Depois de eu e o meu pai sairmos da cidade, fomos para casa e pelo caminho fomos a conversar.
-Vejo que tu e a Constança já estão um pouco melhores-o meu pai falou sorridente.
-Não é como se fôssemos as melhores amigas pai-revirei os olhos.
-Mas já é um começo-ele riu da minha cara-és tão teimosa-o meu pai abanou a cabeça.
-Também te amo-rimos.
Mas como o que é bom acaba depressa, o meu pai travou o carro a fundo quando duas criaturas se atravessaram no nosso caminho enquanto lutavam.
-Merda...-o meu pai sussurrou, mas eu ouvi-acho que é melhor avisarmos o Gustavo-o meu pai tratou de ligar para ele muito rapidamente.
De repente mais quatro criaturas apareceram e eu olhei para o meu pai que assentiu com a cabeça para mim e eu percebi de imediato o que ele queria dizer com aquilo.
Tiramos os nossos cintos e agarramos em algumas armas que estavam no banco de trás. Saímos batendo as portas e eu logo apontei o meu arco e flecha a uma das criaturas, mas o meu pai parou-me muito rapidamente.
-Calma...-ele falou observando as criaturas lutarem entre si.
-Temos de agir agora antes que elas...
-Lembra-te que existem criaturas boas e más e se elas estão a lutar entre si é porque nem todas são más Leonor.
-Aff...-bufei-e como é que eu vou adivinhar qual é qual?
-A Constança disse-me que havia uma maneira de as diferenciar umas das outras.
-Como?-olhei para ele.
-As más têm uma marca na pata esquerda e...
-Elas têm quatro patas-bufei outra vez-até encontrar a marca elas já me comeram viva.
-Se me deixasses terminar...-ele bufou também-na pata de trás.
-Tudo bem-assenti.
Eu e o meu pai posicionamos um ao lado do outro e eu logo mirei uma criatura com a marca. Posicionei o meu arco na sua direção e no momento perfeito larguei a flecha e ela acertou em cheio na criatura.
Ouviu-se um grande rugido que chamou a atenção das restantes criaturas.
-Agora temos de agir rápido-o meu pai falou.
Duas outras criaturas atiraram outras duas criaturas para longe e aproximaram-se de nós.
-As marcas-o meu pai falou.
-Certo-assenti.
O meu pai foi em direção a uma das criaturas e a outra veio na minha direção.
Posicionei o meu arco na sua direção, mas distraí-me quando ouvi a voz de Gustavo me chamar.
-Leonor...-ele saiu do carro com a sua mãe.
Olhei na direção deles, mas logo senti um grande embate que me fez cair uns trinta metros à frente.
-Merda...-sussurrei com lágrimas nos olhos.
Sentia todo o meu corpo dolorido e quando olhei para a minha barriga arregalei os olhos com tanto sangue.
Vi o meu arco uns metros mais à frente.
Olhei para trás e vi Gustavo, Constança, o meu pai e mais alguns lobos lutarem com aquela criatura.
Fiz força para me colocar em pé e chorei com todas aquelas dores que sentia. Eu sentia todo o meu corpo arder naquele momento.
Tentei me levantar, mas estava tão fraca que ía cair quando me agarraram antes do meu corpo entrar em contacto com o chão e quando olhei para cima vi uma mulher.

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Our Love
FantasyDois jovens completamente diferentes, mas com uma única coisa em comum: a dor e o sofrimento de terem perdido pessoas importantes das suas vidas. Leonor era uma menina de apenas 17 anos que lutava contra a dor da morte da sua mãe durante seis longos...