Capítulo 64

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Marília Narrando:

Meses se passaram, para ser mais exata, oito meses.
Moana, a menina que nasceu de mim, estava com dois meses, assim como Muriel, que nasceu de Maiara. Nasceram exatamente no mesmo dia, já que nosso obstetra preferiu que ambos nascessem juntos.
Foi um período difícil, e está sendo ainda. Estamos longe dos palco a três meses, e pra ser sincera, vivemos como amigas. Melhores amigas.
Ajudavamos uma a outra com os bebês, enquanto dividimos nossas atenções para as quatro "crianças".

Léo e Estrela estavam super empolgados com os novos irmãos, e isso encheu nossos corações de alegria.

Hoje, era domingo, e tínhamos planejado uma "festa" aqui em casa para que toda a família conhecesse os bebês. Estavamos terminando de nós arrumar. Eu estava com um vestido longo rosa claro, com um decote que exaltava meus seios fartos por conta do leite, para que soubessem que a menina havia saído de mim. Nos pés um salto pequeno, maquiagem leve e cabelos soltos.
Já Maiara, vestido longo azul claro decotado, pelo mesmo motivo que eu, saltos, maquiagem leve e cabelos soltos.

Estava sentada na cama esperando ela sair do banheiro, terminado de arrumar os cabelos alegando que estavam feios. Roboticamente me levantei parando em frente a porta do banheiro, me escorando com o ombro ali, a olhando atravéz do enorme espelho.

- Para de ser tão rude consigo mesma, você está linda!

- Eu não...

Me movi rapidamente até ela, a abraçando por trás a prensando na pia de pedra branca.

- Você está linda! - Sussurrei em seu ouvido.

Ela fechou seus olhos e suspirou, entrelaçando seus dedos nos meus. Depois de muitos meses, a senti arrepiar ao toque dos meus lábios em sua nuca. Não me contive, continuei com os beijos, sentindo nossos corpos se inebriarem com uma paixão submissa aos nossos corações.

Os suspiros que saiam da sua boca eram certos, seus olhos procuraram os meus através do espelho, e os meus já estavam nos dela. Meu corpo tremeu, minhas mãos apertaram mais as suas, e ela se virou para mim. Adentrei minha mão em seus cabelos da nuca, dando um passo a frente, deixando nossos rostos bem próximos.

- Marília... - Ela sussurrou.

- Nem que seja a última vez... Por favor. - Digo quase em uma súplica.

- Eu...

Por instinto, não esperei ela terminar de falar, encostando meus lábios nos seus enquanto já pedia passagem. Ela cedeu, e ali tomei a liberdade de pegá-la em meus braços a pondo sentada na beira da pedra branca, ficado no meio de suas pernas, sem parar aquele delicioso beijo.

A meses eu não sinto seus lábios nos meus. A meses eu não me aproximo assim dela. Que saudade de sentir o gosto do seu perfume nos meus lábios; inlar seu cheiro assim tão de perto. O gosto dos seus lábios nos meus me faziam tanta falta. O dançar das nossas línguas me davam ainda uma certa esperança em nós.

Suas mãos permaneceram em minha cintura, talvez meio insegura de fazer qualquer movimento, mas isso não me importou.

Depois de tanto tempo eu estava beijando novamente a mulher da minha vida...

Nem que fosse a última vez, eu estava podendo aproveitar mais dessa sensação. Era estranho o fato saber que provavelmente isso nunca mais aconteceria, estão eu estava aproveitando o máximo para que em minha memória sempre venha ela, assim, eu não me afogaria nas tristezas sem tê-la ao meu lado.

Simplesmente Um Medo Bobo | MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora