46-Leonor Almeida

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Fiquei realmente feliz e orgulhosa quando soube da mais recente conquista dos meus dois homens.
Eu sabia que eles eram capazes disso e de muito mais.

Depois do almoço decidi voltar para casa, pois não tinha mais consultas durante o dia e todo o trabalho que eu tinha já o tinha conseguido adiantar.

Entrei em casa e observei Constança e o meu pai a saírem do escritório de caras sérias. Achei aquilo estranho, até porque a esta hora eles deviam de estar a trabalhar.

-Filha...-Constança veio na minha direção e abraçou-me como se já não me visse há algum tempo.

-O que se passa mãe?-olhei realmente preocupada ao vê-la naquele estado.

Ela e o meu pai entreolharam-se e assentiram.

-Estão a deixar-me preocupada-falei.

-É melhor sentares primeiro-Constança puxou-me até ao sofá onde nos sentamos os três.

-Já me podem contar o que se passa realmente?-olhei para os dois.

-O que temos para te contar não é fácil para uma mãe ouvir...-Constança falou temerosa.

-O que queres dizer com isso?-olhei para ela assustada-estás a querer dizer que algo se passou com os meus filhos?

Ela apenas assentiu.

-Impossível...-levantei-me do sofá e andei de um lado para o outro-eu estive com o Matteo ainda há pouco e as miúdas estão na escola, não há como lhes ter acontecido algo.

-A Ana foi atacada...-o meu pai falou e todo o meu corpo parou naquele momento assim como o meu coração.

-Não...-sussurrei sentindo um nó se formar na minha garganta-isso é impossível...eu não acredito nisso...-respirei fundo-como ela está? E onde ela está?

-A Ana está no hospital e...-não deixei que o meu pai terminasse de falar.

-Eu tenho de ir para o hospital e...-peguei na minha mala e fui em direção à porta de saída quando Constança me alcançou.

-Eu vou contigo-ela assentiu-mas eu conduzo, tu não estás em condições de o fazer.

Eu apenas assenti, só queria ver a minha filha rápido.

Enquanto Constança conduzia, eu liguei para Gustavo para que ele viesse ter comigo ao hospital muito rapidamente e mandasse alguém buscar a nossa filha Maria à creche.

Senti que Gustavo ficara furioso quando lhe contei que a nossa filha tinha sido atacada e eu sabia que ele não ia descansar até encontrar um responsável e o punir.

Chegamos ao hospital muito rápido e logo entramos no mesmo onde pedi que me dissessem onde estava a minha filha e eu não esperei que me dessem autorização para entrar, eu ía entrar de qualquer das maneiras.

Corri pelos grandes corredores do hospital e só parei quando entrei no quarto onde Ana se encontrava.

Senti as minhas lágrimas descerem pelo meu rosto assim que pousei os meus olhos na minha filha.
O seu corpo estava deitado naquela cama de hospital.

Pousei a minha mala no cadeirão daquele quarto e aproximei-me dela acariciando o seu rosto.

-Filha...-funguei-consegues ouvir-me?-sussurrei.

Senti o seu corpo se mexer e os seus olhos abrirem um pouco confusos.

-Hey...-falei baixinho por notar que ela ainda estava um pouco atordoada, muito possivelmente dos sedativos que lhe deram-a mãe está aqui meu amor.

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