Capítulo 25

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Marília Narrando...

Depois que todos saíram, me sentei na poltrona ao lado da cama, peguei meu celular e liguei pra minha mãe, falei com o meu filho e expliquei o que estava acontecendo, minha mãe estava pulando de alegria.
Comecei a escutar uns resmungos e quando olho, Estrela estava se mexendo. Me despedi da minha mãe e do meu filho e pego a menina.

- Meu Amor? - Balanço a ruiva devagar.

- Hm? - Ela resmunga acordando.

- Ela está com fome, Amor.

Ela abre os olhos e sorri. A ajudo a se sentar e dou a menina para ela, que logo a coloca para mamar.
Maiara olhava pra Estrela com um sorriso lindo, seus olhos brilhavam e a felicidade transbordava. Ela passa levemente o dedo pelo rosto na menina sorrindo.

- Me desculpa... - Ela diz e me olha.

- Pelo que, meu Amor? - Pergunto.

- Por tudo que fiz com você. Você sofreu demais por culpa minha e... - Eu não a deixo terminar.

A calei com um selinho, que a mesma pede passagem com a língua, e eu cedi. Nossas línguas dançavam em um ritmo perfeito, nossos lábios faziam o encaixe perfeito. Adentrei meus dedos por seus cabelos aprofundando aquele beijo. Em meio aquele beijo delicioso, escutamos um chorinho e então nos separamos olhando para a bebê que parecia não estar muito contente.

- Alguém tem ciúmes da mamãe ruiva. - Digo fazendo carinho na bebê.

- Ou talvez na mamãe loira. - Ela olha em meus olhos.

- Eu amo vocês. - Dou um selinho no rosto de cada uma.

- A gente também te ama. - Ela disse sorrindo.

Ficamos ali por um tempo, curtindo a bebê e a nós duas. As vezes até esqueçamos dela. Os beijos se faziam presentes a cada minuto, os beijos mais deliciosos que eu poderia dar. A menina acabou dormindo, então a coloquei ali no bercinho e a cobri, Maiara me chamou para voltar a sentar-me ao seu lado e assim eu fiz. Ela faz carinho em meu rosto e eu fecho meus olhos curtindo aquilo.

- Volta pra mim? - Ela pergunta.

- Eu nunca te deixei. - Olho em seus olhos.

- Eu sinto sua falta. - Ela me puxa para mais perto.

- Eu também. - Faço carinho em seus cabelos.

- Está afim de namorar comigo? - Ela diz sorrindo.

- Nem brinca, Mai! Você sabe o que eu sinto por você. Você sabe que o que eu mais quero é isso, então não brinca assim com os meus sentimentos. - Digo abaixando a cabeça.

- Eu não estou brincando, Marília. - Ela pega minha mão - Eu acho que já passamos tempo demais juntas, já vivemos coisas inacreditáveis, digamos que inimagináveis. Você me trata feito uma princesa e ama minha filha como sua. Amor... Eu sei que nada do que eu diga pode curar as feridas que eu deixei no seu coração, mas talvez se eu demonstrar esse amor que sinto por você eu consiga trazer minha velha Marília de volta pra mim. - Ela diz olhando em meus olhos.

- Eu quero passar o resto da minha vida ao teu lado, mas pra isso, preciso da sua permissão pra eu entrar nesse coração. Mai, eu não prometo ser a melhor namorada, a melhor madrasta pra sua filha, ou até a melhor esposa, mas de uma coisa pode ter certeza, eu vou todos os dias dar o melhor de mim e acordar todas as manhãs disposta a te amar cada dia mais. Eu quero proteger vocês assim como protejo meu filho, quero fazer da sua família, a minha família. Me dá uma chance, só uma pra eu mostrar pra você que realmente amo você. - Digo bem próxima da mesma.

- Eu dou quantas chances você quiser. - Ela diz caindo seus olhos para meus lábios.

Nós duas sussurramos um "Eu te amo" juntas e soltamos um sorriso bobo. Sem esperar mais, eu tiro toda a distância de nossos lábios, adentrando sua mão em seus cabelos e a outra entrelaça nossos dedos.
Exalava amor e paixão naquele beijo, de ambas as partes. Ela me puxou para cima dela, e eu fui, encostando nossos corpos com cuidado para não machucá-la, mas mesmo assim conseguia sentir seu coração bater dentro de seu peito, estava acelerado, assim como o meu. Minha língua dançava dentro de sua boca, e a dela não era diferente. Acabamos nos separando por falta de ar nos pulmões, e ao acabar, dou uma leve mordidinha em seu lábio puxando e o chupando. Ela solta aquele sorriso lindo me fazendo também sorrir.

O clima estava perfeito, até abrirem a porta sem bater. Olhei e vi quem eu menos queria ver no momento.

- Meu Amor... O que ela está fazendo em cima de você? - Ele pergunta se aproximando.

- O que você quer, Fernando? - Ela pergunta assim que eu me levanto.

- Vim conversar com você, Amor. - Ele se aproxima ainda mais.

- Sua filha está bem, Fernando. Ela nasceu com 3 kg e cerca de 45 cm. Fico feliz por se preocupar com a sua filha. - Digo irônica olhando para o mesmo.

- Eu quero conversar com a Maiara. Pode nos dar licença?? - Ele me olha.

- Por que ela não pode ficar? Ela é minha namorada! - Ela fala e eu a olho surpresa.

- Namorada? - Ele ri.

- Isso mesmo! Minha namorada! Então o que você quiser falar não tem problema ela ouvir. - Ela diz ríspido.

Eu estava tão surpresa quanto vocês agora. Namorada? Aí meu Deus, ela falou isso mesmo e ainda repetiu. Me segurei mesmo soltando fogos de felicidades por dentro.

- Minha filha não vai ficar com vocês mesmo! Onde já se viu duas mulheres namorando? Qual ensinamento vão passar pra ela? Era só o que faltava mesmo, Maiara agora chupando bu... - Eu o corto.

- Veja bem o que você diz, porque tem uma criança dentro desse quarto. E sobre a educação da criança, qual o problema? Ver duas mulheres se beijando não vai fazer diferença, ela pode gostar e ser quem ela quiser. Nos poupe dos seus comentários homofóbicos, Fernando! E sobre os momentos íntimos, relaxa, não é ela que faz o que disse, sou eu, e lhe garanto, faço muito melhor que você! - Digo calmamente e no final, dou uma piscadinha.

Vou até o mesmo e encostou meus lábios bem perto de seu ouvido.

- Os gemidos de prazer vindos da boca dela implorando pra eu continuar nada compra. E os orgasmos... Acho que nunca fez ela gozar, né?  O gosto dela é uma delícia. - Digo o provocando e me separo do mesmo - Bom, era só isso, então lhe convido a se retirar antes que eu o expulse, que é a minha vontade. - Ele sai dali furioso.

Olho para a ruiva que também olha pra mim, e começamos a rir baixinho do homem, fui até a mesma e a dei um selinho.

- Sua namorada é? - Ela não responde e como indireta ela olha para sua mão, fingindo olhar as unhas - Ok, já entendi, mocinha. - Sorrio.

- Entendeu o que? Eu nem disse nada. - Ela faz cara de sonsa.

- Imagina se falasse, hein!? - Rimos.


Simplesmente Um Medo Bobo | MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora