Nós estamos no carro indo pra casa. Eu estou sentada ao lado da bebe no banco de trás, ela está na cadeirinha. Ela está usando uma roupinha vermelha e branca que combina com a manta.
Sinceramente está muito estranho. Apesar de já amar a Bia, isso foi algo que eu tentei não fazer, desde o minuto onde eu descobri que estava grávida, desde quando apareceu positivo, eu tento não amar ela, e agora que eu posso é esquisito.
Ela começa a resmungar quando a chupeta cai da boca dela, eu pego e coloco de volta, ela em seguida fecha os olhos.
– É estranho não é?– o Leon fala enquanto dirige.
– Sim.– eu respondo, olhando pra ele pelo retrovisor.
– Apesar de em teoria saber como seria, na prática olhar para um bebê e ver que ele realmente é seu, é estranho.
– E pensar que saiu de mim.– eu completo.
– Você acha que ela parece com quem?
– Acho que ainda com ninguém.
– O cabelo dela parece com o seu.– diz se referindo ao fato do cabelo dela ser escuro e liso.
– Mas pode mudar.– eu digo.
– Poderia continuar assim.
– Independente de como ficar, ela vai ser linda.
Nós chegamos a casa do Leon, ele pega o bebê conforto com a Bia, para não acordar ela. Eu saiu do carro com ajuda dele, porque a cicatriz ainda está doendo. Subimos as escadas e vamos direto para o quarto, eu me sento na cama e ele coloca o bebê conforto em cima da cama.
– Não vai tirar ela daí?– eu pergunto.
– Eu estou com um pouco de medo.– confessa.
– Mas no hospital você pegava.
– No hospital estava cheio de médicos, se alguma coisa acontecesse teria alguém pra ajudar.
– Não vai acontecer nada.– digo me levantando e parando em frente a bebê.
Eu solto o sinto que a prende, e começo a pegar ela. Realmente da um pouco de medo, ela é pequena e bem frágil. Eu ajeito ela em meu colo, ela ainda dorme.
– Pronto, agora o que eu faço?– pergunto.
– Não sei, que tal por ela no bercinho.
– Pega ela.
Ele recua um pouco, mas acaba aceitando, ele a pega dos meus braços e depois coloca ela no bercinho ao lado da cama. Depois ele vem até mim e me abraça.
– Eu estou feliz.– ele diz.
– Eu também.– digo.
A campainha toca, surpreendendo a nós dois, o Leon vai atender, quando ele volta, está acompanhando do Valério e da Mari, que carregam algumas sacolas.
– Oi.– eu digo enquanto abraço eles– O que é tudo isso?
– Presentes pra nossa sobrinha.– a Mari diz– A gente foi no shopping e passou enfrente a uma loja de bebês.– ela me entrega uma sacola, eu abro a caixa que estava dentro e vejo um vestido rodado todo vermelho– Quando o Valério viu, ele quis comprar.– eu olho pro meu irmão.
– Não era pra você ter falado isso.– meu irmão fala– Mas as outras coisas foi ela quem escolheu.– diz me entregando outras sacolas com mais algumas roupas.
– Nossa, obrigado.
– Cadê ela?– o Valério pergunta.
– Está aqui.– o Leon diz apontando pro bercinho.
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Mais uma Chance
RomanceAté onde você iria pela sua amizade, deixaria seu sonho de lado e realizaria o pedido do seu melhor amigo, é exatamente isso que Valérie faz, adia o seu sonho de ir para Paris abrir sua própria loja para realizar o pedido do melhor amigo dela, mesmo...