Hegemony • Taehyung [+18]

Dura e Crua

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Minha recuperação foi lenta e dolorosa. Yun-Hee dormia comigo algumas noites, mesmo eu insistindo que não precisava de ninguém. Os membros do Bangtan sempre mandavam comida para o hospital desejando minha melhora. Eu recebia recados e constantes telefonemas de todo o Wooga Squad também e Angel sempre aparecia entre os horários livres na Coway para me cumprimentar e saber como eu estava.

Já Woo-shik me visitava todos os dias antes de ir para o set de filmagens, tomava café da manhã comigo, e logo depois me ajudava na fisioterapia para voltar a andar normalmente. Ele tinha pedido o adiamento da viagem aos EUA por conta do meu acidente, e não aceitava que eu ficasse sozinha enquanto Yun-Hee trabalhava. Logo após o fim da primeira semana, fui transferida para o apartamento devido à melhora considerável nos traumatismos.

Mas eu passava os dias e as horas esperando o celular roxo tocar, encarando a porta de entrada aguardando qualquer notícia dele, as únicas eram pela televisão. Na primeira semana ele enviou Min-Jun com o computador que estava em meu apartamento, nas outras duas semanas em que fiquei no hospital eventualmente me enviava flores, mas era somente isso, sem cartões e sem recados. A essa altura eu sentia mais saudade da sua companhia e do seu sorriso do que qualquer medo dos seus vícios.

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⌔ ㊕ ⌔ Semanas depois:

— Pronta pra ir pra casa?

— Sim, finalmente... - Yun-Hee me ajudava a guardar meus poucos pertences pessoais quando finalmente fui liberada pelo médico. — Que milagre Woo-shik não estar aqui.

— Ele não podia mais adiar a viagem.

— Srta. Song-Mee, só assine aqui e sua alta está concluída, não se esqueça que agora você precisa vim toda semana...

— Tá... tá... eu sei, até eu conseguir um doador pro transplante. - atravessei a fala da enfermeira com pressa, só queria deixar o hospital finalmente.

Ela me deu um papel de ofício e eu o assinei, mas logo abaixo notei o nome dele com o valor da conta do hospital e sua assinatura também. A tinta parecia recém usada. Eu quis correr pelo corredor à sua procura mas meu corpo ainda fraco não respondia ao meu comando. Devolvi o papel para a enfermeira com pressa e me levantei em sua busca.

— Alyss... volta pra cadeira de rodas... - Yun-Hee me viu levantar e caminhar até o corredor. — Alyss!

— Onde ele tá? Onde? - sacudi seu corpo meio desesperada, nem eu sabia que precisava tanto vê-lo.

— Ele já foi, você quer se acalmar? Você sabe que não pode se estressar, sua cirurgia ainda é recente e você ainda tem os pontos internos... - ela me empurrava para a cadeira com quase nenhuma força, me obrigando a sentar.

Seu segurança me ajudou a chegar até o carro e Yun-Hee sentou no banco traseiro ao meu lado. Eu não me recordava da noite do acidente completamente, e toda vez que tentava lembrar ao invés da cabeça os pontos internos do meu órgão removido é que doíam. Ajustei os novos óculos e prendi o cabelo enquanto o carro andava por Seoul na direção da minha casa.