Simplesmente Um Medo Bobo | Mailila

Capitulo 07

Terminamos nosso banho e nos vestimos, pedi umas besteiras pra gente e logo chegou, paguei e entrei, ajeitei tudo na cama e começamos a comer.

- É... Você quer conversar sobre o que aconteceu? - Pergunto meio receosa de sua resposta.

- Foi gostoso, e está bom assim. - Ela responde olhando para os lanches.

Desde que acabamos aquele ato, ela age como se nada tivesse acontecido, e aquela resposta me deu um ponto de interrogação.

Não digo mais nada e continuo comendo. Terminamos e jogamos o lixo no lixo e nos deitamos vendo um filme.
Ela se levantou indo até o banheiro e seu celular não parava de vibrar, olhei e como estava na conversa eu li todas as mensagens...

Mensagens...

Mor❤: Amor, me responde. Olha eu te amo, me desculpa.

- Tudo bem, Amor. - Ela responde.

Mor❤: Volta pra casa.

- A Marília está aqui, se ela souber que eu vou me encontrar com você ela me mata kkkkk - Ela brinca.

Mor❤: Deixa essa chata aí, vem ficar comigo. Podemos transar a noite inteira como você gosta😏 - Ela não responde mais.

Mensagens off.

Ok, ler aquilo me magoou mundo.

Como a Maiara teve a coragem de apenas me usar?

Vejo ela sair do banheiro com um sorriso lindo, e eu a encaro.

- Seu namorado está te esperando pra transarem a noite inteira como você gosta. - Digo seria me levantando.

- Lila, eu posso explicar... - Ela diz nervosa.

- Explicar? Não precisa Mai, está tudo bem. Está tudo bem você só ter me usado pra provavelmente esquecer aquele idiota que não te merece, está tudo bem você brincar com os meus sentimentos sabendo desde sempre que tudo que aconteceu aqui a pouco tempo atrás foi como eu sempre sonhei, está tudo bem você me fazer de trouxa, Maiara. - Eu pego meu celular e vou saindo do quarto, mas a ruiva me pega pelo braço.

- Pra onde vai? - Ela olha em meus olhos.

- Ficar com o meu filho, nos braços daquele ser que é o único que me usa pro bem de nós dois, lugar de onde não deveria ter saído. Ah, por favor, desliga o gps do seu cordão, eu não quero mais saber por onde você anda, já quebrei minha cara. - Eu digo seria e saio dali.

Peguei meu carro e fui direto pra casa pensando em como deixei isso acontecer. Maiara nunca ficou com mulheres, quando eu disse algo sobre, ela me retrucou, quando tentei ela disse que gostava de homens e assim do nada vir me beijar e me levar pra cama? Mais que burrice a minha!

Eu estava me sentindo horrível. Como ela consegue? Eu dei o meu melhor, eu sempre tentei mostrar à ela que eu posso ser o que ela realmente merece, se não for, posso tentar, ela sabe que sempre dou tudo de mim em tudo!

O caminho foi assim, em meio aos pensamentos. Assim que cheguei em casa Maraisa me olha na esperança da sua metade entrar atrás de mim, e quando fecho a porta vejo a decepção em seu olhar.

- A sua irmã está bem, com o namorado. - Digo sem dar importância.

- Quê? Tem certeza? - Ela pergunta preocupada.

- Tenho, morena.  - Respondo simples.

- Você não está bem... - Ela se aproxima de mim e me abraça. - O que houve?

- Eu só quero esquecer, ok? Fingir que nada aconteceu assim como ela. - Eu digo.

- O cheiro dela está nos seus cabelos... Marília, vocês... - Ela se afasta de mim.

- É, a gente transou. - Confesso sem jeito.

Era impossível esconder algo dessa nanica!

- Meu Deus, me conta como foi. Ela te tratou bem? Como vocês duas se sentiram? Como que começou? Me conta tudo. - Ela pergunta atropelada e toda feliz.

- Foi perfeito... Pra mim. - Falo pausadamente e dou um suspiro ao terminar.

- Como assim? E pra ela? - Ela pergunta confusa.

- Acho que perfeito pra ela é fazer Amor com o namorado a noite inteira. - Digo lembrando da mensagem.

- Do que está falando? - Ela me puxa para sentar no sofá.

- Sua irmã não terminou, apenas brigou com ele e usou dos meus sentimentos, dos meus desejos pra esquecer ele por alguns instantes. - Digo suspirando.

- Eu vou matar a Maiara! Como ela pode? - Ela diz furiosa.

- Esquece isso, ok? Cadê meu filho? - Pergunto me levantando.

- Está no quarto dele, dormindo. - Ela responde.

- Uhum. Eu vou ficar com ele, tá? Ele não deveria ter saído dos meus braços hoje. - Digo e subo.

Peguei aquele pedacinho de gente em seu berço com cuidado e o levei para meu quarto, o deito na cama e me deito também, trazendo ele bem para pertinho de mim.
Ele ainda dormindo me abraça soltando um sorriso e eu logo durmo junto a ele.