Simplesmente Um Medo Bobo | Mailila

Capítulo 52

Maiara Narrando:

Depois do que fizemos no banheiro, eu me deitei no peito de Marília escutando seu coração bater forte, e não pelo fogo da nossa paixão, e sim pelo nosso amor.
Sentia seus carinhos em meus cabelos e aquilo me acalmava, me fazendo respirar levemente e fechar meus olhos.

O mundo lá fora nos chamava, e o nosso mundo estava parado.
Tento entender porque com ela tudo é diferente, os olhares, as palavras que sempre saem erradas, os sorrisos bobos ao lembrar-me de cada detalhe que se fazia presente em seu corpo.
O fato é: eu não quero nunca entender e sim viver!
Queria que o tempo fosse congelado naquele momento, para poder eternamente sentir seus carinhos e seus batimentos.

Após nosso beijo, nos vestidos e lavamos as mãos, antes de sair um selinho e ao aí abrimos a porta dando de cara com Bahia, Marília sorriu e eu fiquei vermelha de vergonha.

- Porra, justo no banheiro? - Disse Bahia rindo da gente.

- Vai se fuder, Bahia. - Respondeu Marília sorrindo. - Se eu não estivesse tão feliz, eu bateria em você, mas minha mulher faz um trabalho excelente e não tem porquê eu fazer isso. - Ela conclui e me tira dali.

Depois de mais uma participação de Marília no palco, ela voltou até o camarim com a carinha cansada porém feliz. Ela trocou de roupa e fomos para o carro. Assim que nos aconchegamos no banco, Marília deitou sua cabeça sobre meu peito, pegou seu moletom e jogou sobre seus braços fechando seus olhos. Começo a fazer carinho em seus cabelos escutando um suspiro pesado vindo dela.

- Está tudo bem, meu Amor? - Pergunto preocupada.

- Só estou cansada, Amor... - Ela disse baixo.

- Descansa vida, quando chegar lhe acordo. - Digo e já não obtenho mais respostas.

Ela se calou, pegou em minha mão entrelaçando nossos dedos e quando percebo já havia dormido.

Dia seguinte | 12:30:

Marília ainda dormia. Desde que chegamos do show, ela apenas tomou um banho e mesmo sem comer nada dormiu feito pedra. Pela manhã, tentei acordá-la para tomarmos café preocupada com ela, mas a mesma apenas disse que não estava com fome e voltou para seu sono profundo.
Agora, eu estava com as crianças na piscina do hotel. Eles estavam iguais dois peixinhos na água e eu estava sentada na espreguiçadeira pegando um sol sem tirar os olhos das crianças.
Passou um homem em minha frente olhando todo meu corpo e parou ali me encarando por alguns segundos, logo, com um sorriso maldoso nos lábios e seu olhar perverso puxo assunto.

- Oi, linda... - Disse o homem.

Não o respondo e continuo olhando meus filhos.

- Está afim de tomar alguma coisa? - Ele fica em minha frente.

- Pode dar-me licença? Esta me atrapalhando de ver meus filhos. - Digo sem dar muita importância.

- Que isso, linda. - Ele se senta ao meu lado. - Veio tirar férias com a família? - Ele continua.

- Meu Amor, que ótimo que lhe encontrei, estava a sua procura! Cadê nossos filhos? - Escuto sua voz doce.

Assim que olho para onde veio a voz, vejo a loira de óculos escuros, mascando um chiclete, em seus pés uma rasteirinha e o que tampava seu corpo era apenas um biquíni vermelho, um short jeans colado com os botões abertos e por cima uma saída de praia longa transparente puxando um pouco para o branco.