21-Leonor Almeida

23 1 0
                                        

Eu e Gustavo continuamos a rir quando os nossos pais se juntaram a nós. Parámos assim que ambos se sentaram e olharam para nós.

-Vocês estão realmente bem?-o meu pai perguntou.

-Sim-ambos respondemos.

Olhei para Constança que estava muito calada e pensativa. Será que aconteceu alguma coisa?

Olhei para Gustavo que olhava também para a mãe e suspirou desviando o seu olhar dela.

Acho que eles devem ter discutido.

Saí dos meus próprios pensamentos quando ouvimos a campainha tocar e logo uma das empregadas veio chamar Constança.

-Dona Constança...-a empregada estava com uma cara assustada-tem lá fora um homem para falar consigo e...

-Que homem é esse?-Constança olhou para a empregada desconfiada.

-Luís Simões.

Todos ficamos em silêncio quando ouvimos aquele nome ser prenunciado.

Constança ficou visivelmente incomodada e assustada.

-Tudo bem-Constança respondeu por fim-um minuto-falou para a empregada que logo saiu dali.

-Constança-o meu pai olhou para ela.

-Está tudo bem-ela falou levantando-se.

-Não te vou deixar ir sozinha mãe-Gustavo levantou-se também.

-Eu ainda sei me defender sozinha-Constança olhou para Gustavo chateada.

Seja lá o que tenha acontecido entre os dois magoou tanto Constança ao ponto dela ficar chateada com o próprio filho.

Constança saiu da sala de jantar, mas aqueles dois homens não se seguraram e logo foram atrás dela. E eu como não sou diferente e sou muito curiosa também fui. Eu queria saber quem era esse tal de Luís Simões que tanto magoou Constança ao ponto de a deixar com medo dele.

Em pequenos passos fui até à entrada onde vi o Gustavo e o meu pai atrás de Constança que falava com alguém do outro lado da porta.

-O que fazes aqui?-Constança perguntou.

-Só vim fazer uma visita a uma velha amiga, não posso?-ele falou entrando.

Olhei para ele e a sua cara era medonha. Arrepiei-me só de olhar para ele.

-Sabes perfeitamente que somos tudo menos amigos-Constança falou atrás dele.

-A última vez que nos vimos ainda eras uma menina...16 anos certo?-ele olhou de alto a baixo para Constança-mas agora estás uma mulher-ele analisou-a mais uma vez-estás mais madura, mais durona e continuas linda como sempre-ele aproximou-se de Constança e tocou no seu braço.

-Vai embora, não há aqui nada para ti-Constança afastou-se dele.

-Sabes perfeitamente o que eu quero e tu tens algo para mim-ele riu manhoso.

-Larga a minha mãe-Gustavo aproximou-se dos dois.

-Olha só se não é o teu filho querido-ele riu-tão jovem e tão ingénua para teres um filho com aquele traste Constança, que desilusão-ele abanou a cabeça negativamente.

-Sairás a bem ou sairás a mal-foi a vez do meu pai falar.

-Olhem só senão é o nosso pequeno humano de estimação-Luís riu-Constança sempre a surpreender-me com as tuas escolhas amorosas.

Constança nada disse.

-Só escolhes homens fracos-ele riu mais alto-primeiro um Alpha tão fraco e morto e depois um simples humano.

Our LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora