Passaram alguns dias desde a pequena discussão que tive com Gustavo e apesar de falarmos eu ainda me sentia um pouco magoada com as suas palavras.
-Até amanhã Lilith-falei para uma das rececionistas do hospital.
-Até amanhã doutora Leonor-ela sorriu.
Entrei no elevador e poucos segundos depois já me encontrava a sair do mesmo e a chegar ao estacionamento privado do hospital.
Estava distraída a procurar a chave do meu carro na minha mala quando senti que não estava sozinha e quando levantei a cabeça vi três homens grandes a vir na minha direção muito lentamente.
Engoli em seco.
Encontrei a minha chave e apressei-me a abrir o carro, abri a porta e antes que eu pudesse entrar senti grandes mãos me agarrarem fazendo-me deixar cair a minha mala no chão.
-Precisamos que venha connosco querida Luna-um deles falou.
-Larguem-me...-olhei para os três assustada.
-Temos ordens para a levar connosco e...
-O Alpha não vai gostar nada quando souber o que estão a fazer-olhei para os três que me puxavam até a um carro.
Nenhum respondeu.
Chegamos a um carro e eles logo me empurraram para dentro dele e logo partimos.
Enquanto um deles conduzia não sei para onde, os outros dois vinham comigo atrás, um de cada lado.
Senti o carro abrandar e quando levantei a cabeça senti o meu estômago embrulhar ao ver onde estávamos.
Eles saíram do carro e eu logo sai também e caminhei em passos largos até ficar de frente com ela.
-O que pretendes com tudo isto?-fiquei furiosa.
-Entra...-a minha mãe deu-me passagem e eu logo entrei.
-Mãe...-levantei a cabeça quando ouvi a voz das minhas filhas.
-Ana? Maria?-olhei para elas preocupada-como vocês vieram aqui parar?-peguei em Maria ao colo quando ela se aproximou de mim-vocês estão bem?
-Sim-elas assentiram.
-Porque não me disseste que as minhas netas eram assim tão lindas e simpáticas?-olhei para o lado quando a minha mãe falou.
-Deixa-as ir...-olhei para ela suspirando-eu faço tudo o que pedires, mas deixa as minhas filhas fora disto-supliquei.
-Ainda não-ela negou-estou à espera dos restantes convidados.
-Convidados?-olhei para ela.
Ouvimos a campainha tocar.
-Olha parece que chegaram-ela sorriu e foi até à porta.
-Mãe?-olhei para Ana ao meu lado-eu não estou a gostar disto-ela pegou na minha mão e olhou nos meus olhos.
Olhei para a minha filha Maria no meu colo e depois para Ana e suspirei.
-Vai ficar tudo bem-beijei a testa de cada uma delas.
-Aqui estão-a minha mãe falou-olhem só quem chegou para se juntar à festa.
Olhamos na direção que ela nos indicou e eu fiquei surpresa quando vi Gustavo e Matteo entrarem e virem na nossa direção.
-Mãe-Matteo correu na nossa direção e abraçou-nos às três-vocês estão bem?
-Sim-falei.
Olhei para Gustavo que me olhou com uma cara que eu não sabia decifrar o que ele estava a sentir naquele momento.

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Our Love
FantasyDois jovens completamente diferentes, mas com uma única coisa em comum: a dor e o sofrimento de terem perdido pessoas importantes das suas vidas. Leonor era uma menina de apenas 17 anos que lutava contra a dor da morte da sua mãe durante seis longos...