Hegemony • Taehyung [+18]

No caminho para Daegu

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Às 18 horas no domingo lá estava ele, bermuda caqui, camiseta azul estampada, cabelo bagunçado sob os olhos, máscara e gorro na cabeça para não ser reconhecido, e um óculos de grau quadrado, dessa vez eu não me atrasei e usava meu tênis, um short marrom, minha camisa branca lisa e meus óculos. Ele bebia chá de hibisco gelado com limão e me ofereceu um copo quando me aproximei do veículo estacionado.

— Finalmente, sua primeira viagem... - Taehyung abriu a porta e curvou-se com sutileza, pegou minha mochila a colocando no porta malas. Seu banco de passageiros estava cheio de sacolas de presentes.

— Onde nós vamos? Você só disse que eu precisava usar roupas leves... - olhei as sacolas e o questionei de imediato.

— Boa noite, como você está? - ele me corrigiu enquanto dirigia.

— Ah, boa noite V. - sua sobrancelha direita levantou em tom de reprovação, já eu me senti orgulhosa com o deboche. — Estou bem, agora onde nós vamos?

— Eu tenho uma sessão de fotos depois de amanhã e comprei uma fazenda perto de casa pra isso, então vou aproveitar e visitar meus pais e meus irmãos...

— Ah, agora sim, sua família.

— O Bangtan também é minha família, bebe isso. - ele encaixou o canudo na minha boca, empurrando o copo.

— Não vai... ter problema... eu ir com você? - perguntei, ao mesmo tempo que tentava beber o chá sem derramar nada.

— Não, minha família é tranquila... aliás é a primeira vez que levo alguém fora do Bangtan e do Wooga Squad lá.- ele deu um sorriso satisfeito e eu me engasguei derramando chá na camiseta. — Alyss!

— Ahh, Taehyung! Mas o que você disse pra eles? - de repente tudo parecia estranho de novo, nós dois.

— Hahaha, relaxa Alyss, eu sempre resolvo tudo hoje em dia. - ele me deu os lenços de papel e notei que as marcas dos seus pulsos tinham desaparecido, o que quer que ele fazia não tinha feito em Paris.

— Antes de irmos, eu posso passar em um lugar? Preciso ver uma pessoa. - precisava me despedir da minha vó, nunca tinha me ausentado tanto desde que ela saiu de casa.

— Claro... - ele apontou para o GPS do carro e eu digitei o endereço. — Posso saber quem?

— Minha avó, ela mora nesse centro de tratamento, gostaria de me despedir dela.

Taehyung me contou da viagem durante o percurso, falava excitado da possibilidade de um dia desfilar para a CELINE e como tinha conhecido pessoas novas e diferentes, mas ainda assim não sabia nada de francês. Em poucos minutos nós paramos em frente ao centro. Por causa do verão, o sol ainda ia se pôr e os idosos estavam sendo recolhidos do pátio aos poucos. Desci do carro, colocando a máscara de proteção e ele desceu logo atrás.

— Você se importa de eu conhecê-la? - falou, os olhos baixos, encaravam os pés.

— Não, você quer? - eu arrumei sua touca cobrindo as orelhas, ele estava quase irreconhecível, se não fosse seu exército de fãs o identificar até pela sombra. — Ela não anda mais, e tem um humor meio duro, não espere muita coisa.