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Nós estamos na estrada a cerca de quinze minutos, e simplesmente começou uma tempestade, daquelas que você não consegue enxergar direito, eu pedi pro Leon parar o carro em algum lugar, porque não está nada seguro dirigir assim, ele disse que no primeiro acesso que tiver para sair da estrada ele sai e para o carro, mas que ele não vai parar no acostamento porque também não é seguro.

Ele dirigiu mais uns cinco minutos com a carro a dez quilômetros por hora no máximo, até nós vermos enfim um acesso para sair da estrada. O lugar que nós estamos agora simplesmente parece fantasma, só tem um posto de gasolina que parece não ter ninguém, e um restaurante que parece abandonado.

- Enfim seguros.- o Leon falou assim que estacionou o carro no estacionamento do restaurante.

- Parece uma cidade fantasma.- eu disse.

- Ou de zumbis, eu consigo imaginar claramente a cena de um filme de apocalipse zumbi nesse local.- eu o olhei.

- Você precisa parar de assistir esse tipo de coisa.- eu falei.

- Por que?, é tão fascinante.- ele falou.

- Macabro, você quer dizer. Porque vamos combinar que não tem nada de fascinante você estar em um apocalipse zumbi, com a possibilidade de virar um.

- Pensando por esse lado você tem razão.- ele tirou o cinto e se virou pra mim.- E agora o que a gente faz?

- Vamos assistir alguma coisa.- falei pegando meu celular, que está sem sinal.

- Não tem sinal.- o Leon fala olhando para o celular dele.

- Então vamos conversar.- ele me olhou.- Me conta como tá a sua mãe?

- Ahh, é mesmo eu não te contei.- ele falou como se tivesse acabado de lembrar.- Ela foi pra uma casa de repouso.

- Por quê?- eu perguntei.

- Ela falou que tem mais sentido.- é óbvio que ele não concorda, dá pra ver pela voz dele.- Que é melhor, e que ela pode ajudar as pessoas de lá.

- E você não gostou nada disso, não é mesmo.- falei afirmando.

- É claro que não, mas não tem o que fazer é o que ela quer.

- É por isso que você quis fazer essa mini viagem?- eu perguntei o olhando.

- Também.- ele respondeu com um sorriso.

- E qual a outra razão?

- Você vai descobrir lá.- ele soltou o meu cinto que ainda estava preso.- E agora o que a gente vai fazer enquanto a chuva não passa?- ele perguntou.

- Dormir.- eu falei.

Ele me olhou como se eu tivesse falado a coisa mais absurda do mundo.

- Não, com certeza não vamos dormir.- ele pegou uma mochila no banco de trás, e tirou um baralho de UNO.- Vamos jogar.- ele me olhou maliciosamente.

- Como sempre?- eu pergunto e ele assenti com a cabeça.- Você sabe que eu sou melhor que você né?

- Mas eu sempre saio ganhando.

A regra é simples a cada rodada perdida, o perdedor tira uma peça de roupa. Nós já fizemos isso várias vezes, deixa tudo mais interessante.

Nós fomos para o banco de trás pra facilitar. Primeira rodada ele perdeu, tirou os tênis. Segunda ele perdeu, tirou a camiseta. Terceira eu perdi, tirei os tênis. Quarta ele perdeu, tirou a calça. Quinta eu perdi, tirei o shorts que eu estava usando por debaixo da camiseta gigante que eu estou usando.

Eu consegui ver o olhar frustado do Leon.

- Isso não é justo.- ele falou emburrado.

- O que? eu ser melhor que você.- debochei.

- Não, o fato de você estar usando uma peça de roupa a mais do que eu, e de você ter tirado a parte de baixo antes da de cima.

Olhei pra ele e balancei a cabeça sorrindo, como se ele não tivesse acabado de dizer aquilo.

- Se esse é o problema.- falei tirando o sutiã sem tirar a camiseta, e joguei nele.- Está resolvido. Agora sobre tirar a parte de cima primeiro, quem decide sou eu, e eu não pretendo ficar sem roupa dentro do estacionamento de um restaurante, e não pretendo fazer o que você quer fazer.

- Você me deixou mais excitado do que eu já estava.- eu olhei pra ele e acabei deixando um sorriso escapar.

Ele se aproximou em pouco e enrolou uma mecha do meu cabelo nos dedos.

- Vamos fazer assim. A próxima rodada vai ser a última, se eu perder você decide, e se eu ganhar eu decido.

- Isso é um desafio?- eu perguntei.

- Sim.

- Mas Leon, e se tiver alguém aqui.

- Os vidros do carro são escuros, ninguém vai ver.

- Tá bom.

Nós começamos o jogo com mais cartas que o normal, parece que essa rodada não tem fim, eu mando ele comprar, ele me manda comprar, quando eu pensei que ia bater, porque mandei ele comprar duas, a última carta que ele tinha na mão era uma compra quatro.

Eu olhei pra ele, ele estava com um sorriso sacana me encarando, ele pegou a carta que restava na minha mão e juntou ao resto delas, guardando tudo e jogando no banco da frente.

- Eu ganhei.- o Leon falou.

- Eu sei.

Ele chegou mais perto de mim e colocou a mão na minha perna que está dobrada em cima do banco, ele começou a subir a mão e direção a minha cintura por debaixo da camiseta, ele apertou levemente, e me puxou para o colo dele, da pra sentir como ele está e como ele está se segurando, ele começou a beijar meu pescoço, agora com as as duas mãos na minha cintura.

- Posso continuar V?- ele me pergunta e eu concordo com a cabeça.

Ele começa a tirar a minha camisa lentamente enquanto passava os dedos por toda a lateral do meu corpo, quando ele estava quase terminando, nós ouvimos alguém bater na janela do carro, imediatamente eu puxo a camiseta pra baixo.

Mais uma ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora