Capítulo 41

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D. Ruth Narrando:

Sai do quarto de Marília indo para o de hospedagens, que era em frente ao seu, um tempo depois escuto seu choro e percebo que ela estava falando com Maiara, então fiquei na minha, paro de escutar seu choro e escuto um barulho alto. Olho para meu marido e corremos para seu quarto. Quando chegamos, encontro minha filha no chão, a cadeira e seu violão jogados no chão. Deduzo que ela tenha se apoiado na cadeira para se levantar e nao conseguiu. Ela estava tremendo, chorando, cheirando a bebida.
Me desesperei implorando para meu marido para irmos levá-la no hospital, então ele a pega nos braços e descemos, ele a coloca no banco de trás e eu entro com ela ali. As meninas não paravam de ligar, então finalmente atendi, mas logo paro de falar ao ver minha filha fechando seus olhos lentamente, as suas mãos já não tremiam tanto, sua respiração falha.
Eu começo a chorar implorando à Deus para que não tirasse ela de mim, não agora. Faço de tudo para deixa-la acordada, esquecendo as meninas na ligação.

Finalmente chegamos no hospital, saímos do carro e David a pegou novamente nos braços entrando com ela gritando por ajuda, o que não demorou vir vários médicos para cima com uma maca e máscara de oxigênio.

Levaram ela...

Me sentei ali chorando pedindo para que ela fique bem. Devid me abraçou forte tentando cessar meu sofrimento, mas foi em vão.

Horas depois:

- Achamos vocês! - Aparece a morena respirando acelerado.

- A Marília, cadê? - Pergunta a ruiva.

- Ela entrou e ninguém mais veio falar nada. - Responde meu marido.

- Droga, droga! - Ela se senta no chão abraçando suas pernas. - Eu não deveria ter ido embora, não deveria ter dito não à ela, não deveria ter abandonado ela dessa forma. - Ela chora.

- Familiares de Marília Mendonça? - O Doutor chama.

- Eu, eu sou a mãe dela. - Vou até o mesmo junto aos outros.

- Então... - Ele da uma pausa suspirando pesado. - Sua filha ingeriu bebida logo após tomar a pílula de  agomelatina. Pelo que percebi ela já faz isso a um tempo, e isso afetou muito o organismo dela. - O médico diz lendo o prontuário que havia em sua mão.

- Que remédio é esse? - Pergunto.

- Ele é um antidepressivo... - Eu o olho.

- Minha filha... - Maiara me abraça.

- Sua filha tomada tanto antidepressivos quanto para ansiedade. As coisas estão difíceis para a jovem. O que eu recomendo é que não deixem bebidas perto da mesma. - Ele diz nos olhando.

- Ela está bem? - A ruiva pergunta por mim.

- No momento, ela infelizmente está em coma! Fizemos uma lavagem no organismo para tirar tudo que estava fazendo mal na mesma, mas o efeito ainda estão circulando nas veias e isso faz com que nós não sabemos quando a moça irá acordar.

Simplesmente Um Medo Bobo | MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora