Hoje de manhã saí muito cedo de casa e fui direto até ao centro da alcateia com Lourenzo.
-Estás preparado?-Lourenzo perguntou assim que entramos naquela casa.
-Estou mais do que preparado-falei furioso-eu só quero acabar com aquele miserável.
Assim que entramos naquela casa velha e abandonada encaramos Luís Simões sentado numa cadeira no meio da sala amarrado com uma corda de prata.
Eu e Lourenzo aproximamo-nos dele e ele logo riu sinico.
Sentámo-nos nas cadeiras à sua frente e encarei-o nos seus olhos vermelhos.
-Acaba logo comigo seu miserável-ele gritou.
-Dá-me mais gosto ver-te apodrecer e queimar com a prata muito lentamente-apoiei os braços nas pernas e ri-quero que a tua morte seja lenta.
Ele olhou para mim totalmente furioso.
-O que a tua querida mamã iria dizer se descobrisse o que o seu querido filhinho anda a fazer nas suas costas?-ele riu.
-Não fales da minha mãe-levantei-me e peguei na gola da sua camisola-vais sofrer cada minuto e cada segundo por tudo o que fizeste à minha mãe-senti os meus olhos amarelos e as minhas presas se soltarem-meteste-te com o Alpha errado, não terei piedade de ti.
-Força-ele encolheu os ombros-voltaria a fazer o mesmo só para sentir o corpo da tua mãe nas minhas mãos novamente...mesmo que não tenha conseguido nada com ela e...
Não me segurei e bati nele. Bati como se o mundo fosse acabar naquele momento. Não medi forças, não tive piedade e não tive controlo.
-Chega Gustavo-Lourenzo afastou-me de Luís.
-Eu vou acabar com ele-tentei me soltar das mãos do meu melhor amigo.
-Estás muito descontrolado Gustavo-Lourenzo outra vez.
-Mas eu quero descontrolar-me mais-sentia a minha respiração descompassada.
Respirei fundo e olhei para Luís observando o estrago que fiz na sua cara de porco.
Eu ía vingar o que ele fez com a minha mãe, ía vingar a morte do meu pai e ía descontar naquele miserável à minha frente.
-Deixa-me sozinho-olhei para Lourenzo.
-Gustavo, tu estás de cabeça quente e...
-Agora-olhei para ele.
Ele apenas assentiu e saiu.
Calcei umas luvas pretas e peguei numa das facas de prata. Aproximei-me dele e cravei a faca numa das suas pernas fazendo-o gritar de dor ao sentir a prata queimá-lo.
-Dói não dói-peguei noutra faça-mas ainda vai ter de doer mais.
Cravei a faca na sua barriga e ele quase não emitiu barulho nenhum de tão fraco que já estava.
-E só para acabar-cravei a última faca no seu coração fazendo-o olhar diretamente nos meus olhos-esta é pelos meus pais.
Tirei as luvas e fiz aparecer as minhas garras. Sem pensar duas vezes rasguei o seu pescoço e ele esvaiu-se em sangue. Fiquei ao seu lado até ao último batimento do seu coração.
-Miserável de merda-falei virando costas e saindo daquela casa.
Lourenzo veio atrás de mim quando viu as minhas roupas ensanguentadas e entramos os dois no carro onde ele conduziu até minha casa.
-Mais calmo?-ele perguntou.
-Muito-respirei fundo-e sem arrependimentos.
Lourenzo mais nada disse, só se limitou a conduzir e logo chegamos a minha casa onde Lourenzo me deixou indo embora.

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Our Love
FantasyDois jovens completamente diferentes, mas com uma única coisa em comum: a dor e o sofrimento de terem perdido pessoas importantes das suas vidas. Leonor era uma menina de apenas 17 anos que lutava contra a dor da morte da sua mãe durante seis longos...