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Quando eu entrei já vi a mãe dele na sala, ela sorriu assim que me viu e eu fui dar um abraço nela, ela está usando cadeira de rodas.

- Eu estava com saudade de você.- ela me disse.

O Leon deu um beijo nela, e disse que ia no quarto e já voltava.

- Eu te vi a menos de um mês, a gente passou o natal todo mundo junto.

- Mas mesmo assim, antes você vivia aqui, não passava um fim de semana longe.

- Esse antes faz muito tempo né, tia.

- Infelizmente sim, depois que vocês namoraram a última vez muita coisa mudou.

- Já fazem quatro anos.- eu falei com a cabeça baixa.

- Eu sei.- ela segurou na minha mão- E eu queria que não tivessem terminado. Eu também sei que provavelmente a culpa foi do meu filho.

- Não foi culpa dele, só que a gente tem ideais diferentes de vida, e acabou que não damos certo como casal.

- Ele te ama, você sabe disso não sabe.

- Eu sei o que eu sinto, já o que ele sente só ele pode dizer, e eu acho que não é da mesma forma.

- Talvez você tenha razão, mas normalmente as mães conhecem os filhos, mesmo que eles escondam as coisas, e só contém pra uma pessoa.- ela estava olhando nos meus olhos.

- Vamos parar de falar disso, me conta como está se sentindo?

- Ele te contou não é?

- Sim.

- O médico me deu no máximo dois anos, ele falou que a maioria não sobrevive a ELA mais de cinco anos após os primeiros sintomas, eu já sobrevivi a seis, então já estou ganhando.

- Como ele conseguiu de dar essa estimativa?

- Pela evolução do quadro da doença, antes era mais lenta, agora ela está evoluindo mais rápido.

- Eu sinto muito.

- Eu também.- ela sorriu- Mas eu não quero que você fique triste. Eu vou falar pra você o que eu falei pro Leon. Eu fui feliz, eu sou feliz e eu vou ser feliz onde quer que eu vá depois da morte, eu acredito que eu vivi o meu propósito na vida, eu virei psicóloga que era um sonho, eu me casei o que era um sonho, mesmo que tenha acontecido tudo de ruim depois, eu tive o Leon que era o meu maior sonho, e eu por incrível obra do destino encontrei você, uma menina doce que sempre foi amorosa com meu filho, que sempre ajudou ele e esteve presente quando ele precisou. A forma que vocês se amam, mesmo que neguem, me faz conseguir morrer em paz, porque eu sei que você vai estar com ele quando ele precisar, eu sei que você é o porto seguro dele, é a única pessoa no mundo que ele precisa.

- Não tem como não ficar triste.- eu estava chorando- Eu sei que eu sou a melhor amiga dele, mas ele precisa muito de você, eu não acho que eu seja tudo isso.

- É sim, eu te garanto e por isso eu vou te pedir uma coisa- eu assenti com a cabeça- Quando eu partir cuida dele, você é a única que ele deixa ver a dor dele, nem pra mim ele mostra mais.

- Eu prometo.- falei e abracei ela

O Leon entrou na sala, e viu a gente abraçada, ele entrou no abraço ficando atrás de mim sentando no sofá, após desfazer o abraço ele não me soltou, então nós continuamos a conversar assim.

- Vocês podiam voltar a namorar.- a mãe dele falou.

Eu virei a cabeça pra ver ele e ele estava sorrindo daquele jeito irritante.

- Acho que é melhor mudar de assunto.- eu falei já que o Leon não iria falar nada.

- Mas assim, nenhuma possibilidade, nunca mais?

Eu não sabia o que falar, eu nunca falo nunca porque eu nunca sei o que o destino nós reserva, mesmo que eu tivesse tinha pra mim nunca mais, nunca se sabe. Graças a Deus a enfermeira dela chegou e levou ela pra fisioterapia, que ela tem todo dia.

- Nunca mais?- ele sussurrou no meu ouvido.

- Para Leon.- falei o cortando.

- Tá bom parei.- ele levantou finalmente me soltando- Vem comigo?- ele estendeu a mão.

Eu segurei na mão dele e o segui, eu sei que caminho é esse nos estamos indo pro quarto dele.

Após entrarmos ele fechou a porta, eu fui até a janela do quarto, e observei a vista uns instantes. Assim que me virei vi que ele estava literalmente atrás de mim e agora na minha frente. O clima era óbvio, eu sei o que ele quer e ele sabe o que eu quero, mas nada acontece até alguém ceder primeiro. Eu odeio que ele saiba o impacto que tem sobre mim.

- Por que você me trouxe pra cá?- falei sarcasticamente.

- Você não imagina?- respondeu no mesmo tom.

- Não tenho noção.

- Não mesmo?- ele chegou mais perto segurando a minha cintura.

- Fala o que você quer.- eu disse pra ele.

- Dessa vez eu não vou falar primeiro.

O problema de se conhecer a tanto tempo é saber exatamente o que o outro gosta de ouvir, e o nosso joguinho é sempre que alguém ceda primeiro, normalmente eu ganho, só que hoje incrivelmente estou tentada a ceder primeiro.

- Tem certeza.- coloquei os braços ao redor dos ombros dele e aproximei mais as nossas bocas.

- Acho que sim.

- Achar não é certeza.- ele me puxou pra cima fazendo com que eu coloca-se as minhas pernas enroscadas na cintura dele.

- Eu posso te beijar?- perguntou com a boca quase encostada na minha.

- Depende.- ele sorriu de um jeito malicioso.

- Valerie, eu quero você.

Assim que eu ouvi isso eu comecei a beijar ele, o beijo começou calmo e foi esquentando, principalmente quando ele começou a colocar as mãos por dentro da minha camisa que ele já tinha puxado de entro da saia, ele andou comigo até a cama e se sentou sem parar o beijo, assim que paramos ele já começou a desabotoar a minha camisa, eu ajudei pra me livrar logo dela, quando terminou a camiseta foi jogada para qualquer canto do quarto e o sutiã para outro, ainda no colo dele, eu tirei a camiseta dele devagar passando a unha levemente pelo abdômen dele, ele começou a respirar fundo, assim que eu terminei ele levantou comigo e me deitou na cama ficando entre as minhas pernas.

- Valerie, você é terrível.- disse sorrindo.

Ele tirou a calça e a cueca ficando sem nada, e voltou a me beijar passando as mãos pelo meu corpo, ele desceu o zíper da minha saia e a tirou junto com a calcinha, eu já estava sentindo ele antes agora mais ainda. Ele começou a beijar o meu pescoço e foi descendo até os meus seios, ele voltou a minha boca e eu me mexi, ele entendeu o recado pois começou a entrar devagar. Ele parou o beijo e olhou nos meus olhos, eu assenti com a cabeça, e ele começou a ir mais rápido. Após algum tempo eu senti que estava quase lá e ele também, eu puxei ele pra voltar a me beijar, assim que as minhas pernas tremeram eu senti ele pulsando dentro de mim, ele se apoio nós braços, me deu um selinho, saiu de dentro de mim e me puxou para deitar no peito dele.

- Você é incrível V.

- Você também.- eu disse levantando o olhar pra ele.

O Levi puxou a coberta para nós cobrir e ficou passando a uma mão nas minhas costas e a outra estava brincando com a minha mão.

- É a segunda vez que eu faço sem camisinha.- ele disse.

- O que?

- Sim a primeira vez a gente fez e depois disso eu nunca mais fiz por conta do que seu irmão falou.

- Então você está dizendo que a única vez que fez sem foi na nossa primeira vez?

- Isso.

- Nossa eu não imaginava isso. Mas fico feliz em saber.

Eu adormeci com ele fazendo carinho nos meus cabelos.

Mais uma ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora