Capítulo 57

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Agora, me encontrava deitada fazendo o peito da minha noiva de travesseiro, enquanto sentia seus carinhos.

Meu corpo todo estava doendo e o dela não era diferente, mas era bom saber o porquê dessa dor.

Já estava amanhecendo, tínhamos passado a noite nos amando loucamente, estávamos praticamente sem voz.

[...]

Estava deitada em minha cama, vendo minha noiva ajeitar suas malas para viajar amanhã.
Aos poucos ela estava retomando sua rotina de shows, e tendo que fazer todos que desmarcou no período que eu estava no hospital.

Não sei se aguento ficar longe dela...

Eu estava tão emotiva, chorando por tudo, e não faço a mínima do motivo disso.

Eu estava viajando "na maionese", como dizia minha noiva. Meus olhos estavam direcionado a ela, mas minha mente vagava por diversos lugares.

Tenho me sentido tão insegura nos últimos dias, agora que ela voltou a trabalhar tenho medo que ache alguém melhor que eu. Isso vem rondando minha cabeça durante todo o dia, e eu estou fazendo de tudo pra ser a melhor pessoa pra ela, talvez assim me sinta melhor e ela não tenha tempo para olhar pra outras pessoas.

- Meu Amor? - Ela estava sentada em meu colo me chamando.

Eu nem a vi se aproximar...

- No que tanto pensa, princesa? - Pergunta preocupada.

- Nada não... É que vai ser horrível uma semana sem você. - Digo brincando com meus dedos, meio cabisbaixa.

- Amor... Já já você vê que vai passar rapidinho. Daqui quatro dias você também precisa viajar, e nem vai ver o tempo passar de tanto trabalho. - Ela beija minha cabeça.

- Uhum... - Continuo de cabeça baixa.

Torcia para que ela não levantasse minha cabeça, meus olhos estavam inundados de lágrimas, havia se formado um nó em minha garganta que doia.

- Olha pra mim.

Eu nego com a cabeça do mesmo jeito.

Então ela levanta minha cabeça, mesmo eu forçando a continuar com a mesma abaixada.

- Por que você está chorando? Você não consegue mentir pra mim. Marília, acha que eu não estou percebendo sua insegurança? Seu desespero?

Ela me chamou pelo nome...

- Viu, agora você está brava comigo, que merda! - Eu a tiro do meu colo e me levanto.

Eu estava sendo levada pelo impulso, e as emoções estavam acabando comigo.

Fui até a parede dando socos fortes e não senti qualquer dor, apenas vi a parede suja de sangue.

Logo o seu toque delicado me abraça me tirando de perto da parede. Ela me vira ficando cara a cara comigo, e pega em meu rosto.

- Está tudo bem, calma.

Olhei em seus olhos e vi as lágrimas aí ver minha mão, sua preocupação era nítida.

Simplesmente Um Medo Bobo | MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora