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De uma hora pra outra a sua vida pode mudar, no meu caso em um mês a minha vida mudou. Eu falei com meu irmão e ele conseguiu toda a documentação necessária para a Bia viajar comigo em menos de uma semana, a parte que podia ser complicada não foi, eu tinha um pouco de receio do Leon não querer assinar os documentos, mas ele fez sem nem questionar.

Na semana que a Bia completou quatro meses nós viajamos. Já faz quase um mês que eu não vejo o Leon, ele manda mensagem todo dia perguntando se a gente está bem, eu demorei duas semanas pra responder a primeira vez, e só respondi porque meus pais me convenceram de que era o certo a se fazer. Então eu falei pra mim mesma que mandaria uma foto dela por semana.

Nós estamos a dois dias na frança, a Mari e o Valério vieram junto comigo e vão ficar aqui por um mês. A loja fica no andar de baixo e o apartamento em cima. O lugar já está todo pronto, então não preciso fazer muita coisa, a não ser arrumar um quarto pra Bia.

– Vamos Valérie, eu já instalei o bebê conforto no carro.– meu irmão fala aparecendo na porta do meu quarto.

– Sim, eu já terminei de arrumar ela.

A gente vai ir em uma loja ver móveis de bebê. A Mari já estava no carro esperando. Meu irmão pega a Bia do meu colo e vai com ela pro banco de trás.

– Quem vai dirigir?– pergunto.

– Você.– a Mari reponde, já sentada no banco carona.

– Por que?

– Porque você não gosta, mas precisa se acostumar.– meu irmão reponde se ajeita do no banco de trás.

– Tudo bem.– digo e me sento no lugar do motorista.

Eu nunca gostei de dirigir, mesmo tendo tirado carta com dezoito anos, eu sempre preferi ficar no lugar do carona, não sei porque.

Na primeira loja que fomos tinha tudo que eu queria, então acabou que eu comprei tudo lá mesmo.

                                               🖤🖤🖤

Um mês passou bem rápido, então o Valério e a Mari foram embora, mas em seguida meus pais vieram, ou seja, eu fiquei dois meses com pessoas me ajudando, porém isso passou e agora eu estou sozinha com a Bia. Antes ela era bem calma, agora que ela tem seis meses não é mais do mesmo jeito. Ela fica mais tempo acordada, quer atenção pra ela. Eu decidi que eu preciso contratar alguém pra trabalhar comigo na loja.

Eu não pensei que desse tanto trabalho ter a sua própria loja, mas sim dá muito. Por incrível que pareça assim que eu abri, começou a surgir clientes, o que é muito bom, mas agora está ficando mais difícil. Eu coloquei uma placa de contrata-se na frente da loja e agora vou entrevistar as pessoas que deixaram o currículo.

Eu já estou o dia inteiro entrevistando pessoas, e não aguento mais, o último currículo é do Pierre. eu peço para entrar, assim que o vejo fico impressionada com o estilo dele, ele usa um terno nada convencional, uma calça de alfaiataria com um blazer curto, fazendo com que apareça um pedaço da barriga dele, a cor é verde, um verde que nunca combinaria comigo, mas com ele combinou perfeitamente, o cabelo Black Power dele tem uma trança na frente, fazendo com que pareça uma tiara.

– Pode sentar.– eu digo e aponto para cadeira a minha frente.– Prazer, eu sou a Valérie.

– Prazer Pierre.

– O que te faz querer trabalhar aqui.– faço a mesma pergunta que fiz as outras pessoas.

– Sinceramente.– ele começa– Eu me demiti do meu trabalho no mês passado, era uma confecção de roupas em grande quantidade, mas era um lugar tão chato que eu não aguentava mais. Então esses dias eu passei em frente aqui com meu marido e ele falou pra mim tentar, quem sabe era disso que eu precisava, já que é o que eu gosto de fazer.

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