54-Gustavo Paganni

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Eu olhava para a lua lá no alto enquanto me lembrava no medo que senti quando vi a minha mulher e os meus filhos em perigo a algumas horas atrás. Se algo lhes acontecesse eu nunca me perdoaria por isso.

Os meus filhos foram muito corajosos hoje e a Leonor?! A Leonor mais uma vez demonstrou que ela até pode ser humana, mas a garra, a força e a luta é de um verdadeiro lobo.

Eu estava muito orgulhoso da minha mulher, mas preocupado também.

Leonor desmaiou e logo acordou quando ainda estávamos no carro a chegar a casa, mas agora estava a dormir tranquila depois de um relaxante banho em que eu a ajudara.

Saí dos meus pensamentos quando senti um movimento vindo do quarto e percebi que a minha Luna tinha acordado.

Saí da varanda do terraço do nosso quarto e sorri quando entrei no quarto e vi a minha mulher a vestir o seu roupão enquanto calçava os seus chinelos.

Vi Leonor entrar na casa de banho apressada e logo percebi que ela ía vomitar.

Passei as mãos pelos meus cabelos e segui Leonor até à casa de banho onde me ajoelhei e apressei a segurar nos seus maravilhosos cabelos e acariciei as suas costas depositando pequenos beijos.

Senti o seu corpo relaxar um pouco quando me sentiu ali com ela e poucos segundos depois os seus vómitos cessaram.

Ajudei-a a levantar-se e dei descarga na sanita enquanto Leonor lavava os seus dentes.

Observei a minha mulher e notei que ela estava pálida.

Sentia que Leonor não estava bem, mas ela também não o admitiu em nenhum momento.

Leonor terminou de lavar os seus dentes e passou alguma água na cara e assim que levantou os seus olhos para o espelho à sua frente parou para me observar. Os nossos olhos cruzaram-se e perderam-se uns nos outros.

Não me mexi, não dei nenhum passo ou me aproximei dela. Eu sabia que ela estava perdida nos seus próprios pensamentos.
Tudo ainda é muito recente, muita coisa aconteceu e eu tinha medo de dizer alguma palavra errada e a magoar, apesar de estar com uma enorme vontade de a envolver nos meus braços e ficarmos assim durante muito tempo.

Suspirei.

Não sabia o que fazer para consolar a minha mulher.

-Preciso de um abraço-como se me lesse os pensamentos, Leonor falou virando-se de frente para mim.

Olhei nos seus olhos e sorri ao perceber que a minha mulher precisava de mim e, principalmente, ela veio ter comigo.

Abri os meus braços e acolhi a mulher da minha vida no meu peito.

Acariciei os seus cabelos e as suas costas e beijei a sua testa. Peguei no seu corpo apanhando-a de surpresa e levei-a até ao nosso quarto onde nos deitamos na nossa grande cama e Leonor deitou a sua cabeça no meu peito onde continuei a acariciar os seus longos cabelos castanhos claros.

-Estou cansada-ela falou visivelmente cansada.

-Precisas de descansar um pouco meu amor-olhei nos seus lindos olhos azuis.

-Mas preciso de comer primeiro-ela mordeu o seu lábio inferior deixando-a extremamente sexy-estou com fome.

-Eu vou pedir que te tragam o jantar e...

-Não...-ela parou-me-eu preciso de sair um pouco destas quatro paredes Gustavo-os seus olhos penetraram os meus-por favor.

-Tudo bem-assenti-mas caso te sintas mal eu mesmo te arrasto até ao quarto.

Leonor apenas sorriu concordando.

Saímos do nosso quarto e descemos as escadas, mas assim que chegamos ao andar de baixo logo nos cruzamos com a minha mãe e Davi que saiam do escritório enquanto conversavam.

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