Our Love

15-Gustavo Paganni

-Mãe...-gritei assim que entrei em casa.

Eu e Davi tínhamos acabado de chegar a casa para almoçar e tínhamos uma grande novidade para a minha mãe.

Ela iria ficar tão feliz.

-Nossa Gustavo...-ela saiu da cozinha com uma colher de pau nas suas mãos-será que tens de fazer sempre isso quando chegas? Qualquer dia matas-me de coração.

Eu e Davi olhamos um para o outro e rimos da minha mãe.

-Ficas tão sexy com uma colher de pau na mão mãe-provoquei a minha mãe rindo da sua cara.

-Queres sentir a colher de pau?-ela revirou os olhos.

Olhei para Davi que parecia estar hipnotizado a olhar para a minha mãe à sua frente.

-Não concordas Davi?-ri da sua cara quando ele sorriu malicioso.

-A Constança é linda até de colher de pau na mão-Davi falou e ambos rimos.

Davi aproximou-se da minha mãe e beijou-a com carinho e aquele seu gesto deixou-me orgulhoso.

Se eu não confiasse em Davi, nunca o deixaria se aproximar da minha mãe, mas ele já me provou que a ama verdadeiramente.

Será que eu também vou ser feliz assim? Com tanto amor para dar e receber também.

Como será ter a pessoa que mais amamos ao nosso lado?

Será que vou encontrar a minha companheira um dia?

E porque está a demorar tanto para a encontrar?

Será que ela está tão longe assim para eu ainda não a ter encontrado?

-Paiii...-saí dos meus pensamentos quando ouvi a voz da Leonor.

Aff que mimada.

Leonor saltou para as costas do pai que logo riu e brincou com a filha.

Sorri ao me lembrar do meu pai.

Senti uma mão no meu ombro e quando olhei lá estava a minha mãe que sorria para mim carinhosa.

-Amo-te-ela falou com os olhos marejados.

-Eu também te amo mãe-puxei-a para um abraço e sorrimos.

-E qual era o motivo para todo aquele alvoroço à chegada?-a minha mãe falou entregando a colher de pau a uma das empregadas.

-É melhor sentarmos os quatro para conversarmos-Davi falou.

Eu, a minha mãe, Davi e Leonor fomos até à sala de estar e sentamos nos sofás para conversarmos.

-Queres dar tu a novidade Davi?-olhei para ele que assentiu.

-Arranjamos uma estratégia para encurralar e apanhar os lobos exilados-Davi falou.

Vi a minha mãe arregalar os olhos surpresa e Leonor muito séria.

-Isso é sério?-a minha mãe perguntou.

-Só precisamos de colocar o plano em prática-falei orgulhos de nós mesmos.

-E quando vão fazer isso?-Leonor olhou para o pai.

-Daqui a cinco dias-Davi falou e Leonor apenas assentiu.

Davi e a minha mãe continuaram a falar sobre o assunto, já eu olhei para uma Leonor muito calada e pensativa. Ela parecia estar a pensar em algo e, então, ela levantou-se e saiu dali sem que Davi e a minha mãe percebessem.

-Eu já volto-falei para os dois que assentiram e continuaram a conversar.

Segui Leonor e rosnei baixo quando a vi a entrar naquela sala.