7-Gustavo Paganni

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Eram quase horas de jantar e, então, saí do escritório quando encontrei a minha mãe e aquele homem aparecerem no corredor.

Olhei para Davi e não sabia se ía muito com a sua cara. Olhei-o de alto abaixo.

-Oh olá filho-a minha mãe falou-estava agora aqui a mostrar a casa ao Davi e...

-A casa toda?-olhei para ela assustado.

-Claro-a minha mãe fez sinal para eu concordar sem que Davi visse.

-Ah claro-assenti.

Olhei mais uma vez para Davi que assim como eu, ele estava me analisando e eu odeio quando me analisam daquele jeito tão inquisidor. Aquilo deixava-me tão desconfortável.

Será que ele desconfia de alguma coisa? Ou será que ele descobriu que somos lobos e vai nos denunciar? Ah, mas não vai mesmo porque antes disso acontecer eu mato-o.

-Eu tenho a leve sensação que já nos conhecemos Gustavo-ele falou e eu e a minha mãe encaramo-nos-já nos conhecemos?

-De certeza que não, pois eu lembraria se nos conhecêssemos-olhei para ele.

-Então deve ser alguém muito parecido-ele ainda estava desconfiado.

-Eu tenho de ir agora-até já mãe-beijei a sua testa e fiz sinal para Davi.

Deixei-os para trás e segui o meu caminho até ao jardim para pensar um pouco como resolver toda esta situação dos lobos exilados.

Eles eram muitos e muito estratégicos, sabem bem como planear um ataque e quem devem atacar, mas eu sou o Alpha e eu vou mostrar-lhes que quem manda e dita as regras aqui sou eu.

-Miseráveis...-falei com todo o ódio.

Continuei a andar pelo imenso jardim e parei quase à beira da piscina. Senti a presença de alguém e logo me coloquei em alerta e pronto para atacar, mas assim que olhei, vi Leonor sentada num dos bancos da piscina.

Observei todo o seu corpo e sorri manhoso com os meus próprios pensamentos. Leonor era linda, não posso mentir, mas acho que ela ainda é muito criança. Ela nem 18 anos deve ter ainda.

Olhei para ela com mais atenção e vi que ela estava com um pequeno caderno e alguns lápis na mão.

Talvez ela estivesse a desenhar sei lá.

Acho que me vou aproximar dela só para tirar informações sobre os humanos e o que eles estão aqui a fazer.

-A desenhar?-parei ao seu lado fazendo-a assustar-se.

-Credo, queres matar-me de coração?-ela olhou para mim assustada.

Dei um meio sorriso.

-Mas respondendo à tua pergunta-ela sentou-se com as suas maravilhosas pernas dobradas-são só rabiscos-ela encolheu os ombros.

-Deixa ver-falei.

-Não-ela respondeu fechando o caderno.

-Se calhar nem és assim tão boa mesmo-encolhi os ombros e levantei-me fazendo menção de sair dali, mas surpreendi-a quando lhe tirei o caderno das mãos.

-Dá-me isso-ela tentou pegar o seu caderno.

-Não obrigada-ri quando ela viu que não me iria conseguir tirar o caderno.

-Isso são coisas minhas e tu não tens nada haver com isso-ela começou a ficar com as suas bochechas vermelhas.

-Vamos ver o que temos aqui...-comecei a ver os seus desenhos e reparei que quase todos eles eram sobre os exilados.

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