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Os minutos parecem eternos, não faz muito tempo que ele saiu, mas eu estou ansiosa, o meu coração está acelerado, eu não imaginei que ficaria assim.

Quando a porta se abre eu prendo a respiração, o Leon entra e em seguida um tipo de bercinho transparente aparece atrás dele sendo empurrado pela medica , ainda não dá pra ver, mas dá pra ouvir, um chorinho quase sem som. Quando ela enfim para o bercinho ao meu lado, o Leon a pega, depois ele me entrega ela, nesse exato momento parece que o mundo muda. Eu decido que eu vou ficar com ela, mesmo que eu ainda não fale pra ninguém, exatamente agora eu decidi que eu vou ser a mãe dela.

Eu olho aquele ser pequeno, ela ainda chora, tem um acesso para passar o soro no pezinho dela, isso dá muita dó, ela é tão pequena. Eu olho para o Leon e vejo que ele está chorando, a médica ainda não falou nada, ela só está nos observando. Eu volto a olhar para a bebê que ainda chora e passo o dedo no nariz dela, ele é perfeito, eu passo a mão na cabeça dela sentindo os cabelos escuros, os olhos dela estão inchados de tanto chora, apesar de estarem abertos nem da pra ver.

– Oi princesa, não precisa chorar.– como um passe de mágica ela realmente parou.

– Nossa, ela está chorando já fazem alguns minutos e até agora nada acalmou ela.– a médica fala pela primeira vez– Ela reconheceu sua voz.

– Deve ser.– eu digo.

– Eu sou a doutora Ana, eu sou pediatra mas participei do seu parto, o doutor João me contou sobre vocês, não se preocupem, eu não vou falar nada a respeito.

– É um prazer e obrigado por tudo.– eu olho pra ela– Como eu faço, é só colocar na boca dela?

– Se você preferir pode tirar o leite e dar na mamadeira.

Eu não tinha pensado nessa ideia, agora ela falando é verdade. Mas agora eu não quero, talvez depois.

– Eu quero dar normal.

– Então em resumo sim, é só colocar e eu vou te explicar como ela deve ficar.

O Leon me ajuda a abrir a camisola, fazendo com que meu seio fique exposto, a bebê começa a resmungar e balançar a cabeça de um lado pro outro com a boca aberta, assim que eu aproximo ela do meu mamilo ela o coloca na boca e começa a sugar, os olhos que até então estavam abertos se fecham, mas eu começo a sentir dor.

– No começo vai doer.– a medica diz enquanto ajeita melhor a boquinha da bebê– Mas depois passa. E por incrível que pareça você fez a pega certinha.

O que isso significa eu não sei, mas sinceramente não importa, está doendo mas também não importa, o que realmente importa é que de certo, e eu espero que dê certo.

– Provavelmente ela vai reclamar quando não sair mais nada, aí você coloca ela no outro seio.–eu balanço a cabeça positivamente– Eu já vou, depois eu volto.

A médica sai da sala, deixando nós três a sós, eu olho para o Leon que está super concentrado olhando para a bebê em meu colo.

– Qual o nome dela?– eu enfim pergunto o que eu estava antes tão curiosa para saber, ele sorri.

– Era pra ser o que você falou.

– Sophie?– pergunto surpresa.

– Sim, mas após quase perder ela na primeira vez, eu comecei a ver nomes que significavam força. E sabe o que eu descobri?– eu faço que não– Seu nome significa força, o que tem muito sentido, porque você é uma das pessoas mais fortes que eu conheço.– eu continuo o olhando– Mas eu não coloquei o mesmo nome que o seu, imaginei que você não ia gostar tanto, por causa daquilo que você fala de personalidade.– eu concordei– Então depois de procurar muito eu encontrei Bia.

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