24-Gustavo Paganni

20 1 0
                                        

Hoje de manhã saí muito cedo de casa e fui direto até ao centro da alcateia com Lourenzo.

-Estás preparado?-Lourenzo perguntou assim que entramos naquela casa.

-Estou mais do que preparado-falei furioso-eu só quero acabar com aquele miserável.

Assim que entramos naquela casa velha e abandonada encaramos Luís Simões sentado numa cadeira no meio da sala amarrado com uma corda de prata.

Eu e Lourenzo aproximamo-nos dele e ele logo riu sinico.

Sentámo-nos nas cadeiras à sua frente e encarei-o nos seus olhos vermelhos.

-Acaba logo comigo seu miserável-ele gritou.

-Dá-me mais gosto ver-te apodrecer e queimar com a prata muito lentamente-apoiei os braços nas pernas e ri-quero que a tua morte seja lenta.

Ele olhou para mim totalmente furioso.

-O que a tua querida mamã iria dizer se descobrisse o que o seu querido filhinho anda a fazer nas suas costas?-ele riu.

-Não fales da minha mãe-levantei-me e peguei na gola da sua camisola-vais sofrer cada minuto e cada segundo por tudo o que fizeste à minha mãe-senti os meus olhos amarelos e as minhas presas se soltarem-meteste-te com o Alpha errado, não terei piedade de ti.

-Força-ele encolheu os ombros-voltaria a fazer o mesmo só para sentir o corpo da tua mãe nas minhas mãos novamente...mesmo que não tenha conseguido nada com ela e...

Não me segurei e bati nele. Bati como se o mundo fosse acabar naquele momento. Não medi forças, não tive piedade e não tive controlo.

-Chega Gustavo-Lourenzo afastou-me de Luís.

-Eu vou acabar com ele-tentei me soltar das mãos do meu melhor amigo.

-Estás muito descontrolado Gustavo-Lourenzo outra vez.

-Mas eu quero descontrolar-me mais-sentia a minha respiração descompassada.

Respirei fundo e olhei para Luís observando o estrago que fiz na sua cara de porco.

Eu ía vingar o que ele fez com a minha mãe, ía vingar a morte do meu pai e ía descontar naquele miserável à minha frente.

-Deixa-me sozinho-olhei para Lourenzo.

-Gustavo, tu estás de cabeça quente e...

-Agora-olhei para ele.

Ele apenas assentiu e saiu.

Calcei umas luvas pretas e peguei numa das facas de prata. Aproximei-me dele e cravei a faca numa das suas pernas fazendo-o gritar de dor ao sentir a prata queimá-lo.

-Dói não dói-peguei noutra faça-mas ainda vai ter de doer mais.

Cravei a faca na sua barriga e ele quase não emitiu barulho nenhum de tão fraco que já estava.

-E só para acabar-cravei a última faca no seu coração fazendo-o olhar diretamente nos meus olhos-esta é pelos meus pais.

Tirei as luvas e fiz aparecer as minhas garras. Sem pensar duas vezes rasguei o seu pescoço e ele esvaiu-se em sangue. Fiquei ao seu lado até ao último batimento do seu coração.

-Miserável de merda-falei virando costas e saindo daquela casa.

Lourenzo veio atrás de mim quando viu as minhas roupas ensanguentadas e entramos os dois no carro onde ele conduziu até minha casa.

-Mais calmo?-ele perguntou.

-Muito-respirei fundo-e sem arrependimentos.

Lourenzo mais nada disse, só se limitou a conduzir e logo chegamos a minha casa onde Lourenzo me deixou indo embora.

Our LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora