Dois jovens completamente diferentes, mas com uma única coisa em comum: a dor e o sofrimento de terem perdido pessoas importantes das suas vidas.
Leonor era uma menina de apenas 17 anos que lutava contra a dor da morte da sua mãe durante seis longos...
Sorri assim que entrei no meu quarto ao perceber que Leonor também gostava do meu filho, embora ela ainda não conseguisse admitir tal facto.
Saí dos meus devaneios quando senti umas mãos na minha cintura e logo olhei para a minha frente assustada, mas logo sorri mais tranquila quando notei que era Davi.
-Não sabia que uma loba como tu se assustava assim tão facilmente-Davi riu beijando os meus lábios.
-Estava distraída-encolhi os ombros.
-Humm...a pensar em mim com certeza-ambos rimos.
-És muito convencido-revirei os olhos-o que fazes aqui?
Olhei para Davi curiosa por ele estar no meu quarto. Era raro ele entrar no meu quarto, à exceção destes últimos dias que não me tenho andado a sentir muito bem, mas só isso.
-Vim só ver como estavas-ele beijou o meu pescoço fazendo todo o meu corpo se arrepiar-mas aí notei que não estavas e fiquei preocupado.
-Eu estava com a Leonor-coloquei as minhas mãos no seu peito e suspirei quando senti os seus músculos por baixo da sua camisa.
-Diz-me que não se tentaram matar desta vez.
-Só estávamos a conversar, nada de mais-encolhi os ombros começando a desapertar os botões da sua camisa um a um.
Davi assentiu enquanto observava todos os meus movimentos. Levantei os meus olhos até aos seus e lambi os meus lábios.
Eu estava com uma enorme vontade de o ter agora, mas não sabia como o fazer. Já não fazia isto há tanto tempo que eu tinha medo de errar em alguma coisa.
Terminei de desapertar os botões da sua camisa e senti os meus olhos ficarem amarelos com aquela visão dos deuses.
Suspirei quando tirei a sua camisa.
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-O que estás a fazer Constança?-Davi pegou na minha mão e olhou-me nos olhos.
-Eu não sei-mordi o lábio-só sei que eu quero...
-Queres o quê?-Davi levantou uma sobrancelha sorrindo.
Ele sabia exatamente o que eu queria, mas queria que eu dissesse.
-Quero fazer amor contigo-olhei nos seus olhos totalmente envergonhada.
-Eu também-ele agarrou no meu rosto e puxou-me até ao seu corpo beijando os meus lábios com muita urgência.
Eu precisava tanto daquilo.
-Mas não agora-ele separou os nossos lábios e olhou nos meus olhos.
-Eu pensei...-os meus olhos voltaram ao normal.
-Quero fazê-lo numa noite de lua cheia-ele falou e eu senti os meus olhos voltarem ao amarelo e as minhas presas saírem para fora.
Afastei-me dele e virei costas.
Sentia a minha respiração muito acelerada.
Eu estava com tanta vontade de o ter e ouvi-lo dizer que queria estar comigo numa noite de lua cheia só me deu ainda mais vontade.
-Quero que a nossa primeira vez seja tão intensa como tu-Davi sussurrou ao meu ouvido deixando-me totalmente quente.
-Não devias de dizer essas coisas Davi-falei num sussurro também.
-Porquê?-ele riu atrás de mim-ficas com mais vontade de me ter só para ti?-ele colocou as suas mãos na minha cintura-imagina...os nossos corpos todos suados, colados um no outro-uma das suas mãos subiu até ao meu pescoço passando pela lateral dos meus seios.
-Não jogues sujo comigo Davi-fechei os meus olhos para tentar controlar o que já não dava para controlar mais.
A sua boca veio até ao meu pescoço e beijou-o num beijo lento e molhado. A sua outra mão pegou no meu queixo e virou o meu rosto de lado fazendo-me olhar para ele atrás de mim.
-Eu quero jogar sujo contigo Constança-ele beijou os meus lábios-e estou tão ansioso que jogues sujo comigo também.
Não me segurei mais.
Virei-me de frente para ele e ataquei os seus lábios empurrando-o contra a parede deixando-o surpreso.
-Não digas essas coisas perto de uma lua cheia-colei as nossas testas uma na outra-eu preciso tanto de ti.
-Ficas fascinante com esses olhos lindos e essas presas afiadas-ele acariciou o meu rosto com o seu polegar-mas vais ter de guardar tudo isso para a noite de lua cheia.
-Não me podes fazer isso Davi-olhei nos seus olhos-não me podes descontrolar para depois me deixares na vontade sem receber nada em troca.
-Posso-ele beijou a minha testa-e é o que eu vou fazer.
-Eu não sei se vou conseguir aguentar até lá-os meus olhos voltaram ao normal assim como as minhas presas.
-Tu és forte meu amor-ele beijou-me e ambos sorrimos-estou desejoso que essa noite chegue.
Sorri revirando os olhos e afastei-me dele.
-Sai daqui antes que eu volte atrás e te faça arrepender dessas tuas palavras-ele riu fazendo-me rir.
-Como a minha Luna o desejar-ele fez uma pequena reverência apanhando e vestindo a sua camisa.
-Idiota-revirei os olhos rindo.
Ele veio na minha direção, beijou os meus lábios e saiu do meu quarto.
Respirei fundo assim que o vi sair.
Ele é louco?!
Ele não sabe com quem se meteu de verdade.
Eu não vou deixar barato.
(...)
Tinham passado dois dias e hoje era a noite do baile na alcateia, assim como também era noite de lua cheia e eu estava tão nervosa que não sabia se era por ter de apresentar Davi a toda a gente ou se era pelo o que poderia acontecer depois disso!?
Respirei fundo antes de sair do quarto e descer para o pequeno almoço.
Assim que entrei na sala de jantar dei de caras com aquele idiota a quem o meu coração pertence e os dois adolescentes que ainda estavam de costas voltadas um para o outro.
Leonor e Gustavo amavam-se, mas parece que estão a jogar ao "Quem é mais teimoso e orgulhoso?".
Aff...
Já não sei mais o que fazer para os juntar logo de uma vez por todas.
Que dois teimosos.
-Bom dia-falei assim que me sentei no meu sítio.
-Bom dia-todos responderam.
-Constança?-Leonor olhou para mim-preciso que me ajudes a escolher um vestido-ela fez biquinho e eu ri dela-eu nunca fui a um baile.
-Depois do pequeno almoço podemos ir tratar disso-falei e ela sorriu-e até já sei o modelo que podes usar esta noite-falei deixando-a desconfiada.
Olhei para o meu filho muito atento à nossa conversa e sorri manhosa só de pensar no vestido que Leonor ía usar.
