Capítulo 58

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Marília estava tão distante esses últimos dias que me deixou completamente mal.

Ela fazia de tudo para me agradar, mas que o normal. Presentes, saídas pra jantar, mais presentes, palavras bonitas, e sempre que possível, não me deixava sozinha, ia até pros shows comigo.

Por partes, aquilo era legal e eu me sentia protegida.

No começo, estava amando toda sua iniciativa, até perceber o porquê. Ela fazia isso mas sempre em seus olhos eu via o medo, não era o medo de qualquer um, era do Fernando...

Aquele imbuste esta com papo de querer pegar a Estrela, eu não quero mas não tenho muito o que fazer. Quando contei à Marília ela não gostou, mas também não disse nada...

- Amor... Eu quero conversar com você. - Digo entrando no quarto.

- Pode falar, ruivinha. - Ela desliga o celular e sorri.

- Recebi uma mensagem do Fernando... - Ela engoliu a seco me olhando. - Ele quer pegar a Estrela.

Ela ficou um tempo calada e jogou a cabeça para trás, eu sabia que era na tentativa de conter seu choro. Logo ela me olhou.

- Não podemos fazer nada, ele é o pai. - Ela disse suspirando. - Embora a MINHA filha não tenha um pai legítimo, só mãe. Aquele imbecil ainda tem direito sobre ela, afinal, ele que pôs ela dentro de você. - Revira os olhos.

- Amor...- Ela me olha. - O que eu faço?

- Não sei, faça o que achar melhor, Amor. Você sabe que por mim mandaria ele pra puta que pariu, um lugar que ele conhece bem... Já mandei ele tanto pra lá. - Ela ri com suas próprias palavras. - Enfim, se você acha que deve liberar, tudo bem, se não, ele não vai tirar ela daqui. Isso eu garanto.

- Eu não sei... - Ela me abraça forte.

- Faça o que seu coração mandar, meu Amor. Independente da escolha, vou apoiar você. Não se esqueça que também temos que saber se a menina quer ir. - Eu assenti.

Desde esse dia, Marília não é a mesma. Uma vez pegou em meu celular umas mensagens do Fernando dizendo que me amava, óbvio que não correspondida, mas isso a gerou uma insegurança enorme.

Hoje, Marília mudou demais, e estamos falando de papo de um mês e meio.

Ela não me deixa mais tocá-la. Sempre me dá os melhores orgasmos e quando eu quero fazer o mesmo ela diz estar cansada, para deixarmos para o dia seguinte, e assim se tornou um looping.

Dormia e acordava vendo Marília me admirar, aquilo era maravilhoso e preocupante, pois não sabia se ela dormia a noite ou passava acordada.

- Amor, vem cá, para de chorar e vamos conversar. - Digo fazendo carinho em seus cabelos.

- Eu só quero que você entenda meu lado...

- Eu sei princesa, me desculpa. Olha pra mim. - Ela me olha. - Se é isso que quer, tudo bem, eu vou estar aqui e te apoiar.

A deito na cama, ficando por cima de seu corpo sem por meu peso, fazendo carinho em seu rosto.

Seus olhos estavam vermelhos pelo choro, ela ainda tremia. Eu via em seus olhos o quão magoada ela estava. Por mais forte que ela se mostrava ser, em seus momentos íntimos de fraqueza via o quão transparente era minha noiva.

Com meus carinhos, ela fechou seus olhos controlando sua respiração. Soltou um leve sorriso ao sentir meus lábios tocarem os seus.

- Vamos vencer juntas! - Afirmo ainda com nossos lábios juntos.

- Eu te amo tanto...

- Também te amo, minha vida. Sem trabalho por enquanto.

- Quê? Não! - Ela me olha assustada.

- Se vamos fazer isso, que seja do jeito certo! Seus remédios são para controlar as emoções, cortando eles elas iram estar a flor da pele. Onde você mais se irrita é no trabalho, então, iremos nos afastar do que possa causar qualquer emoção forte que te faça sair do controle. - Digo com firmeza.

Ela não hesitou em concordar.

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Oi amores, tudo bem?

Então babys, com uma fanfic nos rascunhos...
O título é: O Leilão (de uma doce ruiva inocente)

Iai, estão afim?

Simplesmente Um Medo Bobo | MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora