. Agora essa. — Ele voltou a tocar e eu franzi as sobrancelhas, tentando me lembrar.

— Numb.

— Aeee! — Ele deu um beijo em minha bochecha e eu ri.

Nós acabamos brincando de adivinhar a música ao invés de cantarmos.

Quer dizer, nós cantamos sim, mas músicas de criança.

Foi bem estranho, mas como ele mesmo disse, quem liga? Pelo menos demos algumas risadas.

punk boy ✖ mukeWhere stories live. Discover now