Day seven ¤ Bangtan Sonyeondan

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Passei o sábado tentando limpar o estrago feito no vestido e nos sapatos emprestados, mas o objetivo maior era não pensar no que tinha acontecido na noite anterior. Faziam muito anos que eu não lembrava da dura e crua realidade na Coreia do Norte. Taehyung tinha mandado uma mensagem logo cedo confirmando nosso encontro ao fim do dia na porta da ONG. Quando meus dedos ardiam de tanto esfregar o vestido, o cartão da Ami caiu no chão, chamando atenção. Sacudi o cartão no ar, cheio de respingos de água, o telefone arroxeado tocou me dando um susto.

— Aff... o que foi? - atendi, ainda observando o cartão com os números meio apagados.

— Desculpa, atrapalho? - a voz do Woo-shik me deu um leve alento momentâneo.

— Woo-shik! - falei animada demais, e ele sorriu desconcertado. — Como você tem esse número?

— A futura psicóloga não consegue deduzir?

Eu sorri com a brincadeira. Lidar com ele, sem apostas, sem máscaras, era bem mais fácil, provavelmente tinha salvo meu número quando esqueci o telefone em seu carro. Além disso, ele me lembrava muito a sensação de conforto que eu tinha com a Yun Hee.

— Aham... como foi sua noite? Muito difícil sem mim? - brinquei, ainda me sentindo culpada.

— Muito, eu demorei o total de dois minutos sem você.

— Espera só um instante... a vizinha está batendo aqui. - corri até a porta com o celular na mão, quase escorregando no caminho, alguém tocou suavemente a campainha.

Woo-shik estava parado na porta com uma caixa na mão e o celular no ouvido, ele usava uma máscara e um gorro, mas estava com roupa de academia e tênis. Eu dei um passo para trás, me desequilibrando e ele girou o corpo, me segurou pela camiseta molhada, puxando-me para frente, impedindo minha queda.

— Ah.. você não para de ser desastrada? - riu, devolvendo meu equilíbrio apenas pela camiseta.

— E você é sempre um dublê de filmes de ação. O quê você tá fazendo aqui? - perguntei, fazendo sinal para ele entrar. Quando ele passou por mim, coloquei a cabeça para fora me certificando que ninguém o tinha visto. — Você não devia vim aqui...

— Eu sou o astro de cinema, mas é você quem está preocupada. Pode ficar tranquila. - fechei a porta enquanto ele trocava os calçados. — De alguma maneira eu gosto daqui... é aconchegante.

— Ah sim, obrigada por me chamar de pobre de maneira educada. - segurei as barras do meu short e curvei-me em tom de deboche.

— Você pode sair da defensiva um minuto? Eu trouxe o almoço, sabia que tem um restaurante de bibimbap na rua de baixo que é o melhor da cidade? O Seo-Joon me mostrou uma vez, quando gravamos uma novela juntos, os ingredientes são sempre frescos e eles tem uma barriga de porco excelente também... - ele não parava de falar me deixando confusa.

Woo-shik segurou a caixa e com dois passos atravessou da entrada até a cozinha abrindo o único armário e retirando um talher. Depois sentou-se no chão, próximo ao pequeno sofá velho, apoiando a comida nas duas mãos, ele me entregou um dos recipientes com bibimbap e alguns guardanapos.

Hegemony • Taehyung [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora