Simplesmente Um Medo Bobo | Mailila

Capítulo 27

Marília Narrando...

Depois dos três dias ali no hospital, era dia da alta das minhas pequeninas.
Enquanto eu separava a roupa da ruiva e da pequena, a mamãe dava mama à ela, cantarolando baixinho. Logo ela terminou e eu peguei a menina a pondo para arrotar, Maraisa chegou e no mesmo estante pega a menina dos meus braços brincando com a mesma. Solto um sorriso e vou até minha ruiva. Com cuidado a ajudo a levantar a levando até o banheiro, tiro sua roupa e suas peças íntimas.

- Você quer ajuda pra tomar banho, amorzinho? - Pergunto ligando o registro.

- Eu aceito uma ajuda, por favor. - Ela diz tímida.

Sorrio e estendo meu braço para que ela pegue em minha mão, e assim ela faz, e vem até mim entrando no box. A ponho em baixo d'água e molho o sabonete esfregando em minha mão para fazer espuma, e logo vou passando minha mão delicadamente por seu corpo.

- Sinto falta de ver você com aquele barrigão. - Digo enquanto continuo com seu banho.

- Eu também. - Ela sorri.

Depois de lavar seu corpo, lavo seus cabelos, e desligo o registro, a enrolo na toalha e enrolo seus cabelos, saímos do banheiro e Maraisa continuava babando a neném, pedi para a mesma dar banho na neném enquanto eu arrumava sua irmã, e ela foi dando pulinhos de alegria. Arrumei Mai com um vestidinho nem tão largo, nem tão colado, era branquinho com um leve decote. Comprei a saída da maternidade das duas, ambas branquinhas pra ficar ainda mais fofo. Nos cabelos ruivos da mesma, coloquei uma tiara leve também branquinha, e nos pés, uma sandália leve da mesma cor do vestido.
Maraisa sai do banheiro com a menina nos braços enrolada na pequena toalha, e me dá a mesma. Deito a menina na cama e a seco direitinho, passo a pomada e o talco em sua intimidade e coloco sua fraldinha, faço o curativo em seu umbigo e coloco sua roupinha. Um macacão branquinho com saia e renda, toquinha, tiara de pedrinhas, sapatinhos e luvas branquinhas, e a enrolei em sua mantinha da cor de toda sua roupinha.
Logo o médico chegou e eu assinei a alta das meninas, dei a neném pra Mai e saímos dali. Já no carro, coloquei a neném no bebê conforto e passei seu cinco, ajudei Mai a entrar no carro e Maraisa como tia babona foi junto a sobrinha, eu entrei no banco do motorista e liguei o veículo, logo dando partida para a menção M&M.

Maiara ligou o som e eu fiz carinho em sua coxa com a outra mão no volante. Estava tudo indo bem, conversávamos alegremente, até uma música linda da minha plylist tocar: "Meu querido Léo".

Acabei tirando a mão da coxa da ruiva pegando no volante, apoiando meu outro braço na porta apoiando minha cabeça no mesmo, olhando para o trânsito.
A saudade bateu com tanta força. Estava a quase uma semana sem ver meu leão, nesses três dias que voltei fui rapidamente em casa pra pegar roupas e ele estava dormindo.
Sem que eu percebesse as lágrimas desceram, mas assim que sinto molhar meu rosto eu limpo, e sinto uma mão pequena e macia fazer carinho em minha nuca.

- Por que esta chorando, Amor? - Ela pergunta me olhando.

- Eu não aguento ficar tanto tempo assim sem ver meu menino, e já tem quase uma semana. - A olho rapidamente e volto a olhar para o trânsito.

- Nos deixa em casa e vai ver ele. Certamente ele também deve estar morrendo de saudade de você. - Ela faz carinho em minha orelha.

- Queria passar o resto do dia com vocês, mas eu não aguento mais segurar. Me desculpa, Amor. - Volto a fazer carinho em sua coxa.

- Está tudo bem Amor, agora mais que nunca lhe entendo. - Ela diz olhando a filha que dormia.

Mudamos de assunto e logo chegamos na mansão, estacionei o carro e saímos, abri a porta e Mai entrou com a filha, e com cuidado ajudo a mesma a subir.
Destranquei a porta do quarto da bebê e abri, ela entrou olhando tudo surpresa.

O papel de parede era branquinho com leves detalhes de nuvens, no chão um tapete de veludo branco, seu berço era um molde digamos que exclusivo, com uma coroa em cima e seu mosquiteiro escrito com letras fofas seu nome, já dentro do mesmo, seu jogo de berço era também em formas de nuvens com sua inicial. Ao lado do berço, tinha a cadeira de amamentação branca junto ao travesseiro, um banquinho fofo logo em frente para apoiar os pés, no outro cantinho, seu trocador em cima de uma cômoda onde tinha as fraldas, lenços umedecidos, etc. ao lado o guarda roupa, e na parede da porta um sofá cama também branco com almofadas de nuvens. O teto tinha estrelas prateadas e nuvens desenhadas.

Os olhos de Maiara brilhavam ao ver cada detalhe, a felicidade estava estampada em seu rosto. Fiquei feliz em ver que ela gostou.

- Isso aqui está a coisa mais linda! - Ela diz admirando tudo.

- Que bom que gostou, Amor. - A abraço por trás beijando seu ombro.

Ela colocou a menina que dormia em seu berço e puxou o mosqueteiro, ligou a babá eletrônica e saímos do quarto.

- Meu Amor, eu já vou, ok? Eu prometo voltar amanhã. - Digo abraçando minha ruiva.

- Tudo bem, me avisa quando chegar, por favor. - Ela diz deitando a cabeça em meu peito.

- Prometo. Eu amo vocês. - Pego seu rostinho e a dou um selinho demorado. 

- A gente também te ama. Amanhã traz o Léo pra gente passar o dia em família. - Ela diz sorrindo.