Capítulo 13

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Marília Narrando...

Depois de fazer Amor com a Mai (sim, fazer amor! Até porque aquilo pra mim não foi uma transa qualquer de fim de noite. Pode até ser coisa da minha cabeça mas tinha Amor no meio daquilo tudo, entrega e muita conexão), eu a arrumei para dormir, sequei seus cabelos e ela me pediu para dormir com ela, óbvio que eu não retruquei, a avisei que viria até meu quarto me vestir e assim fiz.

Quando entrei no quarto, Murilo e Léo dormiam agarradinhos feito cena de filme de família. Sorrio com a cena e vou me vestir, pondo uma camisola de ceda preta e uma calcinha, penteio os cabelos e escovo meus dentes, vou até os meninos e dou um beijo na bochecha de cada um, pego um post-its e uma caneta deixando um recado dizendo que irei dormir com a Mai, colo na tela do celular do Murilo porque só assim o mesmo irá ver já que é lerdo. Pego meu celular, tiro uma foto deles dois e com cuidado saio do quarto, trancando a porta. Volto para o quarto da Mai que estava na sacada olhando o céu, peço algo para comermos e deixo meu celular na cama, indo até a mesma a abraçando por trás beijando seu ombro.

Naquele momento eu já nem lembrada que ela tinha outra pessoa.

Passo minhas mãos por sua cintura e ela entrelaça nossos dedos, soltando um sorriso para o céu com seus olhos fechados.

- Pensando em que, hein princesa? - Pergunto.

- Na gente... - Ela responde baixo.

- Na gente? E posso saber o que pensou? - Digo e ela se vira para mim.

- É que ninguém nunca me tratou desta maneira pós-sexo, isso me deixou fascinada. - Ela diz olhando em meus olhos.

Solto um sorriso e faço carinho em seu rosto.

- Isso não é o mínimo. Depois de usar e abusar do corpo de uma pessoa que você ama você precisa selar, cuidar, proteger e fazer de tudo para que esses momentos se repitam. Você merece mesmo é tudo que sonha depois do sexo, antes dele e entre as vezes que não faz. Não se agrada só na cama não. - Digo sincera.

- Sinto tanta falta de um carinho assim, que não seja de irmã, amigas. - Ela se abre comigo.

- Me deixa te mostrar isso, me deixa te dar esse carinho. - Digo pondo seus fios ruivos para trás de sua orelha e ela sorri tímida.

- Eu não sei... Você é muita areia pro meu caminhãozinho, Lila. - Ela ri.

- E quem disse? Minha língua aguenta. - Digo e pisco para a mesma.

- Cê não vale nada! - Ela ri.

Ela para de rir e me olha seria.

- Mas Mendonça... - Eu a corto.

- Nem vem! Chama de qualquer coisa, menos Mendonça! Me faz ter lembranças...

Ela ri negando com a cabeça.

Ficamos caladas ali abraçadas por alguns minutos, e logo batem na porta. A ruiva me olha confusa mas eu digo que era apenas nossa comida e ela abriu um sorriso de orelha a orelha. Peguei a comida, paguei a moça e voltei para o quarto chamando a pequena.

- Eu pedi tudo que você mais gosta, ruivinha. Sei que provavelmente já chegou do show com fome, e depois daquilo teve ainda mais, então pedi pra gente. - Digo sorrindo e ela também solta um lindo sorriso.

- Obrigada, Lila. - Ela diz toda boba.

Nós se sentamos no tapete de veludo que tinha no chão e começamos a comer conversando sobre assuntos completamente aleatórios, a risada sempre se fazia presente, e sua risada é perfeita.

Continuamos a comer e como estávamos comendo Hambúrguer vejo sua roupa suja de molho e a olho com um sorriso nos lábios.

- Pequenina, sua roupa está suja de molho. - Eu digo tentando me aproximar para limpar e ela se afasta me olhando com medo - Calma, eu só vou limpar seu pijama.

Simplesmente Um Medo Bobo | MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora