Capítulo 45

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Marília Narrando:

Estou escutando muitas vozes e isso já não é costume pra mim, tinha crianças, homens, mulheres, todos falando "juntos" e eu não conseguia identificar quem são. Sinto duas pequenas mãos tocarem as minhas, uma em cada mão, logo dois beijinhos em cada bochecha.

- Oi mamãe... É o Leão. - Ele disse e provavelmente estava com aquele lindo sorriso nos lábios.

"Meu Amor... Quem trouxe você aqui? Eu não gosto de você em hospital, tem muitas bactérias, você pode ficar mal.
Que saudade da sua voz, meu pequeno... Me da mais um beijinho, por favor."

- Ela é linda, Leão. - Escuto uma voz doce de menina.

Aquela voz era estranha aos meus ouvidos, mas eu sentia que conhecia. Outra criança aqui? Quem será? Por que está chamando meu filho assim? Será que é alguma colega ou... Oxi, endoidou Marília? Seu filho so tem oito anos. Mas e se... Paro!

- Estrela, filha, cuidado para não cair! Você também, Léo. - Maiara chama a atenção deles.

Espera! Estrela? Aí meu Deus...
Respira, ai droga, meu coração está acelerado.
A minha estrelinha está aqui. Como será que ela está agora? Cabelinhos soltos ou presos? Que roupinha?

Eu preciso voltar...

Maiara Narrando:

Eu estava saindo de casa quando Estrela me barrou perguntando para onde eu iria, eu disse que iria ver a Marília e ela bateu o pé dizendo que iria junto. Não retruquei, peguei seus documentos e fomos, ela não parava de falar, estava ansiosa, perguntava como ela era, por que estava dormindo, etc..
Assim que chegamos, estaciono e saimos. Ela vai no meio de mim e Maraisa, dando uma mão para cada uma.
Ela dava pulinhos de alegria dizendo que iria fazer ela acordar assim como Lila a fazia dormir no passado.
Dei nossos documentos e fomos até seu quarto, e no caminho, encontramos D. Ruth, Léo e Murilo, entramos em seu quarto e ela permanecia em seu sono profundo.

Léo e Estrela a olhava atentamente, tentando decifrar o que havia acontecido. Eles se aproximam e pegam na mão de Marília, e dão um beijo em sua bochecha.
Ao falar o nome da Estrela, o coração de Marília acelerou e todos a olharam.

- O que é isso? - Pergunta as crianças juntas olhando para o aparelho meio preocupados.

- São os batimentos cardíacos dela. - Eu respondo.

- Vocês chegaram pertinho dela, falou o seu nome e ela ficou feliz... - Disse D. Ruth.

- A mesma coisa quando Maiara chega perto dela e da um selinho. - Maraisa diz.

- Vai se danar, metade! - Digo.

- Crianças, deixem ela respirar, não podemos ficar assim tão em cima. - Onde Murilo afastando um pouco as crianças.

"Deixa eles aqui, Murilo, estava tão gostoso..."

- Oi, minha princesa, como você está? - Ele pega sua mão.

Confesso, senti uma raivinha aqui. Minha princesa? Ou, ela é minha (🥺)! Pode soltar a mão dela por favor? Não, não beija a bochecha dela não... ok, ele fez isso.

- Você está fazendo falta aqui, volta logo. Nosso menino sente sua falta, e eu também.

"Opa cabeção, tudo bom?
Então, tem como você afastar um pouco? É que mesmo que eu não possa ver, sei que minha mulher está vermelha de raiva, e eu aposto que você ainda quer ver nosso filho crescer, então sugiro que mantenha uma distância favorável para nós dois."

Tempos depois:

As crianças estavam deitadas no sofá jogando no celular enquanto eu admirava Marília segurando sua mão.
Olho para seus olhos e percebo ela relutando para abri-los.

- Acorda, Amor! Eu sei que você consegue. - Digo fazendo carinho em seu rosto.

D. Ruth chega e fica ao meu lado fazendo carinho em sua mão, admirando junto a mim sua filha.

- Aí meu Deus! - Disse D. Ruth.

Assim que olho para a loira, a vejo abrindo seus olhos lentamente, e logo a fecha-los novamente.

- Amor, acorda. - Eu digo já me desesperado.

- A luz... - Ela sussurra.

- Isa, por favor, abaixa a luz. - Maraisa faz o que eu peço.

Lila vai abrindo seus olhos novamente passando por todo quarto, e logo um leve sorriso se forma em seus lábios.

Simplesmente Um Medo Bobo | MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora